quinta-feira, 24 de julho de 2008

Apoio à prevenção durante paradas gay é fundamental, avalia associação


16 de Março de 2008 - 12h32 - Última modificação em 16 de Março de 2008 - 12h35


Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, considera o apoio a intervenções na paradas gays para a prevenção da aids fundamental, porque pode ajudar a diminuir o preconceito e a discriminação. O Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde lançou edital no valor de R$ 1 milhão para financiar organizações da sociedade civil que trabalhem com o público GLBT (gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e transgêneros).

A idéia é aproveitar as paradas gay para incentivar ações de prevenção e promoção de direitos humanos. Podem ser financiadas ações como distribuição de preservativos e de folhetos explicativos e realização de seminários com temas relacionados à saúde, habitação, trabalho e educação.

Segundo Reis, São Paulo tem a maior parada gay do mundo. A edição do ano passado reuniu cerca de 3,5 milhões de pessoas. Para este ano, Reis afirma que já está prevista a realização de 40 paradas, mas a expectativa é que ocorram no mínimo 100.

“Muitas cidades do interior hoje já estão se organizando para fazer a sua parada, que é um momento de cidadania, de visibilidade maciça de uma forma alegre, divertida, mas denunciando o preconceito e a discriminação que ainda existem em nosso país”, destaca.

Para o presidente da associação, uma das questões que devem ser enfatizadas durante essas mobilizações é o uso de preservativos. Segundo ele, ainda há uma falsa idéia entre os público homossexual e também heterossexual de que uma união estável dispensa o uso de camisinha.

“Muitas vezes a fidelidade não previne o passado dessa pessoa, e muitas vezes a pessoa já foi fiel a cinco pessoas diferentes. E aí está o grande perigo da infecção. Então o grande recurso é o preservativo, independente do amor e da fidelidade. Inclusive a nossa grande regra é que a camisinha é um sinal de amor, é um sinal de fidelidade à vida e à saúde”, ressalta.

Nenhum comentário: