quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A voz do preconceito

Fonte:

http://www.mundomais.com.br/exibemateria2.php?idmateria=265


Segunda-feira, 23 de Fevereiro de 2009

CINEMA

"A voz do preconceito"

Dublador de Sean Penn no Brasil se recusa em dublar o ator no filme Milk – A Voz da Igualdade

por Redação MundoMais

O dublador Milton Ribeiro, 38, que faz as dublagens do ator Sean Penn no Brasil se recusou em dar voz ao personagem gay Harvey Milk (1930-1978), interpretado pelo ator. Segundo informou a Folha de S. Paulo, Ribeiro é pastor evangélico e disse que não se sentia à vontade para fazer a dublagem.

A justificativa do dublador é que ele tinha a voz envolvida em outras questões. Ribeiro, que dublou Sean Penn em 21 Gramas (2003) e A Grande Ilusão (2006), a priori, aceitou fazer a dublagem até ter conhecimento que se tratava um personagem gay.

Foi o que afirmou a diretora de dublagem do filme Marlene Costa. Segundo Marlene, Ribeiro lhe pediu mil desculpas e mostrou seu ponto de vista pela recusa. Para ela, não é que o dublador tenha preconceito com os gays, mas é que as pessoas ao seu redor confundem sua profissão de ator com o lado religioso. Diante da recusa, ela chamou o ator Alexandre Moreno, que fará a dublagem.

Marlene disse ainda que o dublador já sofreu críticas dos evangélicos por ter interpretado personagens violentos nos filmes. Ele comentou ao jornal que não tinha preconceito. “Não tenho preconceito de nenhuma espécie, até porque preconceito vai contra os princípios do evangelho pregado por Jesus Cristo, evangelho este no qual creio e o qual proclamo, que diz que não devemos julgar para não sermos julgados”, proclama.

Apesar do discurso politicamente correto negando preconceito, o jornal informa que no site da Assembleia de Deus Ministério Kairos, do Rio de Janeiro, da qual é presidente, Milton Ribeiro critica as “famílias modernas”, sem a figura de um pai e de uma mãe, substituídas por “casais do mesmo sexo”. Ele diz que isso não é modernidade, e sim uma distorção do que Deus disse do que deveria ser a família. Tá boooooooooa?

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