quinta-feira, 24 de julho de 2008

Infecção por HIV cai em homossexuais e aumenta em heterossexuais



21 de Novembro de 2007 - 19h03 - Última modificação em 21 de Novembro de 2007 - 19h03

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Boletim Epidemiológico Aids/DST, divulgado hoje (21) pelo Ministério da Saúde, confirma a tendência de queda no número de infectados pelo vírus HIV entre homossexuais ou bissexuais e o crescimento entre heterossexuais.

Em 1996, entre os homens que tinham o vírus HIV, 29,4% eram homossexuais ou bissexuais. Em 2006, foram 27,6%.

O percentual de homens heterossexuais contaminados pelo vírus passou de 25,6%, em 1996, para 42,6% no ano passado.

Outro fator novo apresentado pela pesquisa é que tem caido o número de usuários de drogas injetáveis infectados pelo HIV.

Em 1996, 23,6% dos casos registrados em homens eram de usuários. O número caiu para 9,3% no ano passado. No caso das mulheres, esse percentual baixou de 12,6% para 3,5% no mesmo período.

Segundo a diretora do Programa Nacional de DST e Aids, Mariângela Simão, o principal motivo da queda é a adoção de programas de redução de danos para usuários de drogas injetáveis, apesar de esse sistema ainda sofrer reações conservadoras de alguns setores da sociedade.

Ela também cita como fatores para a diminuição estatística a morte de usuários de drogas e a mudança do padrão do uso de droga no Brasil, das drogas injetáveis para o crack.

De acordo com Simão, diferentemente da maior parte dos países em desenvolvimento no mundo, o Brasil permite o acesso aos medicamentos anti-retrovirais e a exames de acompanhamento.

Ela destaca o trabalho de prevenção no país, feito tanto com populações específicas (por exemplo, profissionais do sexo, grupos gays, travestis e transexuais) como nas escolas.

“O diferencial do Brasil na área de prevenção é que o país não ignora nenhum foco. Muitos outros países dizem que não existem grupos vulneráveis, mas o governo brasileiro tem uma política sobre aberta sobre isso”.

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