quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Mais trabalhos de Peter Flinsch

Fonte:

http://www.peterflinsch.com/gallery/index.htm





























Peter Flinsch

Peter Flinsch: Biografia
por Jean-François Larose,
[Curador da Exposição no Ecomusee, Montreal jan / fev 2000.]




Fonte:
http://www.peterflinsch.com/biography.htm


Peter Flinsch nasceu em Leipzig em 1920 para uma família no sector bancário e empresarial da indústria de papel. Eles foram arte-amantes e possuíam uma bela colecção de Old Dutch comandantes e sobre renascimento italiano. Seu avô Ulrich Thieme fundou o renomado Thieme-Becker Dicionário de Artistas. Durante os 30's, foi educado em escolas privadas de embarque com uma tradição humanista e liberal. Ele foi introduzido à arte e teatro e viajou extensivamente na Itália, Áustria e França.


Durante esse período dramático, quando o Partido Nacional Socialista assumiu o poder, como todos os seus colegas, foi obrigado a se tornar um membro do Movimento da Juventude Hitler. Em 1938, antes que ele foi capaz de prosseguir a sua educação superior, foi elaborado em cumprimento do serviço militar obrigatório com a artilharia antiaérea da Luftwaffe. Com a eclosão da WW II foi a sua primeira postagem, em Berlim. Ele foi posteriormente atribuída a diversas zonas de guerra na França, África do Norte, Rússia e, finalmente, para a Hungria, onde recebeu uma ferida que colocá-lo fora de acção.


Em 1942 ele foi acusado de ser um homossexual e foi forçado a admiti-lo. Ele era juiz-martialed, rebaixado, condenado à pena de prisão e mais tarde serviu em uma unidade envolvida em disciplinar de desminagem. Em uma torção estranha do destino isso pode ter salvado sua vida, como sua antiga unidade foi posteriormente enviado para Stalingrado, de onde alguns dos seus camaradas devolvidos.


Após o colapso da Alemanha, em 1945 ele conseguiu encontrar o seu caminho de volta para sua cidade natal, que se encontrava sob ocupação soviética. Ele começou a trabalhar como designer teatral. Entre suas atribuições estavam monumental retratos de Karl Marx e outros heróis da hierarquia comunista. No inverno de 1945 foi para Berlim. Lá, apesar de todas as dificuldades e devastação da guerra, ele experimentou a exuberância que se seguiu à cessação das hostilidades e da nova liberdade. Ele continuou a sua concepção teatral, e também sobre o trabalho teve como ilustrador e caricaturista para revistas.




Em 1950 mudou-se para Flinsch Paris, uma cidade que ele tinha conhecido antes da guerra, e cuja atmosfera tinha sempre amado. Em 1951 ele foi contratado pela Air France, em Munique, onde ele projetou exibe publicidade e trabalhou em Relações Públicas. Dois anos mais tarde se mudou para a Costa Oeste do Canadá, onde foi reunida com o seu amigo íntimo Heino Heiden, um bailarino e coreógrafo e juntos fundaram a Vancouver Ballet, para quem ele projetou figurinos e cenários.


Quando tinha 35, já armado com uma forte experiência em desenho e imponente, ele liquidada em Montreal, onde ingressou na recém-formado serviços de televisão da Radio-Canada como um criador e diretor art. Durante os trinta anos seguintes, trabalhou em uma grande diversidade de programas televisivos e criaram desenhos para as crianças da mostra, óperas, dramas, série semanal e variedade mostra. Em 1981, o trabalho que ele fez em L'Espion Aux Yeux Verts por Bernard Clavel ele ganhou o cobiçado prêmio de melhor Anik Televisão Design. Durante o curso de sua carreira, ele também trabalhou em produções teatrais, em Washington, DC e Columbus, Ohio.


Além de suas atividades profissionais, Flinsch embarcou em um grande volume de trabalho constituído por desenhos, pinturas e esculturas. Após um período de perto a arte abstrata seu trabalho se tornou mais e mais figurativa e foi essencialmente dedicado à representação do corpo masculino. Após a sua partida de Rádio-Canadá, em 1985 esse impulso criativo foi dada plena expressão. Ao longo dos anos teve exposições em muitos países e suas obras podem ser encontradas em coleções particulares na Europa e América do Norte. Seus desenhos foram publicados em várias revistas, incluindo o alemão satírico revisão SIMPLIZISSIMUS.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

GLS Planet entrevista Fernando Carpaneda

Fonte:
Ele fez dos "excluídos" a sua inspiração, e com ela alcançou um mercado de trabalho até então reservado a artistas internacionais e do mundo fashion. Underground, ele próprio - ex-punk, auto-didata, e peregrino no submundo de Brasília - chegou à reservada galeria do clube de rock underground CBGB, no Village, NY. Fernando Carpaneda encontrou a sua brecha como homossexual e artista plástico que não teve medo de fugir da estética-padrão e encontrar o seu mundo: garotos de programa, drag-queens, punks, junkies, e figuras submersas em preconceito.
O nosso entrevistado de hoje fala aberto, critica o enquadramento das artes plásticas no Brasil nos modelos internacionais e in. Ele fala por si mesmo e por sua obra, aqui para o GLS Planet.


- Como é o seu processo de criação e o seu mundo "underground"?

- Meu processo de criação vem do convívio com pessoas. A convivência com o retratado é parte fundamental do meu trabalho. A base onde coloco a figura em argila é feita com objetos que o retratado usou, consumiu ou na situação em que esteve no mesmo espaço fisico que eu. Uso guimbas de cigarros, latas de cerveja, caixas vazias de pastas de dente e etc para compor a obra. Essa base representa o mundo do retratado. Depois, faço a escultura em argila e acrescento frases ou poesias feitas por mim ou do retratado. Depois plastifico a peça.

Acho que quando um cara coloca um salto, veste uma mini-saia e vai pra esquina trabalhar, isso é um ato de enorme sinceridade, com ele próprio e com o mundo. Ele está ali sozinho, enfrentando tudo e todos, está desprendido de qualquer tipo de postura. São pessoas muito seguras do que fazem e, por isso, exigem respeito. Sempre gostei disso desde criança. Essas pessoas, por terem uma estética fora do padrão e terem uma experiência de vida e de rua muito fortes, sempre me influenciaram no meu modo de ver e fazer arte; arte para mim sempre foi sentimento. O artista tem que se expor tem que mostrar quem ele é.

- E por quê você acha que GLS e travestis se situam ainda no mundo dito underground para a sociedade brasileira?

- O gay brasileiro não é respeitado pela sociedade por culpa da televisão, que só explora o caricata, a bichinha e gente afetada fazendo fofoca da vida alheia na TV. Não mostram dois homens de terno se amando e tendo uma vida normal, falando grosso mas de mãos dadas com seu namorado. Muitas familias têm filhos gays em casa e nem sabem. Os pais imaginam que ter filho homossexual é ter uma Vera-Verão ou um Pit Bicha em casa e morrem de medo disso. A TV denigre sempre que pode o homossexual. Minhas esculturas mostram homens amando outros homens,drags, punks e marginais.
Quando as pessoas vão a uma exposição minha se sentem agredidas com os trabalhos que mostram homens fortes se beijando. Na cabeça delas aquilo é inaceitável pois o estereótipo que elas conhecem não é aquele! Como já disse, as pessoas se acostumaram com o tipo afetado e bichinha!

- Você encontrou seu caminho em Nova Iorque, onde expõe. Seria esta apenas o único caminho para expor seu trabalho ou uma escoha pessoal devido a sua homossexualidade ?

- Sempre fiz exposições no Brasil com o mesmo trabalho que exponho em Nova Iorque. A diferença é que o povo brasileiro e a imprensa só dão valor quando alguém faz sucesso no exterior. Consegui espaço no exterior por ser eu mesmo e ter uma ligação direta com o que faço. Minha criação artística vem da vida que levo; é um diário publico. Em vez de escrever em um caderno crio um cenário sobre minha vida e o exponho.

- Num país como o nosso, onde o preconceito é uma ferramenta de opressão a todos que se afastam do lugar-comum, o homoerotismo em sua obra é intencional? Ou é um vácuo na cultura artística de bom nível?

- Não comecei a esculpir homens intencionalmente, isso foi surgindo de forma bem natural. Geralmente quando me apaixonava por algum cara, esculpia o retrato dele (acho que sou meio Medusa, fico com o cara e o transformo em pedra, ah, ah, ah!). Então comecei a explorar mais os meus sentimentos em relação aos homens e a esculpí-los de forma que qualquer pessoa que olhasse a escultura soubesse o que eu sentia e qual era a minha relação com o modelo retratado. Não é apenas um homem nu que está ali. É alguém que amei ou tive uma relação. Esta forma de trabalho acaba gerando algum preconceito, pois as pessoas olham pra mim e imaginam o que pode ter acontecido entre mim e o modelo. Tem gente que me olha com muita raiva, outras com medo e algumas querem apenas transar para virar esculturas. É uma situaçao louca pois, como eu estou aberto intimamente, muita gente se sente no direito de se abrir comigo. Portanto já ouvi de tudo!

- Seu trabalho atual: conte um pouco sobre as novidades...
- Estou terminando algumas esculturas para expor na CB's Gallery do CBGB em Nova Iorque no final do verão e na "Off the Wall Gallery" na Filadélfia e preparando uma exposição para o final de 2003 no Mocada Museum do Broklyn. São retratos de pessoas que conheci em Nova Iorque, como o ator pornô Tom International, que fez o filme Skin Gang e algumas pessoas que conheci no festival Homocorps, como a drag-queen Yolanda, de uma banda de rock'n roll chamada Yolanda and the Plastic Family, e várias pessoas do mundinho fashion de Nova Iorque, punks, e mendigos do Squat onde morei em Manhattan.

- Algum recado para nosso público em especial? Fique à vontade..
-Os homossexuais brasileiros tem que se unir para defender seus direitos, não adianta só falar. Você tem que mostrar quem você é e impor respeito. Todo homem tem direito de ser feliz e casar com quem quiser. Já fui expulso várias vezes de bares em Brasília por beijar meu namorado e vou continuar beijando até conseguir os meus direitos!

O hiper-realismo de Fernando Carpaneda

http://www.jornalorebate.com/53/fer.htm


Fernando Carpaneda faz esculturas hiper-realistas em tempos de arte calcada em conceitos e abstrações. É figurativo quando o momento é de muito discurso para dar sentido á obra. O artista não se incomoda com isso. Assume que suas intenções estão bem claras nas peças esculpidas em argila, fieis aos modelos e quase descritivas, já que um texto sobre o retratado acompanha todas as figuras. "No exterior existe um movimento enorme direcionado para o que eu faço. É gente que quer este tipo de arte figurativa de volta. Não basta ter conceito, tem que ter talento", garante. "Não estourou ainda, mas vai ter um boom.

Fernando é crítico quanto aos caminhos traçados pela arte contemporânea. Acha que ela se afastou do público e não consegue transmitir discursos de maneira explícita. Ficou homogeneizada por excesso de presença acadêmica e formatos legitimados". Não tem porque uma faculdade formar por ano milhões de pessoas com as mesmas idéias", ataca.

O artista cita vários movimentos empenhados em divulgar a arte underground gay e questionar a legitimidade da arte dita "oficial", egressa das universidades e validada em circuitos de galerias, museus e curadores.
Entre os mais conhecidos está o Art Renegades, do qual Fernando participa de uns anos para cá. No site (www.artrenegades.com), um manifesto revela: "Somos um grupo de artistas que rejeita o elitismo e a comercialização de obras que seguem padrões vigentes. Nossa meta é trazer à tona tendências underground da arte mundial e prover uma alternativa para o status quo".

Ninguém sabe ao certo quem alimenta e mantém o site e outros movimentos alternativos, mas Fernando conta que boatos levam a milionários norte-americanos, artistas e jornalistas. Além do viés artístico, a maioria investe na crítica à política norte americana. De uma dessas organizações saiu o artista Chris Savido, autor do polêmico retrato de George W. Bush. O rosto do presidente foi construído com dezenas de macaquinhos e exposto em painéis de intensa circulação em Nova Iorque, no final de 2004.


A arte de Fernando fala dos excluídos, pessoas que circulam por comunidades restritas e nem sempre encontram abertura e receptividade em outros meios. O recado pode parecer simplório e inocente, mas o artista pretende ensinar a igualdade entre os seres humanos. Por isso dá espaço a figuras marginalizadas. "E os museus estão de olho nisso", garante o artista. Os trabalhos de Tom of Finland, por exemplo, vêm sendo adquiridos por acervos importantes. O último foi o Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA.

Em 2006 Fernando Carpaneda teve uma de suas esculturas publicadas no livro "TREASURES OF GAY ART". Livro que reune artistas como: Andy Warhol, Robert Mapplethorpe, Keith Haring, Tom Of Finland, Jean Cocteau, Neel Bate, Wilhelm Von Gloeden, entre outros.



Rastros da alma e da liberdade: arte underground de Ricardo Gomes



[ O material que apresento nesta postagem foi fornecido a mim, pelo pintor Ricardo Gomes, através de meu e-mail pessoal. No dia 2 de setembro de 2008 16:56:37,terça-feira.]


Por: Fernando Carpaneda




Ricardo Gomes nascido em 10 de abril de 1978, em Taguatinga cidade satélite de Brasília.Desde sua adolescência o artista começou a freqüentar os guetos e os submundos de sua cidade, onde fez amizades e construiu sua personalidade. Nessa época de sua vida Ricardo Gomes esteve envolto a marginalidade e a cultura underground



Sexo,drogas e rock`n roll sempre foram as bases para as suas criações. Por vezes acordando em bancos de praças e paradas de ônibus, o artista conheceu a realidade de Brasília bem de perto.Foi justamente nesse período que Ricardo Gomes começou a construir a base de suas pinturas e criações tendo como referencia a cultura alternativa e sua homossexualidade bem definida.

Corpos masculinos,seres envoltos em sombras e erotismo são elementos sempre presentes em seu trabalho. Além de uma grande influência do mundo da tatuagem onde trabalhou como tatuador por dois anos. A arte underground o realismo e a lowbrow arte são influências marcantes no seu processo criativo, que teve inicio em 2000.


Ricardo Gomes,vem se aprimorando e crescendo artisticamente a cada dia,conhecendo e se influenciando por artistas como Egon Schiele, Lucian Freud, Tom of Finland, Andy Warhol,Jeanne Saville, Steve Walker entre outros..

Sem medo de experimentar novos materiais e novas técnicas, já trabalhou com carvão, acrílica, óleo e pastel seco, material mais usado hoje em dia pelo artista. Autodidata por escolha, preferiu não ser influenciado pelo meio acadêmico e sim pela cena underground e gay Novaiorquina.







domingo, 4 de janeiro de 2009

ONU: 60 países rejeitam declaração contra discriminação de gays


A ONU ficou dividida hoje durante assembléia sobre uma declaração - apresentada por França e Holanda - que pedia o fim da punição contra gays. Enquanto 66 países, inclusive o Brasil, apoiaram a medida, outros 60 países se negaram a assinar o documento.
Entre as nações que rejeitaram a declaração estão, além dos Estados Unidos, vários países árabes e africanos. De acordo com representantes destes países, a leis sobre homossexualidade "devem ser deixadas a cargo de cada país". A assinatura do documento não era obrigatória.
A homossexualidade ainda é considerada crime em 80 países. Na Arábia Saudita, a relação sexual entre pessoas do mesmo sexo recebe pena de morte.


Fonte:

http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=6671&titulo=ONU%3A+60
+pa%EDses+rejeitam+declara%E7%E3o+contra+discrimina%E7%E3o+de+gays