quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Intolerância no Oscar


Fonte:

http://www.mundomais.com.br/exibemateria2.php?idmateria=264

Com mensagens de ódio, ortodoxos fazem protesto contra gays na entrega do Oscar
por Redação MundoMais

ESTADOS UNIDOS – Heterossexuais religiosos e ortodoxos americanos protestaram neste domingo, 22, das indicações de Milk – A Voz da Igualdade em oito categorias. Logo cedo, homens, mulheres, adolescentes e até crianças, que não entendem direito do que se trata a homossexualidade, empunhavam cartazes de ódio, além de camisetas em frente ao Teatro Kodak, em Hollywood.

Frases como “Deus odeia as bichas”, “Você estão destruindo nossos filhos”. Nem o ator Heath Ledger, morto em janeiro do ano passado, e que ganhou o Oscar póstumo de ator coadjuvante escapou. Nesta edição, ele concorreu pelo filme Batman – O Cavaleiro das Trevas, mas os protestos contra ele era por causa do seu personagem gay em O Segredo de Brokeback Mountain. “Heath está no inferno”, dizia um dos cartazes.

O presidente Barak Obama também entrou na dança do protesto homofóbico. Em sua foto foi colocada um par de chifres com os dizeres “Obama é um anticristo”. O manifesto homofóbico foi citado por Sean Penn quando recebeu a estatueta de melhor ator.

Segundo ele, este é um momento de reflexão para os que viram os cartazes quando os presentes chegaram de carro para o evento. “Eles devem refletir e anteciparem a grande vergonha que eles passarão na frente de seus netos se eles continuarem com essa maneira de apoio”, disse o ator.

A voz do preconceito

Fonte:

http://www.mundomais.com.br/exibemateria2.php?idmateria=265


Segunda-feira, 23 de Fevereiro de 2009

CINEMA

"A voz do preconceito"

Dublador de Sean Penn no Brasil se recusa em dublar o ator no filme Milk – A Voz da Igualdade

por Redação MundoMais

O dublador Milton Ribeiro, 38, que faz as dublagens do ator Sean Penn no Brasil se recusou em dar voz ao personagem gay Harvey Milk (1930-1978), interpretado pelo ator. Segundo informou a Folha de S. Paulo, Ribeiro é pastor evangélico e disse que não se sentia à vontade para fazer a dublagem.

A justificativa do dublador é que ele tinha a voz envolvida em outras questões. Ribeiro, que dublou Sean Penn em 21 Gramas (2003) e A Grande Ilusão (2006), a priori, aceitou fazer a dublagem até ter conhecimento que se tratava um personagem gay.

Foi o que afirmou a diretora de dublagem do filme Marlene Costa. Segundo Marlene, Ribeiro lhe pediu mil desculpas e mostrou seu ponto de vista pela recusa. Para ela, não é que o dublador tenha preconceito com os gays, mas é que as pessoas ao seu redor confundem sua profissão de ator com o lado religioso. Diante da recusa, ela chamou o ator Alexandre Moreno, que fará a dublagem.

Marlene disse ainda que o dublador já sofreu críticas dos evangélicos por ter interpretado personagens violentos nos filmes. Ele comentou ao jornal que não tinha preconceito. “Não tenho preconceito de nenhuma espécie, até porque preconceito vai contra os princípios do evangelho pregado por Jesus Cristo, evangelho este no qual creio e o qual proclamo, que diz que não devemos julgar para não sermos julgados”, proclama.

Apesar do discurso politicamente correto negando preconceito, o jornal informa que no site da Assembleia de Deus Ministério Kairos, do Rio de Janeiro, da qual é presidente, Milton Ribeiro critica as “famílias modernas”, sem a figura de um pai e de uma mãe, substituídas por “casais do mesmo sexo”. Ele diz que isso não é modernidade, e sim uma distorção do que Deus disse do que deveria ser a família. Tá boooooooooa?

Polêmico, projeto contra homofobia emperra no Senado

Fonte:

http://www.athosgls.com.br/noticias
_visualiza.php?contcod=25734



17/02/2009:
Aline dos Santos / Campo Grande News

Polêmico, o projeto de lei que criminaliza a homofobia (discriminação de homossexuais) deve enfrentar neste ano mais um embate para conseguir tramitar no Senado.


A previsão é da relatora do projeto, senadora Fátima Cleide (PT/RO), que participou de um debate sobre o tema na Assembléia Legislativa nesta segunda-feira. O PLC (Projeto de Lei da Câmara) 212/06, está desde 2007 no Senado, mas não conseguiu a aprovação de nenhuma comissão.
“A dificuldade maior é o enfrentamento com os fundamentalistas religiosos. Eles se organizam em uma frente parlamentar, que se diz em defesa da vida, e, infelizmente, conseguem barrar todas as possibilidade que a gente tem neste processo de aprovação da matéria”, justifica a senadora sobre a lentidão que o Senado impõe ao projeto.
A proposta inclui orientação sexual e identidade de gênero na lei que já pune com prisão a discriminação ou preconceito de cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero e sexo.
Respeito - Para Frank Rossate, de 22 anos, a vigência da lei poderá representar uma melhora, mas recorda que já há outras leis em defesa dos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis) que são ignoradas. “Pode não me aceitar, mas que me respeite”, salienta.
O preconceito já o levou a ser expulso de casa e a ser alvo de ovos na rua. “Assumi aos 18 anos e minha mãe, que é evangélica, me expulsou de casa”, recorda. Hoje, ele e a família se entenderam. “Namoro há sete meses e as famílias aceitam”, conta, abraçado ao namorado Sérgio.
Preconceito – Em 2008, a Câmara de Campo Grande negou pela segunda vez o título de utilidade pública à ATMS (Associação de Travestis de Mato Grosso do Sul). Na ocasião, as sessões foram marcadas por discussões entre religiosos e travestis.


Em novembro do ano passado, a justiça condenou o pastor Náurio Martins França a pagar R$ 2 mil de indenização por dano moral coletivo ao publicar o livro “A maldição de Deus sobre o homossexual: o homossexual precisa conhecer a maldição divina que está sobre ele”. No livro, o autor apresentava os gays como indivíduos com anomalias, com um procedimento moral que “Deus odeia” e a punição seria a morte.

Palavras do senhor cardeal incentivam a homofobia

Fonte:

http://diario.iol.pt/sociedade/js-homossexualidade
-gays-cardeal-igreja-casamento/1043739-4071.html


18-02-2009 - 18:01h

O líder da JS, Duarte Cordeiro, condenou esta quarta-feira, em Coimbra, as declarações do cardeal D. José Saraiva Martins sobre a homossexualidade, considerando que «são infelizes» e «incentivam a homofobia», escreve a Lusa.

«Condeno as palavras do senhor cardeal, pois incentivam a homofobia. Preocupa-me este tipo de afirmações de que a homossexualidade não é normal. Estas palavras incentivam a que outros as usem, praticando comportamentos discriminatórios», afirmou o secretário-geral da Juventude Socialista.

Alvo de discriminação

O cardeal D. José Saraiva Martins considerou, terça-feira à noite, na Figueira da Foz, que a homossexualidade «não é normal» e que o casamento entre homossexuais não providencia uma educação normal a quem falta um pai e uma mãe.

«Não quero falar da questão da adopção. Entendo isso como uma estratégia para colocar tudo no mesmo saco. Queremos falar do casamento [entre pessoas do mesmo sexo], com os mesmos direitos que o casamento civil proporciona», sustentou o dirigente.

Duarte Cordeiro falava à agência Lusa no final de uma visita à Escola Secundária Avelar Brotero, em Coimbra, na véspera da discussão no Parlamento da iniciativa legislativa da JS sobre a aplicação da educação sexual nas escolas.

«Igualdade e dignidade»

«A orientação sexual não deve ser alvo de discriminação. As pessoas devem ter todo o direito ao casamento civil, com a mesma igualdade e dignidade», preconizou.

Para o secretário-geral da JS, é «natural que a Igreja queira dar a sua opinião sobre a sociedade», mas «o peso da opinião da Igreja deve ser ponderado».

«São declarações infelizes. O meu receio é que sirvam para marginalizar pessoas e fundamentar comportamentos discriminatórios. Critico as palavras, não a Igreja, por dar a sua opinião», afirmou Duarte Cordeiro.

«Educação para a diferença»

O líder da organização juvenil partidária destacou a importância da educação sexual nas escolas para fomentar a «educação para a diferença», um aspecto que, segundo referiu, foi realçado pelas professoras da Escola Avelar Brotero com quem se reuniu hoje.

«Na questão da igualdade de género e na compreensão da diferença e no combate à homofobia, é determinante o reforço da educação sexual nas escolas», considerou.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

2006...2009...crimes contra homossexuais através da internet.

O presente material que divulgo neste post data de 12/07/06. Mas me chamou a atenção pelo fato de ser um tema que ainda permanece por vezes latente e quieto, dentro da consciência política nossa...como uma ferida mal curada nos atos de nossa justiça, por ser uma falha, que poderia ser sanada com mais eficácia se nossas leis não fossem tão lentas pra serem mudadas, pra se adequarem de modo a serem mais vivas conforme o tempo que as demanda...crimes contra as ditas "minorias", incluso nisso os crimes contra os homossexuais agora encontram na internet, ou seja num meio de atuação adverso a "vida útil" de ação de nossos legisladores, um novo palco. Incitação a discriminação, ao repúdio violento e até mesmo incitação a assassinato -como se diz no jargão popular - estão cada vez mais rolando soltas na net...é mais fácil se lapidar a mais resistente de todas as nossas pedras, do que a mente humana, pra se romper o preconceito...infelizmente...
[o moderador]


Deputado alerta para crime contra homossexuais na internet.

Fonte:
http://www.safernet.org.br/site/noticias/deputado-alerta-para-crime-contra-homossexuais-internet

12/07/2006
Autor:
Mônica Montenegro

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), observou que as leis penais brasileirais ainda não prevêem como crime a discriminação por orientação sexual. No entanto, ele alertou para a vinculação de uma série de crimes praticados na internet a partir da discriminação contra orientação sexual, principalmente na rede de relacionamentos Orkut. Os crimes foram denunciados em representação da organização não-governamental Safernet Brasil.

Greenhalgh, que participa do 3º Seminário Nacional Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (GLBT), destacou que a discriminação é comumente acompanhada pela incitação à violência. "Em diversas páginas da internet, principalmente no Orkut, são discutidas abertamente as melhores formas de matar um homossexual", lamentou. "Os criminosos chegam a confessar crimes bárbaros. Até agora não há uma ação contra isso."

A Comissão de Direitos Humanos, destacou Greenhalgh, trabalha junto com o grupo contra crimes cibernéticos do Ministério Público Federal em São Paulo para tentar obter a identidade dos criminosos a partir da empresa Google, que administra o Orkut. No entanto, a empresa se defende afirmando que os provedores estão localizados nos Estados Unidos, cuja legislação garante a privacidade na internet. Greenhalgh encaminhou ontem documento ao Google para negociar o repasse dessas informações.

Compromisso

O secretário especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, ministro Paulo Vannuchi, reafirmou o compromisso do governo com as demandas da comunidade GLBT, que, segundo ele, devem ser atualizadas constantemente. "Ao discutir o direito à cidadania GLBT, afirma-se a exigência do respeito aos direitos humanos, concebidos como afirmação e reconhecimento da dignidade do ser humano, na pluralidade e diversidade", declarou.

Vannuchi apontou para a necessidade de criar uma força suprapartidária para o combate à homofobia, como já se fez nas áreas de saúde e educação. O ministro destacou o trabalho da Frente Parlamentar pela Livre Expressão Sexual, que já conta com quase 100 parlamentares. No entanto, ele ainda considera baixo o número de participantes.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Jornalista é preso na Índia por defender igualdade as mulheres e gays

Fonte:
http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=7300

Por Redação 13/2/2009 - 14:08


Ravindra Kumar, editor do jornal Statesman, e Anand Sinha, o proprietário do diário, foram presos e logo depois soltos após pagarem fiança. Foram acusados de agredirem a moral islâmica em artigo publicado no dia 5 de fevereiro. O texto jornalístico diz que o direito a liberdade tem sido cerceado por uma coalizão de islamitas conservadores, que atrasam a igualdade de direitos para as mulheres, homossexuais e muçulmanos.

Pesa sobre os dois acusados a sentença de terem praticado "deliberados atos maliciosos que ultrajam os sentimentos religiosos", disse a agência Reuters Jawed Shamim, policial do alto escalão da polícia de Calcutá, Índia. O artigo intitulado "Porque devo respeitar as religiões opressivas?" foi publicado pelo Statesman - publicação indiana escrita em inglês, fundado em 1875 em Calcutá. O texto é de autoria de Johann Hari do britânico "The Independent".

O artigo aponta ainda que as Nações Unidas são cúmplices dessas ações contra a liberdade de expressão. Assim que o texto foi publicado editor e proprietário foram presos no edifício do jornal. Após pagarem fiança, Ravindra Kumar e Anand Sinha foram liberados e irão aguardar o julgamento em liberdade.