Fonte:
http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=8539&target=_self&titulo=Bareback%3A+O+fetiche+%E9+n%E3o+usar+camisinha+
Bareback foi um termo criado pelos cowboys dos Estados Unidos, e significa “montar sem sela”. Há competições onde os montadores, seja em boi ou em cavalo, o fazem sem o aparato: direto nos pêlos do animal. Vence a disputa aquele que ficar mais tempo em cima do bicho, direto na pele.
No mundo do sexo, os adeptos desta prática não utilizam o preservativo. O fetiche aqui está relacionado ao sexo direto na carne. Na Europa e Estados Unidos, o bareback está amplamente disseminada no meio gay. Pesquisas e levantamentos de mercado apontam que filmes pornôs, héteros ou gays, nos quais os atores não se protegem, são os mais procurados e vendidos.
Os que não são muito fãs da camisinha gozam de um segundo fetiche, associado ao risco de se contrair AIDS, ou outras DSTs. Em alguns encontros de barebacks, na Europa ou EUA, o perigo excita no ritual de passar adiante o “presente”, ou “the gift”, no caso o vírus HIV. Conhecidas como festas de conversão, nestas “reuniões”, pessoas soropositivas e negativas transam sem preservativo, para assim “presentear” aqueles que ainda não se converteram.
As “Conversion Party” ainda não deram as caras pelo Brasil, pelo menos que se tenha conhecimento. Mas, em um rápido passeio pela internet, você pode encontrar filmes nacionais e comunidades no Orkut, como por exemplo, “Bareback Teen Brasil”, voltada para adolescentes, e a oficial do grupo, “Bareback Brasil”. Para entender melhor, a reportagem da revista A Capa entrevistou um adepto da prática. Seu nome é Fernando**, 30 anos e enfermeiro. Ele conta que já pratica o bare há muitos anos e que o tesão do barebacker é “sentir pele com pele, sem algo entre você e ele. Eu particularmente broxo só de por a camisinha, pois não se sente nada, é a mesma coisa que transar com um boneco de sex shop”, diz.
Gaius Caesar é o organizador da primeira festa bareback que se tem notícia pelo Brasil. No site de divulgação do encontro, há inúmeras fotos com rapazes transando e, claro, sem qualquer tipo de proteção. Gaius diz que sua festa não tem regras. “O único objetivo é fazer com que o prazer flua da melhor maneira. Em meus encontros não coloco regras, as pessoas as criam”, afirma. No convite da festa, há um símbolo com um X sobre uma camisinha, indicando a proibição de levar preservativos ao encontro. Ainda sobre a festa, ele explica que a intenção é celebrar a liberdade. “É a liberdade, o encontro com pessoas que pensam da mesma forma, sem qualquer tipo de pudor”.
Fernando revela nunca ter participado de festas como as organizadas por Gaius. Diz também que não gosta muito, prefere fazer o encontro a dois. Sobre o risco de contrair doenças com o bareback, ele compara com o ato de se fazer comidas em microondas. “Nunca peguei DST de nenhuma espécie, trabalho na área da saúde e sei o risco que se corre. Não costumo pensar no depois, seria o mesmo que pararmos de comer coisas preparadas em microondas, pelos raios cancerígenos, ou pararmos de usar celular porque causa problema auditivo e também é cancerígeno. Se formos pensar no que não devemos fazer, não faremos nada do que é bom na vida.” Sobre os seus encontros, ele diz que sempre acerta a relação sem camisinha antes da transa. “Sempre é pré-combinado. Não tem conversa fiada.”
Para Eduardo Barbosa, diretor adjunto do Programa Nacional DST/AIDS, não há um crescimento do bareback no Brasil. “Acreditamos que o ato ainda está muito restrito à internet”. Ao saber sobre a existência de uma festa bareback, Eduardo diz que “a lei garante a liberdade do indivíduo”. Também há o seguinte: a partir do momento que a pessoa assume tal comportamento sabendo dos riscos, ela os assume”.
Os entrevistados que praticam o bareback alegam a questão da liberdade, de não ficar preso ao medo de se contaminar e, do principal, que é sentir “a carne na carne”. Porém, vale alertar, o sexo sem camisinha pode trazer danos irreparáveis a quem gosta de fazê-lo.
http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=8539&target=_self&titulo=Bareback%3A+O+fetiche+%E9+n%E3o+usar+camisinha+
Bareback foi um termo criado pelos cowboys dos Estados Unidos, e significa “montar sem sela”. Há competições onde os montadores, seja em boi ou em cavalo, o fazem sem o aparato: direto nos pêlos do animal. Vence a disputa aquele que ficar mais tempo em cima do bicho, direto na pele.
No mundo do sexo, os adeptos desta prática não utilizam o preservativo. O fetiche aqui está relacionado ao sexo direto na carne. Na Europa e Estados Unidos, o bareback está amplamente disseminada no meio gay. Pesquisas e levantamentos de mercado apontam que filmes pornôs, héteros ou gays, nos quais os atores não se protegem, são os mais procurados e vendidos.
Os que não são muito fãs da camisinha gozam de um segundo fetiche, associado ao risco de se contrair AIDS, ou outras DSTs. Em alguns encontros de barebacks, na Europa ou EUA, o perigo excita no ritual de passar adiante o “presente”, ou “the gift”, no caso o vírus HIV. Conhecidas como festas de conversão, nestas “reuniões”, pessoas soropositivas e negativas transam sem preservativo, para assim “presentear” aqueles que ainda não se converteram.
As “Conversion Party” ainda não deram as caras pelo Brasil, pelo menos que se tenha conhecimento. Mas, em um rápido passeio pela internet, você pode encontrar filmes nacionais e comunidades no Orkut, como por exemplo, “Bareback Teen Brasil”, voltada para adolescentes, e a oficial do grupo, “Bareback Brasil”. Para entender melhor, a reportagem da revista A Capa entrevistou um adepto da prática. Seu nome é Fernando**, 30 anos e enfermeiro. Ele conta que já pratica o bare há muitos anos e que o tesão do barebacker é “sentir pele com pele, sem algo entre você e ele. Eu particularmente broxo só de por a camisinha, pois não se sente nada, é a mesma coisa que transar com um boneco de sex shop”, diz.
Gaius Caesar é o organizador da primeira festa bareback que se tem notícia pelo Brasil. No site de divulgação do encontro, há inúmeras fotos com rapazes transando e, claro, sem qualquer tipo de proteção. Gaius diz que sua festa não tem regras. “O único objetivo é fazer com que o prazer flua da melhor maneira. Em meus encontros não coloco regras, as pessoas as criam”, afirma. No convite da festa, há um símbolo com um X sobre uma camisinha, indicando a proibição de levar preservativos ao encontro. Ainda sobre a festa, ele explica que a intenção é celebrar a liberdade. “É a liberdade, o encontro com pessoas que pensam da mesma forma, sem qualquer tipo de pudor”.
Fernando revela nunca ter participado de festas como as organizadas por Gaius. Diz também que não gosta muito, prefere fazer o encontro a dois. Sobre o risco de contrair doenças com o bareback, ele compara com o ato de se fazer comidas em microondas. “Nunca peguei DST de nenhuma espécie, trabalho na área da saúde e sei o risco que se corre. Não costumo pensar no depois, seria o mesmo que pararmos de comer coisas preparadas em microondas, pelos raios cancerígenos, ou pararmos de usar celular porque causa problema auditivo e também é cancerígeno. Se formos pensar no que não devemos fazer, não faremos nada do que é bom na vida.” Sobre os seus encontros, ele diz que sempre acerta a relação sem camisinha antes da transa. “Sempre é pré-combinado. Não tem conversa fiada.”
Uma questão de saúde
Para Eduardo Barbosa, diretor adjunto do Programa Nacional DST/AIDS, não há um crescimento do bareback no Brasil. “Acreditamos que o ato ainda está muito restrito à internet”. Ao saber sobre a existência de uma festa bareback, Eduardo diz que “a lei garante a liberdade do indivíduo”. Também há o seguinte: a partir do momento que a pessoa assume tal comportamento sabendo dos riscos, ela os assume”.
Os entrevistados que praticam o bareback alegam a questão da liberdade, de não ficar preso ao medo de se contaminar e, do principal, que é sentir “a carne na carne”. Porém, vale alertar, o sexo sem camisinha pode trazer danos irreparáveis a quem gosta de fazê-lo.
O material aqui disponibilizado neste post provém de uma matéria originalmente locada no site da revista A Capa, na mesma estão as seguintes observações sobre o conteúdo. ( o moderador)
* Matéria originalmente publicada na edição #15 da Revista A Capa - Agosto de 2008
** A pedido dos entrevistados, os nomes originais foram alterado
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