segunda-feira, 21 de julho de 2008

Delegado considera agreção a estudante Gay, em Niterói, fenômeno da intolerânica no Brasil.


( Reportagem extraída do rpscom.blogspot.com/2007/12/delegado-consider...)



O coágulo no cérebro, decorrente das agressões que sofreu, não abalou a convicção do
homossexual Ferrucio Silvestro, de 19 anos, de que seus algozes vão ser punidos. Ele foi perseguido e espancado quando saía de um bar GLS (gays, lésbicas e simpatizantes), em Niterói, Região Metropolitana do Rio. Um menor de 15 anos se apresentou na 76ª DP, em Niterói, e confessou ter participado, junto com outros de 18 anos todos de classe média, da agressão contra o estudante no último dia 30, espancado ao deixar uma boate na cidade.

Outro suspeito de ter participado da ação também se apresentou, mas alegou ter um álibi e negou estar envolvido no crime. Duas testemunhas reconheceram os dois, que foram liberados em seguida pela polícia. Em depoimento, o rapaz teria contado que pensou ter sido assediado por Ferruccio, homossexual assumido. O delegado Mario Azevedo considera que o caso é mais um exemplo do fenômeno da intolerância no Brasil, que se manifesta nas questões raciais e religiosas, além da homofobia.“É um fenômeno que está piorando aqui no Brasil. Nossa sociedade não se diz racista e preconceituosa, mas na verdade ela é. Vamos agir da mesma forma que no caso do casal gay agredido no dia da Parada do Orgulho Gay, em Icaraí. Iremos identificar os agressores e levá-los à Justiça”, declarou o delegado.

Em entrevista ao jornal "Extra", Tereza Albano, a mãe de Ferrucio, deu uma lição de amor ao afirmar que é preciso que os pais aceitem a decisão de seus filhos e deixar que eles sejam felizes. " Se um jovem negro é agredido na escola, quando chega em casa ele terá todo apoio da família. Já quando jovem homossexual é agredido na escola, provavelmente ele vai chegar em casa e será agredido também. Ainda existe muito preconceito", lamenta.

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