(O material que se segue foi publicado originalmente pelo site Do lado, no dia 16/11/09.)
Homofobia do presidente do Irã é um dos motivos.
Diversos grupos sociais levaram às ruas de São Paulo no domingo (15) cerca de mil manifestantes contra a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil, agendada para o dia 23 deste mês.
Um dos motivos do protesto é a homofobia de Ahmadinejad, que transformou a homossexualidade em crime sujeito a pena de morte no Irã. Aqui no Brasil, ele nega a existência da homossexualidade, ignorando os cidadãos gays e lésbicas do país.
“Num país que tem 70 milhões de habitantes, isso significa que ele ignora a existência de 5 a 7 milhões que são gays e lésbicas. E, além disso, exerce uma violência, uma repressão brutal contra a livre orientação sexual das pessoas,” disse o advogado Eduardo Piza Gomes de Melo, membro da ONG Instituto Edson Néris que luta pelos direitos LGBT em parceria com outros grupos de direitos humanos.
O manifesto aconteceu na Praça dos Arcos (início da Avenida Paulista) reunindo judeus – contra a declaração de Ahmadinejad sobre a inexistência do Holocausto – e outros representantes religiosos que o consideram uma afronta à humanidade.
“Alguém que nega a história e alguém que não fala de futuro, como disse o Shimon Peres [presidente de Israel que também visitou o Brasil], não agrega nada ao Brasil”, desabafou um dos organizadores do manifesto, Boris Ber, que não enxerga benefício algum nas relações comerciais entre o Irã e o Brasil.
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