Disponível em: http://www.revistaladoa.com.br/website/artigo.asp?cod=1592&idi=1&xmoe=84&moe=84&id=8144 Desde que a Aids chegou, nos anos 80, foram mais de 200 mil mortos somente no Brasil. Isso em dados oficiais. Ninguém morre de aids, e sim de doenças oportunistas, e quem tem o HIV também evita falar sobre o assunto, provavelmente foram muito mais vítimas nesta guerra. A Aids ainda é uma doença que assusta. Assusta quem não tem, pois quem tem o HIV aprende a viver com ele, é forçado a isto. Mas fica a pergunta: você está sabendo se prevenir? Em Curitiba são 600 novos casos por ano. Aproximadamente 30% deles entre homens. São mais de 200 homossexuais ou bissexuais que se infectam com o vírus HIV na cidade. Quase um a cada 48h. Estamos falando em dados oficiais. Estima-se que haja três novos casos para cada caso notificado, ou seja, uma infecção a cada 18h. Coloque alguns anos e este número se multiplica mais ainda. A Aids não tem face, não tem tamanho. É possível que quem já fez sexo com mais de 30 pessoas ao longo da vida já tenha se deparado com alguém soropositivo. Se você usou preservativo nestas relações, suas chances de pegar o HIV são nulas. Se a camisinha estourou ou não usou o preservativo alguma das vezes, seja bem-vindo à loteria da Aids. É sabido que o vírus não é tão competente na hora da infecção, menos de 1% de chance de conseguir a infecção aleatoriamente. Porém, no sexo homossexual, esta porcentagem aumenta em pelo menos 11 vezes. São os riscos de fissuras anais, a multiplicidade de parceiros, a incidência do vírus na população pequena. Aumenta e muito, para quem não usa camisinha. Recentemente um artigo americano questionou que deveríamos voltar a falar em “grupos de risco”, termo da década de 80 que colocou os homossexuais como vilões da Aids junto com outras populações marginalizadas como profissionais do sexo e usuários de drogas injetáveis. Fica claro que o risco existe para todos os seres que fazem sexo, pois a epidemia se verticalizou, ou os estudiosos perceberam que não era uma doença gay e sim de quem faz sexo. É preciso ver que a fragilidade de populações como homossexuais, profissionais do sexo, entre outros, não está no risco acrescido e sim na própria marginalização social, no descuido causado pela falta de auto-estima. Acrescento aqui também o fato de muitos soropositivos causarem a infecção de outras pessoas de propósito. Isso ocorre em todos os meios sexuais. Há pessoas boas e ruins em todos os lugares mas ninguém nunca fala daquelas que cometem o crime de disseminar o vírus, por acreditar que ela foi vítima de outra pessoa. Quem tem não conta, ainda mais se for uma noite de sexo fugaz. Cuidado com isso. A Aids, mais do que uma doença sexualmente transmissível, é uma doença de comportamento. Mas nada tem a ver com as condenações morais e religiosas, que dizem que ter um único parceiro é a solução. Se fosse assim, não teríamos tantos infectados em todos os cantos do planeta. Só o preservativo salva. Falar em grupos de risco é puro preconceito e parceiro único, para toda a vida, é história para boi dormir para a maioria das pessoas. |
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Homossexuais são grupos de risco?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário