quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Abertura da exposição “ Olhos Vendados” e a comemoração do lançamento do Selo do Bicentenário de Louis Braille


A Associação Brasileira dos Artistas Plásticos de Colagem e o Casarão Brasil, estarão realizando no dia 05 de novembro de 2009 a partir das 19 horas a abertura da Exposição de “OLHOS VENDADOS”, com a participação da artista plástica e empresária – Adriana Rizakallah.

O projeto é uma parceria com o Casarão Brasil, uma ONG situada num belo casarão de 1914, todo restaurado com a proposta de trabalhar questões da saúde.

Nesta exposição a artista conceberá livros e tábuas em Braille todos feitos de papel machê. Adriana como artista e empresária, leva seu trabalho aos grandes eventos voltados as áreas de sustentabilidade.

O projeto será também uma confraternização de abertura da exposição e convidados em parceria também com a ADEVA – Associação dos Deficientes Visuais do Estado de São Paulo. A exposição também trará para a data a comemoração do lançamento do selo do Bicentenário de Louis Braille.




OLHOS VENDADOS

ESCULTURAS EM PAPEL MACHÊ DE ADRIANA RIZKALLAH

Uma experiência tátil



“A verdade é que não te amo com meus olhos que descobrem em ti mil defeitos, mas com meu coração, que ama o que os olhos desprezam”

William Shakespeare



No Bicentenário de Louis Braille, homem que revolucionou a vida dos cegos com a invenção do Código Braille, a artista plástica Adriana Rizkallah revoluciona com a sua arte geométrica ordenada provida de imediatismo emotivo num grande alfabeto Braille lúdico, onde o espectador vê e move os símbolos, construindo assim uma nova leitura. A descoberta das inúmeras possibilidades dessas composições explora os sentidos gestuais nos olhares e brinca com a ambigüidade entre a leveza e a delicadeza do papel, material de que é feito a sua obra. Objeto esculpido com a incrível semelhança que existe com as texturas do mármore, pedra, cerâmica, etc, desperta o interesse do espectador por este jogo visual entre o ser e o parecer, numa investigação tátil que deixa pistas e fragmentos, a vida e a transformação do tempo.

Olhos Vendados, uma experiência forte onde a realidade lúdica se aplica aos sentidos através de uma identidade abstrata e de intensa emotividade. Os símbolos são grandes círculos e vazados, esferas que imitam a órbita ocular, a bola que roda para qualquer lugar como uma grande pupila enxergando tudo ao redor até onde a vista alcança, a refração da luz que irrompe e atende a visão, não como atividade e sim a libido. Olhar e ser olhado, um exercício à capacidade de enxergar com as mãos conferindo o desejo pelo objeto, pelas cores e pela vida.



Robert Richard

BICENTENÁRIO DE LOUIS BRAILLE -1809/2009

O Homem que revolucionou a vida dos cegos, criando o seu código de leitura - O Sistema Braille

Luís Braille era natural de Coupvray, pequena aldeia a leste de Paris, onde nasceu a 4 de Janeiro de 1809. Era o filho mais novo de Simão Renato Braille, o correeiro da localidade, e de Mónica Baron. Tinha um irmão e duas irmãs. A sua vida foi uma vida humilde. Das mais modestas. Em 1812, quando brincava na oficina do pai, Luís Braille feriu-se num dos olhos. A infecção progrediu, transmitiu-se ao olho são, vindo o pequeno, aos 3 anos de idade, a ficar completamente cego algum tempo depois. Pouco deve ter conservado em termos de imagens visuais ou de recordações dos rostos e dos lugares que rodearam a sua infância. Os pais souberam assegurar, da melhor maneira possível, a primeira educação deste seu filho cego. Sabe-se que Luís Braille freqüentou a escola da sua aldeia, beneficiando assim do contacto com pequenos condiscípulos videntes. Sabe-se também que quando Luís Braille chegou à escola que Valentin Haüy havia fundado com caráter privado, e que, depois de ter passado por diversas vicissitudes, tinha então o nome de Instituição Real dos Jovens Cegos, sabia fazer franjas para os arneses. Este trabalho foi a base do desenvolvimento da sua destreza manual. O pai de Luís Braille teve conhecimento da existência da Instituição Real dos Jovens Cegos, em Paris, e escreveu repetidas vezes ao diretor para se inteirar dos trabalhos que ali se realizavam e certificar-se de que eram verdadeiramente úteis para a educação do seu filho. Depois de algumas hesitações, decidiu-se pelo internamento. Luís Braille deu entrada na Instituição em 15 de Fevereiro de 1819. Ali estudou e leu nos livros impressos em caracteres ordinários, ideados por Valentin Haüy. Era habilidoso, aplicado e inteligente. Caráter sério, dele também se pode dizer que era a honradez em pessoa. Espírito metódico e apaixonado pela investigação, nele predominava a imaginação criadora e a mentalidade lógica. Entrou então para a Instituição Real dos Jovens. E a partir de 1819 Luís Braille viveu uma vida de internado na Instituição dos Jovens Cegos, que foi para ele como que um segundo lar. Mas passava as suas férias em Coupvray e aqui residiu também todas as vezes que a doença o obrigou a prolongados repousos. Braille morreu aos 43 anos em 1852 e em Coupvray permaneceram os seus restos mortais desde 10 de Janeiro de 1852, já que a sua morte se verificou em Paris, a 6 do mesmo mês.

Três décadas depois, ele se tornaria famoso no mundo todo como o notável benfeitor dos cegos, o homem cujo trabalho constituiu a rota pela qual milhões de cegos iniciariam uma nova vida, podendo ler, escrever, comunicar-se, aprender, criar e exercer seus plenos direitos na sociedade como seres humanos cultos e educados. Aponta-se geralmente o ano de 1825 como a data do aparecimento do Sistema Braille e códigos para a matemática e a música, mas só em 1829, Luís Braille publicou a primeira edição do seu 'Processo para Escrever as Palavras, a Música e o Canto-Chão por meio de Pontos, para Uso dos Cegos' e dispostos para eles, a que deu forma definitiva na segunda edição publicada. No centenário da sua morte em Junho de 1952, representantes de quarenta países foram em romagem a Coupvray, ao túmulo de Luís Braille, e acompanharam a transladação do seu corpo para o Panteão dos Homens Ilustres. Era o reconhecimento da França, para quem o nome de Braille é um raio do esplendor da intelectualidade e do humanismo francês. Era a gratidão dos cegos de todo o mundo, para quem Braille, mais do que um nome, é um símbolo, um símbolo da emancipação conquistada, para todos os cegos, por um dos seus. Graças à grandiosidade desse homem muitos puderam ler e começar a ter uma vida mais normal.









Serviço:

Exposição: “ Olhos Vendados” e a comemoração do lançamento do selo do Bicentenário de Louis Braille

Curador: Robert Richard

Local: Associação Casarão Brasil

Rua Frei Caneca, 1057

Data: 05 de novembro de 2009

Horário: a partir das 19 horas

Horário para visitação: de segunda a sexta das 10 às 18 horas

Tel:11 3171.3739

contato@casaraobrasil.com.br



Assessoria Casarão Brasil

Daniel Almeida

Almeida Assessoria de Comunicação

11 3873.2050 / 7613.5447

Almeida.assessoria@ajato.com.br

( material fornecido através de meu e-mail pessoal por Daniel Almeida

Almeida Assessoria de Comunicação. O moderador)

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