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Por Thiago Tomaz 21/10/2008 - 18:53
Quando criou o Centro de Referência de Combate à Homofobia, o Movimento Gay Leões do Norte começou a mapear, através de questionários, as regiões onde mais aconteciam violações dos direitos humanos. Com os dados, eles descobriram também a situação precária e vexatória dos presos LGBTs."Algumas travestis, por exemplo, nos contaram que não eram respeitadas. Muitas vezes tinham que ficar sem camisa e mostrar os seios", afirma um dos diretores da organização, Marconi Costa. A partir de amanhã (22/10), o grupo coloca em vigor em Pernambuco, o projeto inédito 'Unidades Prisionais sem Homofobia'.
Segundo Marconi, a ação, que busca tornar o sistema penitenciário mais inclusivo, funcionará na Colônia Penal Feminina e no Presídio Aníbal Bruno, e terá a presença de 30 LGBTs. "Primeiro vamos pegar os que têm orientação sexual definida", declara. Nos encontros, serão discutidas questões como saúde e cidadania, além da explicação do que é a orientação sexual e como é definida.As reuniões na Colônia Penal acontecerão nos dias 22 e 29 de outubro e 12, 19 e 26 de novembro. No presídio Aníbal, acontecem nos dias 24 e 31 de outubro e 14, 21 e 28 de novembro.Ao final de cada encontro, o grupo entregará um relatório à Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH). "Através do documento, esperamos que o governo tome medidas no sentido da melhoria da qualidade de vida dos presos e de sua re-socialização", aponta Marconi.
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