sábado, 30 de outubro de 2010

Conselho Nacional de Justiça lança a Cartilha Contra o Bullying

Cartilha lançada pelo CNJ quer orientar pais e professores sobre o bullying

foto: Reprodução





Com o lema “Combater o ‘bullying’ é uma questão de justiça”, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está lançando a “Cartilha Contra o Bullying”, para você aprender “a identificar para prevenir e erradicar esse terrível fenômeno social”. O material tem como objetivo ensinar professores e funcionários de instituições de ensino, além dos pais dos alunos, a identificar sinais de violência contra os estudantes, tanto a física quanto a psicológica.

No material, o CNJ diz que “o bullying existe em todas as escolas, o grande diferencial entre elas é a postura que cada uma tomará frente aos casos” e orienta como devem agir, em várias situações, pais e educadores. Aqui embaixo você confere um pouquinho desse material:

2010 Conselho Nacional de Justiça


CARTILHA BULLYING - PROFESSORES E PROFISSIONAIS DA ESCOLA

1. O QUE É BULLYING?

O bullying é um termo ainda pouco conhecido do grande público. De origem inglesa e sem tradução ainda no Brasil, é utilizado para qualificar comportamentos agressivos no âmbito escolar, praticados tanto por meninos quanto por meninas. Os atos de violência (física ou não) ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou mais alunos que se encontram impossibilitados de fazer frente às agressões sofridas. Tais comportamentos não apresentam motivações específicas ou justificáveis. Em última instância, significa dizer que, de forma “natural”, os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão, prazer e poder, com o intuito de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas vítimas.



2. QUAIS SÃO AS FORMAS DE BULLYING? NORMALMENTE, EXISTEM MAIS MENINOS OU MENINAS QUE COMETEM BULLYING?

As formas de bullying são:
• Verbal (insultar, ofender, falar mal, colocar apelidos pejorativos, “zoar”)
• Física e material (bater, empurrar, beliscar, roubar, furtar ou destruir pertences da vítima)
• Psicológica e moral (humilhar, excluir, discriminar, chantagear, intimidar, difamar)
• Sexual (abusar, violentar, assediar, insinuar)
• Virtual ou Ciberbullying (bullying realizado por meio de ferramentas tecnológicas: celulares, filmadoras, internet etc.)

Estudos revelam um pequeno predomínio dos meninos sobre as meninas. No entanto, por serem mais agressivos e utilizarem a força física, as atitudes dos meninos são mais visíveis. Já as meninas costumam praticar bullying mais na base de intrigas, fofocas e isolamento das colegas. Podem, com isso, passar despercebidas, tanto na escola quanto no ambiente doméstico.

3. EXISTE ALGUMA FORMA DE BULLYING QUE SEJA MAIS MALÉFICA? O CIBERBULLYING É PIOR DO QUE O BULLYING TRADICIONAL?

Uma das formas mais agressivas de bullying, que ganha cada vez mais espaços sem fronteiras é o ciberbullying ou bullying virtual. Os ataques ocorrem por meio de ferramentas tecnológicas como celulares, filmadoras, máquinas fotográficas, internet e seus recursos (e-mails, sites de relacionamentos, vídeos). Além de a propagação das difamações ser pratica mente instantânea o efeito multiplicador do sofrimento das vítimas é imensurável. O ciber bullying extrapola, em muito, os muros das escolas e expõe a vítima ao escárnio público. Os praticantes desse modo de perversidade também se valem do anonimato e, sem nenhum constrangimento, atingem a vítima da forma mais vil possível. Traumas e consequências advindos do bullying virtual são dramáticos.

4. QUAL O CRITÉRIO ADOTADO PELOS AGRESSORES PARA A ESCOLHA DA VÍTIMA?

Os bullies (agressores) escolhem os alunos que estão em franca desigualdade de poder, seja por situação socioeconômica, situação de idade, de porte físico ou até porque nu mericamente estão desfavoráveis. Além disso, as vítimas, de forma geral, já apresentam algo que destoa do grupo (são tímidas, introspectivas, nerds, muito magras; são de credo, raça ou orientação sexual diferente etc.). Este fato por si só já as torna pessoas com baixa autoestima e, portanto, são mais vulneráveis aos ofensores. Não há justificativas plausíveis para a escolha, mas certamente os alvos são aqueles que não conseguem fazer frente às agressões sofridas.

5. QUAIS AS PRINCIPAIS RAZÕES QUE LEVAM OS JOVENS A SEREM OS AGRESSORES?

É muito importante que os responsáveis pelos processos educacionais identifiquem com qual tipo de agressor estão lidando, uma vez que existem motivações diferenciadas:
1. Muitos se comportam assim por uma nítida falta de limites em seus processos educa cionais no contexto familiar.
2. Outros carecem de um modelo de educação que seja capaz de associar a autorrea lização com atitudes socialmente produtivas e solidárias. Tais agressores procuram nas ações egoístas e maldosas um meio de adquirir poder e status, e reproduzem os modelos domésticos na sociedade.
3. Existem ainda aqueles que vivenciam dificuldades momentâneas, como a separação traumática dos pais, ausência de recursos financeiros, doenças na família etc. A vio lência praticada por esses jovens é um fato novo em seu modo de agir e, portanto, circunstancial.
4. E, por fim, nos deparamos com a minoria dos opressores, porém a mais perversa. Trata-se de crianças ou adolescentes que apresentam a transgressão como base es trutural de suas personalidades. Falta-lhes o sentimento essencial para o exercício do altruísmo: a empatia.

6. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PROBLEMAS QUE UMA VÍTIMA DE BULLYING PODE ENFRENTAR NA ESCOLA E AO LONGO DA VIDA?

As consequências são as mais variadas possíveis e dependem muito de cada indivíduo, da sua estrutura, de vivências, de predisposição genética, da forma e da intensidade das agressões. No entanto, todas as vítimas, sem exceção, sofrem com os ataques de bullying (em maior ou menor proporção). Muitas levarão marcas profundas provenientes das agres sões para a vida adulta, e necessitarão de apoio psiquiátrico e/ou psicológico para a supe ração do problema.

Os problemas mais comuns são: desinteresse pela escola; problemas psicossomáticos; problemas comportamentais e psíquicos como transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia, fobia escolar, fobia social, ansiedade generalizada, entre outros. O bullying também pode agravar problemas preexistentes, devido ao tempo prolongado de estresse a que a vítima é submetida. Em casos mais graves, podem-se observar quadros de esquizofrenia, homicídio e suicídio.

7. COMO PERCEBER QUANDO UMA CRIANÇA OU ADOLESCENTE ESTÁ SOFRENDO BULLYING? QUAL O COMPORTAMENTO TÍPICO DESSES JOVENS?

As informações sobre o comportamento das vítimas devem incluir os diversos ambientes que elas frequentam. Nos casos de bullying é fundamental que os pais e os profissionais da escola atentem especialmente para os seguintes sinais:

Na Escola:
No recreio encontram-se isoladas do grupo, ou perto de alguns adultos que possam protegê-las; na sala de aula apresentam postura retraída, faltas frequentes às aulas, mos tram-se comumente tristes, deprimidas ou aflitas; nos jogos ou atividades em grupo sempre são as últimas a serem escolhidas ou são excluídas; aos poucos vão se desinteressando das atividades e tarefas escolares; e em casos mais dramáticos apresentam hematomas, arranhões, cortes, roupas danificadas ou rasgadas.

Em Casa:
Frequentemente se queixam de dores de cabeça, enjoo, dor de estômago, tonturas, vômi tos, perda de apetite, insônia. Todos esses sintomas tendem a ser mais intensos no período que antecede o horário de as vítimas entrarem na escola. Mudanças frequentes e intensas de estado de humor, com explosões repentinas de irritação ou raiva. Geralmente elas não têm amigos ou, quando têm são bem poucos; existe uma escassez de telefonemas, e-mails, torpedos, convites para festas, passeios ou viagens com o grupo escolar. Passam a gastar mais dinheiro do que o habitual na cantina ou com a compra de objetos diversos com o intuito de presentear os outros. Apresentam diversas desculpas (inclusive doenças físicas) para faltar às aulas.

8. E O CONTRÁRIO? O QUE SE PODE NOTAR NO COMPORTAMENTO DE UM PRATICANTE DE BULLYING?

Na escola os bullies (agressores) fazem brincadeiras de mau gosto, gozações, colocam apelidos pejorativos, difamam, ameaçam, constrangem e menosprezam alguns alunos. Fur tam ou roubam dinheiro, lanches e pertences de outros estudantes. Costumam ser popula res na escola e estão sempre enturmados. Divertem-se à custa do sofrimento alheio.
No ambiente doméstico, mantêm atitudes desafiadoras e agressivas em relação aos fami liares. São arrogantes no agir,no falar e no vestir, demonstrando superioridade. Manipulam pessoas para se safar das confusões em que se envolveram. Costumam voltar da escola com objetos ou dinheiro que não possuíam. Muitos agressores mentem, de forma convin cente, e negam as reclamações da escola, dos irmãos ou dos empregados domésticos.

9. O FENÔMENO BULLYING COMEÇA EM CASA?

Muitas vezes o fenômeno começa em casa. Entretanto, para que os filhos possam ser mais empáticos e possam agir com respeito ao próximo, é necessário primeiro a revisão do que ocorre dentro de casa. Os pais, muitas vezes, não questionam suas próprias condutas e valores, eximindo-se da responsabilidade de educadores. O exemplo dentro de casa é fundamental. O ensinamento de ética, solidariedade e altruísmo inicia ainda no berço e se estende para o âmbito escolar, onde as crianças e adolescentes passarão grande parte do seu tempo.


10. O BULLYING EXISTE MAIS NAS ESCOLAS PÚBLICAS OU NAS PARTICULARES?

O bullying existe em todas as escolas, o grande diferencial entre elas é a postura que cada uma tomará frente aos casos de bullying. Por incrível que pareça os estudos apontam para uma postura mais efetiva contra o bullying entre as escolas públicas, que já contam com uma orientação mais padronizada perante os casos (acionamento dos Conselhos Tute lares, Delegacias da Criança e do Adolescente etc.).

11. O ALUNO VÍTIMA DE BULLYING NORMALMENTE CONTA AOS PAIS E PROFESSORES O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

As vítimas de bullying se tornam reféns do jogo do poder instituído pelos agressores. Raramente elas pedem ajuda às autoridades escolares ou aos pais. Agem assim, domi nadas pela falsa crença de que essa postura é capaz de evitar possíveis retaliações dos agressores e por acreditarem que, ao sofrerem sozinhos e calados, pouparão seus pais da decepção de ter um filho frágil, covarde e não popular na escola.



12. QUAL É O PAPEL DA ESCOLA PARA EVITAR O BULLYING ESCOLAR?

A escola é corresponsável nos casos de bullying, pois é lá onde os comportamentos agressivos e transgressores se evidenciam ou se agravam na maioria das vezes. A direção da escola (como autoridade máxima da instituição) deve acionar os pais, os Conselhos Tutelares, os órgãos de proteção à criança e ao adolescente etc. Caso não o faça poderá ser responsabilizada por omissão. Em situações que envolvam atos infracionais (ou ilícitos) a escola também tem o dever de fazer a ocorrência policial. Dessa forma, os fatos podem ser devidamente apurados pelas autoridades competentes e os culpados responsabilizados. Tais procedimentos evitam a impunidade e inibem o crescimento da violência e da crimina lidade infantojuvenil.

13. COMO É O BULLYING NAS ESCOLAS BRASILEIRAS, EM COMPARAÇÃO A OUTRAS, DOS ESTADOS UNIDOS OU DA EUROPA? ALGUMA CARACTERÍSTICA ESPECÍFICA?

Em linhas gerais o bullying é um fenômeno universal e democrático, pois acontece em todas as partes do mundo onde existem relações humanas e onde a vida escolar faz parte do cotidiano dos jovens. Alguns países, no entanto, apresentam características peculiares na manifestação desse fenômeno: nos EUA, o bullying tende a apresentar-se de forma mais grave com casos de homicídios coletivos, e isso se deve à infeliz facilidade que os jovens americanos possuem de terem acesso as armas de fogo. Nos países da Europa, o bullying tende a se manifestar na forma de segregação social a até da xenofobia. No Brasil, observam-se manifestações semelhantes às dos demais países, mas com peculiaridades locais: o uso de violência com armas brancas ainda é maior que a exercida com armas de fogo, uma vez que o acesso a elas ainda é restrito a ambientes sociais dominados pelo narcotráfico. A violência na forma de descriminação e segregação aparece mais em escolas particulares de alto poder aquisitivo, onde os descendentes nordestinos, ainda que economicamente favorecidos, costumam sofrer discriminação em função de seus hábitos, sotaques ou expressões idiomáticas típicas. Por esses aspectos é necessário sempre anali sar, de maneira individualizada, todos os comportamentos de bullying, pois as suas formas diversas podem sinalizar com mais precisão as possíveis ações para a redução dessas variadas expressões da violência entre estudantes.

14. QUAL A INFLUÊNCIA DA SOCIEDADE ATUAL NESTE TIPO DE COMPORTAMENTO?

O individualismo, cultura dos tempos modernos, propiciou essa prática, em que o ter é muito mais valorizado que o ser, com distorções absurdas de valores éticos. Vive-se em tempos velozes, com grandes mudanças em todas as esferas sociais. Nesse contexto, a educação tanto no lar quanto na escola se tornou rapidamente ultrapassada, confusa, sem parâmetros ou limites. Os pais passaram a ser permissivos em excesso e os filhos cada vez mais exigentes, egocêntricos. As crianças tendem a se comportar em sociedade de acordo com os modelos domésticos. Muitos deles não se preocupam com as regras sociais, não refletem sobre a necessidade delas no convívio coletivo e, nem sequer se preocupam com as consequências dos seus atos transgressores. Cabe à sociedade como um todo transmitir às novas gerações valores educacionais mais éticos e responsáveis. Afinal, são estes jovens que estão delineando o que a sociedade será daqui em diante. Auxiliá-los e conduzi-los na construção de uma sociedade mais justa e menos violenta, é obrigação de todos.

15. COMO OS PAIS E PROFESSORES PODEM AJUDAR AS VÍTIMAS DE BULLYING A SUPERAR O SOFRIMENTO?

A identificação precoce do bullying pelos responsáveis (pais e professores) é de suma importância. As crianças normalmente não relatam o sofrimento vivenciado na escola, por medo de represálias e por vergonha. A observação dos pais sobre o comportamento dos filhos é fundamental, bem como o diálogo franco entre eles. Os pais não devem hesitar em buscar ajuda de profissionais da área de saúde mental, para que seus filhos possam supe rar traumas e transtornos psíquicos.

Outro aspecto de valor inestimável é a percepção do talento inato desses jovens. Os adul tos devem sempre estimulá-los e procurar métodos eficazes para que essas habilidades possam resgatar sua autoestima, bem como construir sua identidade social na forma de uma cidadania plena.

Ministério da Saúde aumenta investimento em testes de HIV

Publicado por Hélio Filho, no site Mix Brasil - 29/10/10

Sobe número de testes de HIV distribuídos pelo Ministério da Saúde nos últimos anos.


O Ministério da Saúde registrou um aumento no número de testes rápidos distribuídos pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais para diagnóstico de HIV entre os anos de 2005 e 2009. A quantidade subiu de 680 mil para 2,6 milhões. Os testes tradicionais, ressarcidos aos estados – como o Western Blott, Elisa e a Imunofluorecência – também aumentaram de 3,96 milhões para 4,93 milhões.

Em 2009, o investimento foi de cerca de R$ 64,92 milhões nessas tecnologias de diagnósticos. Foram gastos R$ 15,52 milhões com testes rápidos e R$ 49,4 milhões com testes tradicionais, tanto repassando dinheiro aos Estados para compras quanto para fazer a compra centralizada, no caso dos testes rápidos. A expectativa é que em 2010 o governo gaste R$ 65 milhões com esses produtos.

SP: USP terá ato contra homofobia no próximo dia 4


Bandejão da USP de São Paulo vai ter ato contra a homofobia no próximo dia 4 - Publicado por Hélio Filho, no site Mix Brasil, 29/10/10.


Todas as pessoas que são contra a homofobia e o preconceito estão convidadas a participar de uma manifestação no próximo dia 4, no Bandejão Central – CRUSP, em São Paulo. O “Ato Fúnebre - Contando as nossas mortes” rola a partir das 11h às 14h e das 17h30 às 19h45 e tem como objetivo chamar atenção para os assassinatos contra LGBT cometidos no Brasil.

Outra motivação do ato foi a recente agressão na USP contra um estudante de Biologia gay assumido. “Queremos comunicar à comunidade uspiana os casos de violência extrema que tiraram a vida dessas pessoas por conta da sua orientação sexual e identidade de gênero”, esclarece o organizador, Dário Neto.


Mais informações pelo telefone (11) 6442-9045.

CE: Fortaleza realiza IV Jogos da Diversidade

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Fortaleza realiza em novembro a quarta edição de seus Jogos da Diversidade - Publicado por Hélio Filho no site Mix Brasil


Jogos rolam a partir do dia 10

Capital do Ceará, Fortaleza vai sediar entre os próximos dias 10 e 20 os IV Jogos da Diversidade Sexual, uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Fortaleza, por meio de seu programa Fortaleza Sem Homofobia. A abertura rola no dia 10, a partir das 17h, no ginásio Aécio de Borba.

Com encerramento programado para o dia 20, a partir das 9h, na Barraca do Joca, os jogos têm como objetivo dar visibilidade aos LGBT e combater a homofobia na capital cearense.

As partidas serão disputadas das 18h às 22h no Aécio Borba, Paulo Sarasate, Poliesportivo da Parangaba e Estádio Murilão. Mais informações pelos telefones (85) 3452-2349 e 3452-2345.

UGANDA: Proposta Anti-Gay pode ser lei em breve


David Bahati, um membro do Parlamento do Uganda, afirmou na quinta-feira que um projeto de lei, que impõe penas de prisão perpétua ou a pena de morte para os gays, vai se tornar lei em breve.

Bahati disse à CNN que "esta é uma peça de legislação necessária neste país para proteger a família tradicional aqui na África, e também para proteger o futuro dos nossos filhos."

Desde que o projeto foi apresentado no ano passado, muitos governos que têm doado ajuda e grupos de direitos humanos têm pressionado o governo de Uganda para que o projecto não avance.

Bahati fez a sua declaração pouco tempo depois que um jornal local, publicar uma lista de gays e lésbicas, junto com seus nomes e endereços e uma caixa amarela na leitura de lado "enforquem-nos."

Giles Muhame, editor da Rolling Stone, disse à CNN que a homossexualidade é um vírus que se espalha pelo mundo ", e na sua opinião, ao publicar essa história, irá fazer com que a polícia os investigue, processe judicialmente e enforcá-los.

Paraná - Casal gay adota criança por sugestão do juiz


A Vara da Infância e Juventude de Cascavel, no estado do Paraná, oficializou a adoção de uma criança de 8 anos com paralisia cerebral por um casal de homens que vivem juntos há 12 anos.

A decisão foi determinada no dia 26 de julho mas só foi divulgada esta semana. Segundo o juíz Sérgio Luiz Kreuz a decisão é irreversível.

A criança foi transferida para um abrigo porque a sua família não fornecia os cuidados necessários. No entanto o abrigo também não tinha as condições adequadas para tratar de uma criança com paralisia cerebral e a solução foi dar a guarda a um homem, num programa subsidiado em que a câmara municipal apoia financeiramente a família em causa.

A criança viveu à guarda de um dos homens durante dois anos, e foi colocada então para processo de adoção sem que tenha tido nenhum candidato à mesma. Os dois homens não consideraram a possibilidade de adoção para evitar a polêmica associada preferindo manter a guarda.

No entanto foi o próprio juiz que, perante a situação, pediu ao casal que tivesse em consideração a possibilidade de adotarem em conjunto visto estar comprovada a relação afetiva entre os dois e a criança. Os dois acederam à sugestão e a decisão foi proferida agora.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Cássia Eller - Rubens

Nunca vi tão bem retratadas numa música todas as sensações que senti enquanto ainda me descobria, me aceitava, enquanto descobria que meu amor, minha forma de amar, não era inferior a de ninguém, porque meu coração escolheu o de outro cara para se embalarem no mesmo ritmo desse sentimento tão grandioso que tem preenchido minha vida por completo, me fazendo realmente sentir que estou vivo... Este vídeo é para você, meu grande cara...




Filme sobre 1º travesti eleito começa a ser rodado no Piauí

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O documentário "De Zé a Kátia", de Karla Holanda, começou a ser rodado no Piauí no fim de semana. O longa mostrará a vida de Kátia Tapety, o primeiro travesti eleito para cargos públicos no Brasil.

A idéia é registrar a vida desse personagem controverso, nascido e criado no sertão piauiense, onde a hostilidade não se resumia apenas ao meio ambiente. Kátia, ou José, superando todas as adversidades, tornou-se primeiro travesti e depois o primeiro do gênero a exercer um cargo político no Estado.

A informação é da coluna Mônica Bergamo, publicada na Folha desta segunda-feira (25).Tapety foi três vezes vereadora de Colônia de Piauí, a 300 km de Teresina, e vice-prefeita de 2004 a 2008.

PI: Travesti é morta a tiros em Teresina

Travesti é morta a tiros em bairro de Teresina e polícia suspeita de ex-presidiária -informações publicadas por Hélio Filho, no site Mix Brasil, e pelo site 180° graus.


Uma travesti identificada como Cleisiane foi morta a tiros na madrugada da última quarta-feira, 27, na vila Urbano Eulálio, Bairro Renascença, zona Sudeste de Teresina. O assassinato ocorreu por volta das 3h30. O caso está registrado junto ao 24º Distrito Policial.

Cleisiane teria sido morta por duas pessoas que entraram na madrugada na sua casa, segundo contam os vizinhos. Documentos de uma mulher chamada Suely foram encontrados na casa da vítima. A delegada Maria Laura Monteiro, titular do 24º Distrito Policial, está cuidando do caso.

Os suspeitos são a ex-presidiária Suely Rodrigues dos Santos e um homem identificado como Cléber. Segundo a polícia, eles passaram a noite na casa de Cleisiane. Suely saiu da prisão em julho deste ano, ela cumpria pena por tráfico de drogas.

A vizinhança informou que não sabia de informações ou envolvimentos suspeitos da vítima. O caso está sob investigação para saber se foi um crime homofóbico ou não. Nenhuma hipótese foi descartada.

ABRAGAY posiciona-se sobre discursos de Dilma e Serra

Presidente da ABRAGAY fala sobre candidatos à presidência da república - publicado por Neto Lucon, ontem, 27/10, no site Mix Brasil.


Em comunicado oficial, o presidente da Associação Brasileira de Gays, Marco Trajano, posicionou a opinião oficial da ABRAGAY sobre os candidatos à presidência da republica Dilma Roussef (PT) e José Serra (PSDB)

Segundo o comunicado, os dois candidatos têm históricos na defesa de direitos LGBT, assim como seus partidos, mas durante esse processo eleitoral afastaram da comunidade LGBT, e dos direitos humanos a ela cobrados e direcionados, “optando pela captação dos votos de religiosos.”

“O vale tudo para a conquista de votos chegou ao cúmulo de declarações públicas e acordos realizados pela Dilma Rousseff e afirmações indecentes do Vice do Serra, Índio da Costa, em favor dos religiosos, em detrimento dos homossexuais.”

Marco Trajano diz que escolher entre Serra e Dilma é como “uma escolha de Sofia”. E que os candidatos não sabem fazer distinção de casamento, união civil e casamento religioso. “O reconhecimento ao direito do casamento civil previsto na Constituição Federal e Código Civil que, ressalte-se, não se admite confundir com o casamento religioso, é atualmente a única forma de conferir os 112 direitos negados aos casais homossexuais.”

Para a ABRAGAY, o comportamento dos candidatos motivarão os homossexuais a votar naquele que indique ser menos nocivos aos direitos LGBT. “Se os votos não conseguem eleger, poderão servir como fiéis da balança para eventual desempate num segundo turno, que ainda não foi deliberado.”

RJ: Lésbica consegue direito a herança de companheira

Professora entrou na Justiça para requerer direito a imóvel - Publicado por Irving Alves, ontem (27/10), no site Mix Brasil.

A Justiça do Rio de Janeiro reconheceu a união homoafetiva entre duas mulheres para fins de herança. A 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do estado acatou o pedido de herança apresentado por uma professora identificada como Valéria, que durante 11 anos viveu com sua Júlia, também professora. Esta última morreu em 1995 em decorrência de um infarto fulminante, deixando Valéria em uma situação financeiramente complicada.

Valéria conta que antes da morte de Júlia era responsável pelos afazeres domésticos, enquanto a companheira, que tinha maior renda, arcava com as contas. Hoje a professora vive com um pequeno salário e até então não tinha direito ao imóvel adquirido pelo casal, um apartamento no Campo Grande.

Na sentença que reconhece o direito de Valéria sobre o imóvel na condição de herança, o desembargador Ferdinaldo Nascimento alegou princípios da dignidade da pessoa humana, da liberdade e da busca pela felicidade.

Suspeita de homofobia em festa da USP é investigada pela Polícia


Aconteceu no último dia 22, na Universidade de São Paulo (USP), a festa “Outubro ou Nada” promovida pela Escola de Comunicação e Artes (ECA), onde o aluno Henrique Andrade e seu namorado, aluno de arquitetura da universidade, foram vítimas de homofobia.

Além de receberem chutes e socos de outros três alunos enquanto estavam sentados em um sofá, Henrique e seu namorado foram agredidos verbalmente com ofensas homofóbicas.
O boletim de ocorrência foi feito nesta terça-feira, dia 26, na sede da Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos contra Intolerância) no bairro da Luz. A Polícia Civil investiga a suspeita de homofobia e não há novos detalhes sobre o caso.


Falando em intolerância nas universidades...

Não são só os homossexuais as únicas vítimas da intolerância no ambiente universitário. Durante os jogos da Unesp (Universidade Estadual Paulista) realizados entre 9 e 12 de outubro em Araraquara, um grupo de alunos promoveu o desafio entitulado “Rodeio das Gordas”, onde os participantes tinham que segurar – e tentar montar – por mais tempo as alunas mais obesas, escolhidas de forma aleatória, em troca de prêmios.

Vejam a reportagem completa no site da FOLHA

Jovens ortodoxos da Rússia realizam manifestação contra Parada Gay


Jovens ortodoxos do movimento São Jorge realizaram nesta quarta-feira (27) passeata contra a realização da Parada Gay na capital russa, Moscou. O ato é também uma reação à decisão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, que considerou a proibição da manifestação "ilegal".

O chanceler Mángushev, um dos líderes do movimento São Jorge, disse que o objetivo é alcançar a proibição legal de qualquer desfile que seja "antisocial" e "imoral".

Uma das faixas carregadas pelos manifestantes diz que "Em Moscou não haverá Paradas Gays". "Vamos trabalhar para que o Ministério da Justiça da Rússia reverta a decisão do Tribunal Europeu. Pressionaremos os líderes russos para que se posicionem publicamente contra a Parada Gay", finalizou Mángushev.

Em encontro com religiosos, José Serra promete vetar criminalização da homofobia



O candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, se encontrou na terça-feira (26/10), em Foz de Iguaçu (PR), com religiosos na Convenção da Assembleia de Deus. Durante o evento, prometeu vetar o PLC 122, que visa criminalizar a homofobia em todo território nacional.

Serra declarou que o projeto aprovado na Câmara visa criminalizar os pastores que pregam contra a prática homossexual. "Uma coisa é grupos de extermínio, praticando violência contra homossexuais, como já ocorreu em São Paulo. Outra coisa é o projeto como está, que passa a perseguir as igrejas que combatem a prática homossexual", disse Serra, de acordo com o jornal "Folha de S. Paulo".

Ainda no encontro, o presidenciável foi questionado a respeito da união civil gay, porém, desconversou e disse que a candiata Dilma Rousseff (PT) é a favor do controle social da imprensa. A respeito do PLC 122, vale lembrar que no momento o projeto está parado para votação no Senado e a atual versão não contém nenhum item que criminaliza pastores ou igrejas.

A reportagem entrou em contato com o Diversidade Tucana, setorial LGBT do PSDB. Gui Tronolone, representante do setorial, disse que o partido apuraria as declarações de José Serra junto ao comitê de campanha e que depois se pronunciaria a respeito. Até o fechamento desta reportagem, não houve qualquer tipo de declaração do setorial gay tucano.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

UGANDA: Jornal publica lista de supostos gays


No início deste mês, um jornal publicou uma lista de pessoas homossexuais com nomes e endereços e uma caixa ao lado a dizer "enforquem-nos".

O jornal, chamado "Rolling Stone", que não está ligado ao nome do mesmo revista norte-americana, afirmou que uma doença mortal tem atacado os homossexuais e que eles estão invadindo as escolas e a recrutar crianças.

Desde sua publicação, pelo menos quatro pessoas na lista foram atacadas e outras passaram à clandestinidade, afirmou o activista de direitos civis Julian Onziema disse à Associated Press.

No ano passado, foi apresentado um projeto de lei no Parlamento, iniciado com apoio de fundamentalistas cristãos dos EUA, que pedia a pena de morte ou prisão de longo prazo para todos os homossexuais ou pessoas que ajudassem homossexuais. Entretanto, depois de muita polémica internacional, o projecto ficou congelado e não avançou.

A homossexualidade é ilegal na maioria dos países do continente africano, com excepção da África do Sul, que reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mas mesmo neste país os relatos de "violações correctivas" sobre mulheres lésbicas continuam a aparecer de tempos a tempos.

Chile lança cartilha sobre homofobia nas escolas

Reprodução
Cartilha tem 10 mil exemplares

Militância do Chile lança segunda edição de cartilha sobre bullying e homofobia na escola



A militância do Chile acaba de lançar a segunda edição de seu material educativo sobre homofobia e bullyng. Ele vai ser entregue nas escolas de todo o país. A iniciativa é do Movimiento de Integración y Liberación Homosexual (Movilh), com apoio do senador Fulvio Rossi, do deputado Hugo Gutiérrez e do coletivo LGBT local Falange de la Diversidad Sexual (Fadisex).

A segunda edição do “Educando en la Diversidad, Orientación Sexual e Identidad de Género en las Aulas” tem 42 páginas, 10 a mais do que a primeira, 10 mil exemplares e vem ainda com um CD interativo com o mesmo nome que fala sobre direitos LGBT de uma maneira dinâmica, menos teórica.

Universitário gay de 19 anos se suicidou dentro do campus [EUA]



Mais um jovem gay se suicidou nos EUA. Corey Jackson tinha 19 anos e era estudante da Universidade Oakland, no Michigan. Homossexual assumido, ele foi encontrado morto dentro do campus na última terça-feira, 19 Peritos afirmam que Jackson se enforcou.

Apesar de a polícia afirmar que o jovem não se matou por ser vítima de bullying, Melissa Pope, diretora do Centro de Gênero e Sexualidade da Universidade Oakland, divulgou nota dizendo que é preciso "olhar além do termo 'bullying' e para o tratamento que é dado aos gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros para começar a entender a epidemia de suicídios em nossa juventude LGBT. Enquanto a mídia nacional tenha abordado esta questão nos últimos meses, nós temos perdido alto número de jovens LGBT para o suicídio nas últimas décadas".

Deputados vão discutir em novembro a homofobia na escola



Está marcada para o dia 23 de novembro a audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, que vai discutir a “Homofobia nas Escolas”. Com entrada gratuita e aberta ao público, o evento começa às 13h30 e se estende até as 18h30, no Auditório da Câmara dos Deputados.

A audiência é uma iniciativa da militância brasileira e tem o apoio da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ministério da Saúde, Ministério da Cultura, ONU, Conselho Federal de Psicologia e Conselho Federal de Serviço Social.


MA: Travestis e trans poderão usar nome social em salas de aula

Conselho Estadual determina que nome social de travestis e transexuais do Maranhão seja respeitado


Uma conquista promete animar e incentivar as travestis e transexuais do Maranhão ao estudo. Instituições de ensino público e privado, integrantes do Sistema Estadual de Ensino do Maranhão, terão que incluir o nome social das transgêneros nos registros internos. A medida é amparada pela Resolução 242/2010, do Conselho Estadual de Educação (CEE).

A determinação descreve que os gestores das instituições devem conceder às travestis e transexuais, maiores de 18 anos, o direito de manifestarem por escrito, no ato da matrícula ou ao longo do ano letivo, o interesse de usar o nome social. No caso de crianças e adolescentes, deve-se incluir um requerimento assinado pelos pais ou responsável legal.

“Essa medida permite o retorno das travestis e transexuais a sala de aula, aumenta a autoestima e admite ter essa identificação com o nome que elas adotaram durante a construção da identidade sexual”, explica Airton Ferreira, supervisor de Proteção dos Direitos Humanos da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Cidadania (Sedihc), integrante do Grupo Gayvota.

Ele disse que agora é essencial que haja uma política de divulgação dessa medida. "Travestis e Transexuais precisam se beneficiar dessa resolução, indo atrás dos seus direitos e se matriculando nas instituições de ensino", completou.

Casal gay alega ter sido vítima de homofobia em festa da USP


O estudante de Biologia Henrique Andrade e o namorado (que não quis revelar o nome) dizem ter sido vítimas de homofobia, na última sexta-feira, 22, durante a festa “Outubro ou Nada”, realizada pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo.De acordo com o relato do jovem, ele o namorado estavam abraçados quando apareceram três homens. “Estavam visivelmente alcoolizados, e disseram inúmeros palavrões, gritaram para que saíssemos da festa, pois estávamos manchando o lugar. Usaram diversos adjetivos homofóbicos”, declarou.

Em dado momento, a agressão moral passou a ser física. “Um deles jogou um copo de bebida em nossas roupas. Foram chutes e socos. Duas meninas chamaram um segurança, que nada fez. O segurança ficou olhando a briga enquanto eu gritava. Levei um tapa na cara em sua frente”, declarou.

Eles declararam que vão ir atrás de retratações juntamente com o Centro Acadêmico (CA) da Biologia e Defensoria Pública do Estado de São Paulo (existe a Lei Estadual 10.948/2001 de combate à discriminação homofóbica em São Paulo. “Eu e meu namorado estamos bem fisicamente, mas a agressão moral ainda dói”.

Governo Obama lança campanha contra bullying homofóbico

Foi publicado hoje - 26/10, pela Redação do site da revista A Capa, que o governo de Barack Obama acaba de lançar uma campanha com a intenção de barrar o bullying homofóbico nas escolas dos Estados Unidos. A ideia acontece após o presidente Obama tomar conhecimento do relatório a respeito de jovens gays que cometeram suícidio por conta da opressão sexual que sofreram no colégio.

As escolas passarão a ter Conselhos que irão trabalhar a questão do não preconceito por conta da orientação sexual. O objetivo é também levar o projeto para as universidades.

Em seu pronunciamento para a campanha "It Gets Better", Barack Obama disse que ficou "chocado" e "entristecido" ao ter conhecimento dos adolescentes que se mataram e sobre aqueles que se encontram "deprimidos" por conta da homofobia.

O governo Obama enfrenta uma onda conservadora e, do outro lado, a ira do movimento gay norte-americano. Isso porque a Casa Branca apoiou a derrubada da liminar que cancelava a lei "Don't ask, don't tell", que proíbe gays nas Forças Armadas. Porém, o presidente voltou a declarar que está "comprometido" com a revogação da lei, mas que deseja ter a anulação feita pelo Congresso e não pelos tribunais.