quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Manifestante gay levanta bandeira do arco-íris em entrevista coletiva de Ahmadinejad

O material que se segue foi publicado originalmenteno site Do Lado, dia 24/11/09

Do lado>> Presidente do Irã diz que a homossexualidade vai causar doenças.


O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, chegou em Brasília nesta segunda-feira (23) recebido por protestos. No Rio de Janeiro um avião sobrevoou a orla carregando uma faixa com as cores do arco-íris dizendo “Respeite os direitos humanos e não volte mais aqui”.

Em frente ao Itamaraty, onde aconteceu o encontro com o presidente Lula, diversos manifestantes estavam presentes, incluindo um grupo a favor das políticas do presidente do Irã.

Ahmadinejad nega a existência da homossexualidade e do Holocausto, motivando protestos de judeus e de grupos LGBT.

Em entrevista exclusiva para a rede Globo, exibida pelo Jornal Hoje de segunda, o presidente do Irã conversa com o repórter William Waack sobre as suas declarações polêmicas, incluindo a homossexualidade.

“Eu não espero que todas as pessoas do mundo concordem com minhas opiniões. As pessoas têm visões diferentes mas pensamos que a homossexualidade é contra a natureza. Deus diz que se a homossexualidade se expandir, a humanidade vai deixar de existir. É o caminho errado, é perverso. Todas as profecias divinas condenam esse caminho. Isso vai causar uma série de doenças físicas e sociais,” revelou Mahmoud Ahmadinejad.

O manifestante gay Júlio Cardia, de 25 anos, conseguiu passar pela segurança e teve acesso à sala onde acontecia a entrevista coletiva do presidente do Irã, um de seus últimos compromissos no país, e esperou até o final para levantar o cartaz com a frase “Não aceitamos que pessoas como nós, gays, estejam sendo esquartejadas no Irã”.

O cartaz foi retirado imediatamente das mãos de Júlio por agentes iranianos mas o manifestante não desistiu. Logo em seguida, ele estendeu a bandeira do orgulho LGBT e acabou sendo retirado da sala.

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