sábado, 29 de agosto de 2009

Voz de Ganimedes, minha Voz (o moderador)

Mais uma semana da Diversidade encontrou seu término, mais uma vez vi sairem nas ruas outros tantos iguais a mim, em sua alegria de poder ao menos por um instante quebrar as cinzas matizes da cidade, encobrindo os asfalto com ecos de uma esperança de podermos viver com mais dignidade dentro da sociedade a cada passo que dávamos nas ruas e avenidas, levantando a bandeira da diversidade - the rainbow flag, a bandeira do arco íris.

Confesso que estou com a mente um pouco cansada, mas me encontro feliz, de apesar de eu ser apenas um simples homem que faz uma pequena ação dia a dia, através deste blog, para mostrar que a luta deve continuar, senti-me orgulhoso em ver pulsar em mim ao longo dos eventos e debates dos quais participei, que apesar de pequeno sou também uma engrenagem que ajuda o movimento a estar vivo, e que ainda que sejam poucas as coisas que posso fazer, pelo menos neste estágio da minha vida, não posso me permitir parar.

Não estou atrás de ser reconhecido, apenas quero poder tornar palpável se não pra mim, mas para outros, que virão depois de mim, a ESPERANÇA, a chance, de poderem encontrar respostas, meios que possibilitem a construção de novas formas que redefinam aos olhos dos outros o valor que realmente temos, que redefinam novas estradas para os direitos que hoje nos são negados.
Luto também por uma questão pessoal: considero que me permitir também por minha vez assumir a responsabilidade de ser mais uma voz e uma força entre as que estão por aí a fora a lutar pela igualdade, é também uma maneira de me manter vivo.

Vivo... porque ao lutar me mantenho fiel a um sonho, que é também o de muitos, construir dentro da sociedade o meu espaço, os meus direitos, os direitos do homem que eu amo. Sei também que o vermelho tom que há em nossa bandeira vem todos os dias me lembrar que não é só com alegrias que nós, gays, lésbicas, travestis e transgêneros nos deparamos em nosso cotidiano... há muito sangue derramado no chão, e infelizmente muito ainda está por cair, porque as leis podem reger e construir limites para as ações de um homem, de uma mulher, enfim de nós cidadãos, "pelo lado de fora", de "fora para dentro", mas as leis não são capazes de por si só quebrar as mentalidades atrasadas, de aquebrantar preconceitos, fulminar com as barreiras, que vemos diante de nós hoje.

Há muito sangue que clama por uma resposta, e cabe a nós que aqui permanecemos em pé, promover o plantio e o desenvolvimento dessa resposta, dentro do coração daqueles que insistem em se deixar atravessados nos caminhos de novas conquistas. Acaso se há uma forma tremendamente violenta de se matar um de nós, isto não é feito, meus irmãos, através de facas, amarras, ou armas de fogo, a pior forma de nos manter mortos que muitos dentro da nossa sociedade encontraram foi a de criar um véu de invisibilidade sobre nosso valor, sobre nossa dignidade, sobre nosso direito a um trabalho digno.

Eles perceberam isso, e eu humildemente os convoco a todos, particularmente os que ainda não se deixaram tocar pela singularidade dessa questão, nos armemos, não com o que mata o corpo, para lhes dar uma resposta, mas com a única coisa que de fato é capaz de destruir o velho, nos armemos de CONSCIÊNCIA, e ao lado dela usemos o escudo da ESPERANÇA.

E outra coisa importante, muito se fala das feridas que o preconceito "de fora" causa, mas muitos de nós esquecem das que são causadas por membros de nossa própria comunidade a outros iguais a nós, faltando com respeito, ou até subestimando a capacidade de outrem de ir além dos estigmas sobre ele(a) lançados, isso ainda é mais nítido entre os que entre nós ainda não conseguiram plenamente se admitirem, e se aceitarem, peço que revejam a si mesmos, trabalhem em si mesmos antes de quererem ir para as ruas, caso contrário suas gargantas não produzirão gritos capazes de semear ventos de mudança, mas abortos de oportunidades que outros poderiam ter através da nossa luta, porque vocês esqueceram de acrescentar ao que fazem uma atitude mais humana.

Há alguns anos atrás, não conseguia enxergar uma travesti como alguém igual a mim, não me permitia me deixar um pouco mais sensível a realidade de uma lésbica, apesar de já me entender como "gay', a partir do momento em que comecei a me enfrentar e aceitar, comecei toda uma batalha com minhas próprias convicções, não foi um trabalho fácil, tirar o peso dos preconceitos que eu havia assimilado, mas por fim hoje posso me permitir me irmanar aos que antes eu não conseguia. Pois a luta não é para dar frutos para uns poucos, pois se até hoje eu mantivesse minha mentalidade antiga, poderia dizer que tudo que hoje faço, incluso participar das atividades que ocorrem para nos dar uma maior capacidade crítica de perceber nossos direitos e o que precisa ser mudado, atividades de conscientização, tudo isso seria em vão.

Sou pequeno no meio de tantos que lutam, mas assumi este compromisso e até onde me levarem as minhas forças procurarei persistir, por mim, por quem amo, por todos, que agora me sinto mais maduro para de fato viver aceitando quem de fato são, seu valor, e lutando de modo igual para os direitos de todos




sexta-feira, 28 de agosto de 2009

CÂMARA DE COMÉRCIO LGBT DO BRASIL É UMA REALIDADE - Lançamento oficial dia 31 de agosto de 2009‏

(com material fornecido por Daniel Almeida - Almeida Assessoria de Comunicação, através de meu e-mail pessoal. O moderador)


Câmara de Comércio LGBT do Brasil É UMA REALIDADE !

Lançamento oficial dia 31 de agosto de 2009


Aos moldes de países como Canadá e Estados Unidos, foi criada a Câmara de Comércio LGBT do Brasil.

Uma iniciativa que partiu do jornalista e empresário Douglas Drumond, presidente da associação Casarão Brasil, que juntamente com parte do empresariado que possui estabelecimentos ou publicações destinados ao público arco-íris da cidade de São Paulo, fizeram da idéia uma realidade.

A instituição é uma associação civil, sem fins lucrativos, com sede em São Paulo, que além de fomentar o comércio gay e lésbico, tem por objetivo apoiar o desenvolvimento da comunidade empresarial LGBT no Brasil.

A associação, que conta com o apoio do Casarão Brasil, da empresa de consultoria Txai e o apoio institucional da Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual (CADS), da prefeitura de São Paulo, tem um estatuto que, entre outras coisas prevê a cooperação com outras organizações interessadas em seus propósitos visando manter filiais, escritórios e representações em qualquer outra localidade do país ou exterior.

Comprometida com o desenvolvimento socioeconômico da comunidade LGBT, estimula ainda reflexões e práticas comprometidas com o desenvolvimento sustentável e socialmente responsáveis entre seus associados e na sociedade em geral, fortalecendo a cidadania, valorizando a diversidade e a busca de soluções para os desafios de seu tempo e lugar.

Qualquer pessoa pode ser associada a câmara, pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, desde que se propuserem a contribuir para com seus propósitos.

Além da Diretoria e da Assembléia Geral, a câmara funciona com plano de ação anual, criação de comitês de caráter mais permanente e grupos de trabalho para questões pontuais de interesse dos associados.

Com relação aos recursos, além de doações e recursos oriundos de projetos, a câmara também será mantida por seus associados através de contribuições.

A partir de agora os empresários do mercado LGBT do Brasil, contarão com mais uma segurança contra ataques homofóbicos e tentativas de fechamento dos seus empreendimentos, entre outros benefícios.



A diretoria da Câmara de Comércio LGBT é composta por:

Presidente: Douglas Drumond - empresário, jornalista e presidente do Casarão Brasil

Vice – Presidente: Douglas Magri - empresário, proprietário do restaurante Piaf Bistrot

Diretor Financeiro: Julio E. Baldermann - empresário, proprietário do Clube a Loca (in memoriam)

Diretor Administrativo: Rafael Leandro Jacomini - administrador

Secretária Geral: Marli Porto - escritora

Conselho Fiscal:

André Pomba – empresário e produtor cultural

Vlademir Lopes – empresário e analista de sistemas

Luiz Freire de Carvalho – empresário e engenheiro civil

Suplentes do Conselho Fiscal:

Mirene Iraci da Silva – empresária e diretora comercial do Guia LGBTS Classificados

Lia Mara Oricchio – empresária e analista de sistemas

Carlos Eduardo Bianchin – empresário e agente de viagem

Presidente da Mesa: Reinaldo da Silva Bulgarelli - consultor da Txai Consultoria

Advogado: Dr. Fabiano Bolcato Rangel



Câmara de Comércio LGBT do Brasil

Rua Frei Caneca, 1057 – Consolação – SP – SP

(11) 3171-3739

LANÇAMENTO OFICIAL

Data: 31 de agosto de 2009 às 19h30m

Local: Centro Empresarial do Aço

Teatro COSIPA Cultura

Avenida do Café n.º 277 - Jabaquara

Junto á estação Conceição do Metro

Estacionamento: Rua Guatapará n.º 170

Aberto ao publico

Confirmação de presença com Rogério de Oliveira através do email contato@casaraobrasil.com.br ou telefone: (11) 3171-3739

Maiores informações:

Daniel Almeida

Almeida Assessoria de Comunicação

11 3873.2050

11 7613.5447

almeida.assessoria@ajato.com.br






Pride Cerimonial e Eventos

Pride Cerimonial & Eventos

É uma empresa, originada a partir da Empresa F.R.A.N. Cerimonial, atuante no ramo de Cerimonial há mais de 4 anos, fundada pelos seus profissionais experientes, que atuam no planejamento, organização e execução de eventos sociais na área matrimonial em geral.

A Pride Cerimonial & Eventos, através da sua recente parceria, firmada com a "Associação Diferente com Direitos Iguais", com sede na cidade de Santos/SP, apresenta com exclusividade, o planejamento e a execução do Cerimonial para a homologação da "Declaração de União Estável Homoafetiva", que poderá ser firmada entre os casais homossexuais de todo o Brasil.

Seu propósito é oferecer serviços para o planejamento, organização e execução do seu evento, onde o casal firma a presente Declaração Pública, deixando registrado em Cartório, o Relacionamento Homoafetivo entre os companheiros, esclarecendo, que ambos contribuem mutuamente na formação do patrimônio comum, uma vez que reconhecem-se perante a sociedade, como "Companheiros", fazendo-se dependentes entre sí, para todos os fins e efeitos de direito, seja de cunho social, economico e outros que se façam necessários. Documento este, que serve de TERMO COMPROBATÓRIO DE UNIÃO HOMOAFETIVA E REGISTRO EXPRESSO DE MANIFESTAÇÃO DE VONTADE, para todos os fins e efeitos de direito. Podendo ser apresentado perante quaisquer Instituições Públicas ou Privadas, no âmbito Federal, Estadual e Municipal, Autarquias, Planos de Saúde, Seguradoras, etc., para que seu "Companheiro" seja reconhecido como seu beneficiário preferencial e/ou como seu dependente, perante Instituições Financeiras, INSS, para que o mesmo possa usufruir de quaisquer benefícios, concretizando assim a sua manifestação de vontade.

Declarando neste ato também, que na eventualidade de ser acometido por qualquer enfermidade, seja física, psicológica ou mesmo a perda de sua lucidez, que é de sua inteira vontade, que seu companheiro possa providenciar todos os documentos e praticar todos os atos indispensáveis à internação hospitalar, podendo assim autorizar exames e procedimentos médicos, mesmo os que implicam riscos
vitáis.

Podendo o mesmo escolher profissionais de saúde em geral, podendo assim permanecer em qualquer estabelecimento, seja hospitalar ou quaisquer locais, visitando e assistindo seu companheiro, devidamente autorizado pelo referido documento e ainda por ocasião de seu falecimento, que o seu companheiro possa tomar todas as providências que se façam necessárias.

Seu intuito é proporcionar aos casais, o Cerimonial completo de sua União Afetiva e a Formalização do referido documento, proporcionando a ambos, a segurança em relação aos direitos e benefícios, que esta declaração pode firmar.

Para maiores esclarecimentos:


Leis de adoção para homossexuais ao redor do mundo

Conforme material publicado pelo site Do Lado, hoje - 28/08, Uruguai e Alemanha aprovaram recentemente leis de adoção para homossexuais.

A adoção por homossexuais começa a evoluir em alguns países. Durante esta semana, a Alemanha e o Uruguai sinalizaram caminhos positivos para adoção por homossexuais, algo que não aconteceu no Brasil com a recente mudança nas regras de adoção. (Saiba mais em Adoção: casais homossexuais não são incluídos)

Na terça-feira (25), uma decisão do tribunal de Schweinfurt na Alemanha foi anulada, permitindo que uma lésbica adotasse o filho de sua companheira. Para anular a decisão, os juízes levaram em consideração a responsabilidade familiar e não apenas a relação biológica da criança.

Na Alemanha, ainda não é permitida a adoção entre casais do mesmo sexo, mas é possível que um homossexual adote o filho de seu parceiro, fruto de uma relação anterior, através de um contrato que reconheça a união de pessoas do mesmo sexo, chamado de “cooperação de vida”.

Nesta quinta-feira (27), os homossexuais do Uruguai também foram presentados com uma decisão da Câmara dos Deputados do país, que aprovou um projeto de lei que permite a adoção por casais homossexuais.

Agora o projeto aguarda aprovação do Senado, e pode transformar o Uruguai no primeiro país da América Latina a permiter a adoção de crianças por casais do mesmo sexo.

Como sempre tem alguém para ir contra, o arcebispo de Montevidéu, Nicolás Cotugno, já havia se manifestado antes mesmo da aprovação da lei, dizendo que “não é uma questão religiosa, mas de respeito à natureza humana”. Ainda, o arcebispo defende que a lei pensa em quem quer adotar, deixando de se preocupar com a criança que será adotada.

Confira a relação de países com leis que aprovam a adoção de crianças por homossexuais. As informações são da agência de notícias AFP.

Europa
1999: Dinamarca permite a adoção do filho do parceiro homossexual e aprova dez anos depois, em março de 2009, a adoção de crianças por um casal gay.

2001: Holanda se torna o primeiro país europeu a autorizar a adoção por casais gays de crianças sem relação de parentesco. As regras são idênticas à adoção por casais heterossexuais.

2001: Alemanha autoriza um membro do casal homossexual a adotar o filho biológico do outro desde que haja união civil.

2002: Suécia legaliza a adoção por casais homossexuais desde que haja união civil.

2005: Inglaterra e Gales permitem que casais gays adotem crianças. Medida seguida no mesmo ano pela Espanha.

2006: Islândia aprova lei que permite a adoção por casais homossexuais com relação estável de mais de cinco anos. Bélgica adota medida semelhante no mesmo ano.

2008: Noruega legaliza tanto a união civil entre homossexuais como a possibilidade de adoção de crianças.

América do Norte
1986: Duas mulheres da Califórnia se tornam o primeiro casal gay a adotar legalmente uma criança. Desde então, o número de estados nos EUA que permitem a adoção por casais do mesmo sexo subiu para 14. A lista inclui Nova York, Connecticut e Nueva Jersey. A situação em alguns estados é ambígua, com a adoção por homossexuais não definida explicitamente.

Outras Regiões
Na Austrália a adoção por casais homossexuais foi permitida no estado de Western Austrália a partir de 2002. Também no território da capital, Camberra.

A Suprema Corte da África do Sul legalizou a adoção por casais homossexuais em 2002, sendo o único país da África a adotar a medida.

Em 2006, uma decisão do procurador-geral de Israel facilitou a adoção para casais do mesmo sexo.

Fonte:

Do Lado

Descobriu uma DST? Conte por e-mail

25/08/09 - Campanha do Ministério da Saúde ajuda quem não tem coragem de contar pessoalmente, conforme material divulgado pelo site Do Lado.
Um site do Ministério da Saúde pretende ajudar aqueles que descobriram que têm uma DST (Doença Sexualmente Transmissível) mas não têm coragem de contar pessoalmente.

A campanha “Muito prazer, sexo sem DST” oferece três imagens diferentes, que a pessoa diagnosticada com a DST pode utilizar para contar ao seu parceiro via e-mail.

Pode não ser a abordagem inicial ideal, mas é uma alternativa para aqueles que sentem medo ou vergonha de dar o primeiro passo e contar pessoalmente.

Conheça a campanha em http://www.aids.gov.br/muitoprazer/.

É importante lembrar que o quanto antes for diagnosticada a DST, menos complicado pode ser o tratamento.
E, claro, sexo seguro – sempre.

Fonte:

Do Lado

RJ: Jornada de Educação LGBT

27/08/09 - Conforme foi divulgado pela Redação do site Mix Brasil, a 1ª Jornada de Educação e Cidadania LGBT do Rio de Janeiro teve início na quinta, 27, no Teatro Noel Rosa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. O encontro foi o primeiro de uma série de onze que irá atuar na sensibilização de educadores para temas como respeito à diversidade sexual e uso do nome social de alunos travestis e transexuais.

A Jornada será encerrada em 11 de setembro e deve contar com a participação de Tereza Porto, secretária de Estado de Educação; Benedita da Silva, secretária de Assistência Social e Direitos Humanos; e de Cláudio Nascimento, Superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da SEASDH.

Fonte:

Mix Brasil

Grupo formado por gays norte-americanos invade igrejas, faz piquetes e protestos nada pacíficos

27/08/09 - Está fazendo barulhos nos Estados Unidos um grupo formado por gays (maioria), lésbicas e travestis que resolveram fazer frente aos homofóbicos de uma maneira menos pacífica que a vista até aqui. Conforme publicou Marcelo Cia, no site Mix Brasil, eles invadem igrejas com gritos e cartazes, participam de comícios de políticos anti-gays com apitaços ensurdecedores e prometem piquetes mais violentos pelo país. Quinze estados norte-americanos já possuem células do grupo. Seus membros usam roupas pretas e usam capuzes rosas. São sempre fotografados com porretes de madeira na mão e se consideram radicais queer.

Os justiceiros ficaram mais conhecidos no mundo a partir de uma matéria publicada na atual edição da revista hétero-super-lida-por-gays Details. O grupo chama-se "Bash Back!" e dizem lutar pela liberdade como resposta a atual violência que a população LGBT diariamente é obrigada a enfrentar.

Fundado há apenas um ano, o grupo combate duramente o que chamam de "sistema binário de gênero" o que, segundo eles, é responsável por classificar as pessoas como "machos ou fêmeas" _e muitos dos membros do "Bash Back!" não se consideram nenhumas das duas coisas. Ou as duas. Na verdade, o que eles pregam é auto-determinância de gênero, sexo livre, pornografia e enfrentamento como forma de refúgio (necessário) para a violência a qual estão submetidos (por fugirem aos padrões "binários" de gênero).

"Não estamos tentando mudar a cabeça das pessoas ou mudar os héteros para que eles nos deem liberdade - estamos lutando de volta", diz o membro do "Bash Back!" do estado da cidade de Milwaukee, no Winsconsin, Tristyn Trailer-Trash. "Vamos fazê-los parar de pregar o ódio. Fazê-los parar de criar um ambiente que não é friendly aos gays, queer e trans. Não seremos legais nem bonzinhos - assim como eles não tem sido."

Atualmente, os "Bash Back!" estão sendo processados por um grupo anti-gay, a "ADF", Alliance Defense Fund, por invadir uma igreja no estado de Michigan e fazer piquetes contra o padre. Eles entraram na igreja aos gritos de "Jesus era homo".

Fonte:

Mix Brasil

Deputado-padre retira brecha para casamento gay de nova lei. Só restam chances no Supremo

27/08/09 - É tarde. O deputado José Linhares , que é padre católico, retirou o reconhecimento jurídico os casais homossexuais da nova lei que regulamenta a união estável. Assim nos informa Marcelo Cia, em uma matéria publicada no site Mix Brasil. Ainda conforme o mesmo, o projeto foi aprovado nesta quarta-feira, 26, na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara e ainda precisa passar por duas outras comissões antes de ser votada no plenário da Câmara e do Senado. Mas ela seguirá sem chances para homossexuais, que continuam sendo vistos por parte do Congresso, em especial por esse padre, como cidadadão que não merecem ser atendidos por leis equivalentes aos héteros. Cidadão de segunda classe, portanto. O nobre deputado cearense, filiado ao Partido Progressista de Paulo maluf, acredita que entidade familiar é necessariamente composta por um homem e uma mulher. "Quem tem direitos adquiridos não irá perdê-los. Um homem que vive com seu companheiro, por exemplo, poderá continuar e será respeitado. Mas eles ficam lá, não teriam legitimidade jurídica", declarou.

"Essas relações não constituem a célula natural de uma família. O ser humano depende da presença afetiva de uma mulher e um homem. O pai e a mãe são figuras basilares da nossa existência. Não existe um pai mulher ou uma mãe homem".

Chances

Resta agora torcer _e criar uma grande discussão sobre o assunto na sociedade brasileira_ para que o Supremo analise o pedido do governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, e legalize juridicamente as uniões homossexuais em todo território nacional. O Supremo, na verdade, analisa dois pedidos sobre o mesmo assunto: além do pedido de Sergio Cabral, há um outro de mesmo teor entregue pela Produradoria Geral do Ministério Público. O Supremo é muito menos sensível às pressões evangélicas ou católicas do que deputados e senadores, que precisam de votos da base para continuar se reelegendo. No Supremo também valem menos questões religiosas, prevalencendo na maioria das vezes opiniões mais pragmáticas, baseadas na interpretação técnica da legislação e na ética. As chances são maiores por lá, portanto.

O relator que analisa o pedido de Seregio Cabral para que a união gay tenha valor jurídico foi entregue ao Ministro Ayres Brito. Ainda que sem prazo para terminar sua relatoria e levar a julgamento, o Ministro já providenciou um estudo entre os tribunais de todos os estados e descobriu que nove estados mais o Distrito federal já possuem decisões favoráveis a união gay dadas em primeira ou segunda-instância. E, portanto, o Supremo deve unificar essas deciões e fazer valê-las em todos os territórios nacionais. Isso seria, na prática, a permissão do casamento gay no Brasil sem precisar da chancela de nossos nobres deputados e senadores.

E você com isso?

Detratores do casamento gay costumam dizer que nem os prórpios homossexuais pretendem se casar no papel mesmo que a lei exista no Brasil. Pura balela. Ninguém precisar ter de usar uma lei para que ela exista. Existe uma lei que reprime atos racistas, por exemplo. Ela precisa existir, ainda que você, que é uma pessoa evoluída, jamais precise fazer uso dela. E os exemplos são infinitos. Outra balela propagada por aí é que a união gay não é desejo da maioria da população brasileira. Ainda que não fosse (ninguém sabe se é, afinal, não foram feitas pesquisas a esse respeito recentemente), existem leis que protegem setores da sociedade que não pertencem à maioria. Exemplos são infinitos.

A união gay precisa ser aprovada para que os homossexuais deste país deixem de ser cidadãos de segunda classe. Simples assim. Se vocêe, eu, seu amigo ou parceiro usá-la ou não é outro assunto. Se quiser usar, ótimo, a lei está la. Se não quiser, tudo bem. Tem gente que quer e precisa dela para fazer valer seus direitos.

E é sempre bom lembrar: fé não combina com política. Veja esse caso. Vejam outros. Fé só atinge _para o bem e para o mal_ quem acredita nela. Política atinge a todos.

Fonte:

Mix Brasil

Duas empresas disputam pelo direito de explorar o domínio .gay na internet

27/08/09 - De acordo com material divulgado pela Redação do site Mix Brasil, dois grupos estão competindo para conquistar o direito de distribuir o domínio .gay na internet. Uma delas é a "Dot Gay Alliance", que em seu site se descreve como uma "organização dedicada a promover a aceitação e implementação do domínio .gay". A companhia alega ser apoiada por grupos filantrópicos e de defesa dos direitos gays e jura que, caso leve a melhor na disputa, vai doar 51% de seus lucros para a comunidade LGBT pelo mundo.

A outra que está na briga para conquistar o direito de explorar o domínio é a "DotGay", que pretende criar uma rede mundial de identidade gay na web. A companhia já firmou parceria com entidades de representação gay, como a Associação Internacional de Turismo Gay e Lésbico - IGLTA. A "Dot Gay Alliance" já anunciou que vai requerer os direitos sobre o .gay em 2010, quando a Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números começa a aceitar novas inscrições.

Vença quem vencer, a exploração do domínio .gay vai movimentar milhões do dólares ao redor do mundo.

Fonte:

Mix Brasil

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Polícia prende homem que agrediu dois gays em Roma

26/08/09 - [Com informações dos sites Informazione.it e Arcigayroma.it] - A Redação do site da Revista A Capa divulgou que, a polícia de Roma confirmou na manhã desta terça-feira (25/08) a prisão preventiva de um homem de 40 anos que agrediu com uma garrafa de vidro dois homossexuais em um bairro da cidade, no último sábado (22/08).

A família de um dos rapazes agradeceu as mensagens de apoio dos italianos. Em nota, a associação Arcigay Roma disse que foi formada "uma grande rede de solidariedade com organizações e instituições, cujo apoio foi muito importante". "A atenção da mídia foi fundamental para revelar este último incidente trágico de homofobia. O pedido agora é para limitar as visitas ao hospital apenas para parentes e amigos, para permitir uma recuperação mais rápida e serena possível", ressaltou a associação.

Ainda segundo a Arcigay, um dos rapazes foi ferido gravemente no abdome e deve passar por uma cirurgia. A outra vítima recebeu sete pontos no couro cabeludo, mas passa bem.
Fonte:

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Pastor do Arizona pede a execução de gays

25/08/09 - Em um sermão absurdo, pastor diz que Deus quer a morte dos homossexuais.

Segundo material divulgado pelo site Do Lado,o pastor Steven Anderson da Igreja Batista da Palavra de Fé, em Tempe (Arizona/EUA), está pedindo a execução de gays.

Um site militante dos direitos LGBT, Good As You, colocou os trechos de um sermão em que o pastor pede pela morte dos homossexuais.

“O mesmo Deus que instituiu a pena de morte para assassinos é o mesmo Deus que instituiu a pena de morte para estupradores e homossexuais – sodomitas, bichas! É para isso que foi instituído ok? É Deus, e ele não mudou. Deus não se sente assim no Novo Testamento… Deus nunca ’sentiu’ nada disso, Ele ordenou e disse que eles [gays] deveriam ser mortos e excluídos.”

Fonte:

Do Lado

Casal de mulheres adota criança em Caxias do Sul

22/08/09 - Conforme informações divulgadas pelo site Do Lado, saiu no final de julho a certidão de nascimento com o nome das duas mães.

Uma decisão inédita da Vara da Infância e da Juventude de Caxias permitiu que um garoto adotado por um casal de lésbicas tivesse a certidão de nascimento com o nome das duas mães.

Em 2002, a criança foi abandonada por sua mãe biológica em um hospital do Rio Grande do Sul e, por medo de uma decisão negativa da Justiça, decidiram que apenas uma delas adotaria o garoto.

No ano passado, elas entraram com um novo processo para que o filho também tivesse o nome da segunda mãe no registro.

O casal formado por uma médica de 40 anos e uma professora de 53, enfrentou o preconceito e toda a burocracia do Poder Judiciário para, enfim, conseguir ter o nome das duas na certidão de nascimento do garoto.

O juiz Sérgio Fusquine Gonçalvez emitiu a sentença em abril e a certidão com o nome das duas mães saiu no final de julho.

Fonte:

Do lado

Nove estados brasileiros já reconhecem uniões gays

[ O material que se segue me foi indicado pelo meu namorado, obrigado cara - O Moderador]

24/08/09 - Conforme informações divulgadas pela Redação do site da Revista A Capa, um levantamento feito pelos repórteres Johanna Nublat e Larissa Guimarães, do jornal Folha de São Paulo, revelou que, apesar da união gay ainda não ser reconhecida, nove estados brasileiros já reconheceram uniões homossexuais por meio de jurisprudências.

A reportagem do jornal paulista publicada no último sábado (22/08) identificou os estados que já deram pareceres favoráveis às uniões homoafetivas. São eles: São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Goiás, Acre, Piauí, Mato Grosso e Alagoas. Segundo a matéria os demais estados não têm decisões favoráveis ou declararam não ter registro de julgamento do tema em questão.

O jornal destaca o fato de o Rio de Janeiro, considerada uma das cidades mais "gay-friendly" do Brasil, ainda não ter nenhuma decisão judicial que reconheça as uniões gays estáveis. No estado só há casos em que o casal homossexual foi considerado uma sociedade de fato e não uma família. Siro Darlan, desembargador do Rio, disse à Folha que a Justiça, nos últimos anos, tem se antecipado ao Legislativo. "Foi assim com o concubinato. A jurisprudência sempre se antecipa à lei", disse.

Vale lembrar que até o final do ano o Supremo Tribunal Federal (STF) irá se manifestar, debater e votar a questão do casamento gay. O projeto está sendo estudado pela ministra Ellen Gracie. Caso o parecer dela seja favorável e de seus colegas também, o Brasil terá não apenas o direito à união, mas também à pensão e adoção.

Fonte:

A Capa

EUA: Igreja Luterana aprova ordenação de pastores gays

[O material que se segue me foi indicado pelo meu namorado, obrigado cara. / O moderador]

24/08/09 - A Redação do site da revista A Capa divulgou que a Igreja Luterana Evangélica da América aprovou neste fim de semana a ordenação de pastores homossexuais. As informações são da agência Reuters.

Pela resolução da igreja, gays e lésbicas em relações estáveis "comprovadamente duradouras e monogâmicas" podem se tornar pastores. "É sobre pessoas em relações comprometidas do mesmo sexo", disse John Brooks, diretor de comunicação e um dos porta-vozes da Igreja Luterana Evangélica.

No entanto, isso não significa uma sanção oficial à união entre pessoas do mesmo sexo ou uma aprovação para qualquer celebração do casamento gay.

A resolução foi aprovada durante encontro bienal da Igreja Luterana Evangélica da América, em Mineápolis. Nos Estados Unidos, a igreja possui 4,6 milhões de adeptos.

A nova política deverá ser adotada a partir de 2010.

Fonte:

A Capa

Campanha internacional pede o fim da classificação da transexualidade como doença

24/08/09 - Segundo material publicado pela Redação do site da revista A Capa, a ILGA (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais) iniciou essa semana uma campanha para acabar com a discriminação e estigmatização da população trans. O foco principal é a retirada da identidade trans do Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DMS), que é publicado anualmente pela Associação Americana de Psiquiatria, a mesma que considerava a homossexualidade uma doença.

A ideia da campanha é que na próxima edição do referido manual, que está previsto para 2012, deixe de considerar a transexualidade um transtorno mental, ou disforia de gênero. A chamada da campanha será "Parem com a patologização da transexualidade". Para ser mais fácil, seria algo do tipo: A transexualidade não é uma doença.

Além da reivindicação para que a transexualidade deixe de ser considerada doença, outras plataformas estão inclusas na campanha: a retirada da menção do sexo biiológico nos documentos; o fim dos tratamentos de normalização binária das pessoas intersex; o acesso livre aos tratamentos hormonais e as cirurgias de transgenitalização; fortalecer a luta contra a transfobia e propiciar a formação educativa e a inserção social das pessoas trans.

A cidade de Campinas (SP) está entre as localidades ao redor do mundo que participa da campanha. Além do interior de São Paulo, fazem parte da iniciativa: Barcelona, Madri, Bilbao, Donosti, Zaragoza, Granada, La Coruña (Espanha), Torino (Itália), Lisboa (Portugal), Paris, Lille, Marselha (França), Bruxelas (Bélgica), Quito (Equador) e Montreal (Canadá).

Está agendada uma manifestação mundial para o dia 12 de outubro.

Fonte:

A Capa

sábado, 22 de agosto de 2009

EUA: Porquês de uma ENDA

22/08/09 - Eis alguns casos atuais de discriminação por identidade de género que exemplificam bem a necessidade de uma ENDA (*Employment Non-Discrimination Act/ Lei de combate à discriminação no trabalho).Conforme material publicado no site Portugal Gay:

Chrissy Nakonsky foi contratada em 2005 pela cadeia de armazéns Wal-Mart. Avisou logo a administração de que era uma mulher transexual MtF em processo de transição. Foi autorizada a apresentar-se de acordo com a sua identidade de género, e apesar de ter a documentação com o nome de baptismo, foi autorizada também a usar no distintivo o nome de “Chrissy”. Em Janeiro de 2006, um assistente da administração informou-a de que não seria mais autorizada a vestir-se como mulher, usar brincos ou rabo-de-cavalo, salvo se tivesse uma declaração médica, ou seria despedida. Clientes supostamente queixaram-se e ameaçaram deixar de fazer compras no estabelecimento se continuasse a vestir-se de mulher.

A 23 de Fevereiro apresentou a declaração médica atestando que como parte do processo teria de viver em full-time como mulher. Dois dias depois foi notificada que mesmo assim teria que se apresentar com indumentária masculina, salvo se a sua carta de condução e o social security card atestassem o género feminino. Depois de perguntar porque estavam sempre a mudar as regras, foi autorizada a usar blusas e calças, mas nada de vestidos, brincos ou coisas "muito femininas". Se desejasse usar uma peruca, ela (peruca) teria de ser aprovada pela administração. Foi também forçada a usar "Jeff" no distintivo.

A 20 de Março mudou legalmente o nome para Chrissy e usá-lo no distintivo. A meio de Abril foi finalmente autorizada a usar roupa feminina. Nakonsky apresentou queixa ao Department of Human Rights por discriminação. A 13 de Fevereiro de 2009, a Wal-Mart foi condenada a pagar $12,000 a Chrissy de indemnização.

Candice Metzler trabalhava para uma pequena firma de vistoria de casas em Salt Lake City e quando iniciou a sua transição o patrão inicialmente apoiou-a. Três meses depois foi despedida por clientes abandonarem a companhia.

Não conseguindo encontrar outro emprego, perdeu a casa e viveu como sem-abrigo durante um ano antes de finalmente encontrar outro emprego como recepcionista. Desde então voltou à escola e planeia tirar o mestrado em ciências sociais, desejando futuramente trabalhar com a juventude sem-abrigo LGBTTI.

Jamy Spradlin perdeu o emprego pela segunda vez em dois anos. Spradlin era uma das duas pessoas transexuais que trabalhavam numa companhia de manutenção aérea em Burleson. Quando regressou ao emprego a 3 de Agosto foi informada que seria despedida por causa do abrandamento económico, apesar de se encontrar a meio de uma inspecção a um avião e ter três outros à sua espera. As suas suspeitas avolumaram-se quando soube que os despedimentos se resumiam às duas pessoas transexuais. Jeannette Burns, a outra mulher transexual, apesar de se apresentar como homem no trabalho, usava o cabelo mais comprido que o de Spradlin e toda a gente sabia que vivia como mulher.

Em 2006 Spradlin trabalhava como piloto e mecânico numa base aérea em Love Field. No dia em que informou o seu empregador de que era transexual e ia iniciar o seu processo de transição, foi mandada de licença para casa. Depois de um mês e meio de negociações, fizeram um acordo tendo aceitado despedir-se e não divulgar o nome da firma.

Em 2007, uma mulher transexual foi despedida da Utah Transit Authority, onde trabalhava como motorista, por querer usar o WC feminino.

Estes casos são bem demonstrativos como em Portugal será necessário muito mais que uma lei de identidade de género para defesa do direito ao trabalho tão badalado e que é continuamente negado a pessoas transexuais, mesmo por associações "amigas".

Fonte:

Portugal Gay

Inglaterra deve se retratar oficialmente com cientista Alan Turing, punido por sua homossexualidade


21/08/09 - Segundo informações publicadas pela Redação do site Mix Brasil, Gordon Brown, o premiê britânico, recebeu uma petição com 4 mil assinaturas exigindo que o governo reabilite e se desculpe postumamente com o cientista Alan Turing, o pai da computação, por ter sido obrigdo a um tratamento hormonal que pretendia curar sua homossexualidade e acabou por levá-lo ao suicídio. Morto em 1954 aos 41 anos, Alan criou conceitos que moldaram a ciência da computação e a inteligência artificial.

Foi Turing que conseguiu decifrar o código criptografado Enigma, que a Alemanha de Hitler usava para mandar mensagens militares cifradas durante a guerra. Foi assim que a Inglaterra conseguiu interceptar submarinos alemães na segunda guerra.

Gay, Alan foi preso em 1952, quando ser homossexual era crime. Ele podia escolher entre a prisão e a castração química. Turing preferiu as injeções de estrógeno para neutralizar sua libido. Ele acabou se matando dois anos depois ao comer uma maçã envenenada. A maça, símbolo do cientista, acabou tornando-se símbolo, anos mais tarde, da empresa Apple.

Fonte:

Mix Brasil

Inglaterra acha possível que homossexuais discretos vivam no Iraque. Tanto que deporta gays para lá...

21/08/09 - Conforme foi divulgado pela Redação do site Mix Brasil, policiais, milicianos e familiares matam homossexuais descobertos no Iraque.Todo o mundo sabe disso. A Human Rigths Watch divulgou relatório sobre a violência extrema a que estão sujeitos os homossexuais iraquianos. O jornal inglês The Guardian publicou nesta semana uma entrevista com um gay iraquiano espancado por milicianos. Mas nada disso sensibilizou o governo inglês, que mais uma vez pretende deportar um homossexual iraquiano para seu país de origem...
[ para o leitor ter uma dimensão maior das atrocidades cometidas contra os homossexuais naquele país veja esta outra matéria publicada pelo Mix no dia 17/08/09]

Um iraquiano gay pediu asilo em 2001 ao governo inglês e agora pode ser depotado. A explicação da Agência inglesa que cuida de asilados beira o ridículo: "mesmo que se descubra a sexualidade do seu cliente, ele pode viver uma vida normal no Iraque, desde que mantenha seus relacionamentos com discrição e privacidade. Isso permitiria que ele continuasse a expressar sua sexualidade, mesmo que de uma forma mais limitada do que em outro local".

Já a deputada Sarah Teather saiu em defesa do homossexual: "o Ministério deve demonstrar alguma humanidade e reverter a decisão de deportar esse cidadão. Como podemos alegar sermos um país que respeita os Direitos Humanos se o mandarmos para tamanho perigo? Morte, perseguição e violência são fatos do dia a dia dos gays iraquianos. É para esse inferno, essa vida de medo, que o governo quer mandá-lo. Precisamos mandar uma mensagem clara e inequívoca de que somos contra a pena de morte, recusando-nos a enviar esse homem para a execução certa".

Fonte:

Mix Brasil

Após ataques contra gays em Tel Aviv, Centro LGBT de Jerusalém contrata segurança armada

21/08/09 - Segundo informações divulgadas pela Redação do site Mix Brasil, depois de duas pessoas terem sido assassinadas no atentado contra um centro jovem LGBT de Tel Aviv, os coordenadores do local resolveram contratar guardas armados para continuar funcionando. Segundo Yonatan Gher, diretor executivo do centro "Open House", "percebemos no dia seguinte ao ataque em Tel Aviv que podemos ter sido inocentes até agora, na nossa percepção de como o ambiente à nossa volta reage à nossa presença e também do nível de violência contra nossa comunidade. Sabíamos que eram necessárias outras medidas para nos defender".

A guarda revisará os visitantes e campainhas de pânico em todo o prédio serão instaladas: "Todos os avisos e placas que colocamos nas ruas são vandalizados, quase instantaneamente. A vida não é segura para gays em Jerusalém. Somos fortes quando estamos unidos, mas ainda não estamos tão seguros assim quando andamos nas ruas. Só andar de mãos dadas não é fácil nessa cidade – e devia ser".

O atirador ainda não foi preso.

Fonte:

Mix Brasil


Editora Malagueta festeja um ano com sarau literário


21/08/09 - Focada em livros com temática lésbica, Malagueta faz festa com lançamento de nova obra.

Segundo informações divulgadas pelo site Do Lado, no dia em que várias atividades comemoram o Dia da Visibilidade Lésbica, a Editora Malagueta comemora um ano de existência com sarau literário e apresentando a sua terceira publicação, o romance “Shangrilá”, da jovem escritora de Recife, Marina Porteclis.

A comemoração acontece no Piaf Bar Bistrô, em São Paulo, e terá a presença de atrizes convidadas lendo as obras da Editora Malagueta.

A obra “Shangrilá”, que será lançada durante o evento, promete uma história bastante apimentada que aborda o relacionamento de duas mulheres na Zona da Mata de Alagoas.

A Editora Malagueta foi criada por lésbicas assumidas e é a única editora de livros da América Latina com foco nas mulheres homossexuais, publicando obras de autoras brasileiras falando sobre amor e sexo entre as mulheres.

Para maiores informações visite o site oficial da Editora Malagueta


Sarau Literário – Comemoração do primeiro Ano da Editora Malagueta
29 de agosto de 2009, sábado, a partir das 17 horas
Piaf Bar e Bistrô – Alameda Franca, 303, São Paulo/SP
Telefone (11) 2501 9821 | www.piafbarbistrot.com.br
Entrada gratuita

Fonte:

Do Lado

EUA: Adolescente de 15 anos se recupera de agressão

21/08/2009 - Segundo informações publicadas pelo site Do Lado, dois garotos agrediram o adolescente enquanto passeava com seu amigo.

O adolescente Steven Harmon, de 15 anos, saiu com seu amigo para passear no Walnut Trail Apartments, em Portage, quando foi atacado por dois garotos de 17 anos.

Embora o amigo tenha ajudado a afastar os agressores, Harmon sofreu contusões e fraturas, inclusive uma no crânio.

“Vocês não quebraram meu espírito. Eu ainda estou aqui e sou o que sou”, disse o adolescente que está se recuperando da agressão.

Um suspeito foi detido e a família de Harmon vai processá-lo por crime de ódio. Steven Harmon mora em Michigan, Estados Unidos, e se assumiu para sua família recentemente.

Atualização sobre o caso

Os dois jovens agressores foram acusados por agressão grave, sendo que um deles assumiu a culpa. O outro ainda não se manifestou.

A mãe da vítima gostaria que os garotos fossem acusados por crime de ódio, mas o que se aproxima do caso – de acordo com a legislação -, é a acusação de intimidação social, que prevê agressões cometidas por conta da raça, cor, religião, sexo ou nacionalidade da vítima; e não pela orientação sexual.

O garoto foi agredido com 20 pancadas na cabeça e contou à imprensa que foi xingado com palavras de teor homofóbico.

Fonte:

Do Lado

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

TURQUIA: Enquanto espera entrada na CE censura transexualidade

19/08/09 - Foi publicado no site Portugal Gay que o conselho ministerial baniu propaganda acerca do livro "Third Class Woman" (Mulher de Terceira Classe) de Anıl Alacaoğlu.

O Prime Ministerial Board for Broadcasts/Publications Harmful to the Underaged decidiu que o livro "Third Class Woman" (Üçüncü Sınıf Kadın") da autoria de Anıl Alacaoğlu não pode ser vendido a menores de 18 anos e não pode ser publicitado.

O livro, segundo o autor, trata "dos amores, experiencias sexuais, separações, discriminação e problemas vividos por uma transexual desde a infância até aos vintes."

Alacaoğlu afirmou que a proibição imposta ao livro é um resultado de mentalidades que presumem que as crianças não podem ser homossexuais ou transexuais.

"Esperava algumas reacções negativas ao livro, mas a notificação recebida preocupou-me pelas restrições ultrapassadas que enfrenta", afirmou.

O autor descobriu que o livro tina sido considerado lesivo pelos jornais, só recebendo a notificação dez dias depois.

Na notificação pode-se ler que "favorece a homossexualidade, o que a sociedade turca não aceita moralmente, e relações anais com pessoas do mesmo sexo, o que também não é normal nos usos e tradições turcas. Obviamente que tais relações anormais e pervertidas afectariam o desenvolvimento mental das crianças negativamente".

O autor contrapõe que esta mentalidade quer impedir as crianças de descobrirem as suas orientações sexuais e identidades de género. "Não querem que as crianças julguem por elas próprias. Tentam impedi-las de questionarem e descobrirem-se e tentam conservá-las desinformadas banindo livros, filmes e websites na internet".

Afirmou ainda que não se sente amedrontado pelas proibições, "pelo contrário, estou contente por ter partilhado o meu desconforto e o desconforto de muitos outros como eu com o público." E que as proibições motivaram a focalização em temas LGBT no seu segundo livro.

Assim, espera-se impacientemente a entrada como membro de pleno direito da Turquia na comunidade europeia, apesar dos constantes atropelos dos direitos humanos praticados. Como se ainda faltassem representantes homofóbicos e transfóbicos...

Fonte:

Portugal Gay

REINO UNIDO: Transexual auto-opera-se por lentidão processual

19/08/09 - Foi publicado no site Portugal Gay que uma mulher transexual realizou ela própria a sua cirurgia de redesignação de sexo (CRS) depois de ter sido informada que teria de esperar dois anos por ajuda profissional.

Rolande Mery, de 61 anos, removeu os seus genitais com um pequeno conjunto caseiro de cirurgia na casa de banho do seu apartamento em Newport, informando a sua esposa que tinha uma dor de cabeça.

Segundo a própria, "Desde a altura em que desci as escadas até completar a CRS senti-me sempre certa. Reprimi os meus sentimentos por tempo demais. Trabalhei muito em como faria e ensaiei vezes sem conta. Provei a mim mesma que o cérebro e as emoções podem superar-nos enormemente. Ensaiei tudo vezes sem conta. Assim quando chegou a altura, a dor já não era um problema". Avisou então a sua mulher Julie para chamar uma ambulância.

Conforme Mery seguia para o hospital, as autoridades policiais suspeitavam que Julie a tinha atacado, até ao momento em que ficou claro que a CRS tinha sido planeada por Mery.

Mery afirmou que sabia desde os quatro anos que era diferente, mas não sabia o que fazer até ter visitado uma clinica em Manchester em 2005, onde iniciou tratamento hormonal.

Ela não tem posses para fazer uma CRS profissional e vai optar por usar roupa andrógina conforme viva como mulher.

Em Portugal, com os casos a demorarem em regra mais de quatro anos, apesar dos especialistas terem relutância em aceitá-lo, é de estranhar não haver mais casos deste tipo, em que uma transexual feminina se vê forçada a ter atitudes deste género.

Fonte:

Portugal Gay

REINO UNIDO: Inicia-se julgamento de mulher que incendiou transexual

20/08/09 - Foi publicado no site Portugal Gay que uma transexual (ou um travesti, não se sabe bem) chorou quando descreveu o momento em que lhe foi ateado fogo por uma mulher.

Supostamente tudo aconteceu por a incendiária suspeitar que a vítima lhe tinha roubado coisas, encontrando-se entre elas uma mala Louis Vuitton.

Segundo a acusação, Passos, de 29 anos, e Modesto de 22 tinham vivido uns tempos em casa da vítima, Da Silva, e ao abandonarem a casa deixaram ficar alguns pertences guardados.

Na noite de 8 de Dezembro último, regressaram e pediram a mala e o computador da mulher, Passos. Então ela foi-se embora, mas regressou com gasolina que deitou num recipiente, arremesssando-o então a Da Silva.

Depois de incendiarem a vítima fugiram deixando-a a arder e a tentar apagar as chamas, tendo ficado com 70% do corpo queimado e permaneceu no hospital até Março.

Tanto Passos como Modesto negam tentativa de assassínio.

Fonte:

Portugal Gay

EUA: 25 anos de prisão

20/08/09 - Foi publicado no site Portugal gay que Dwight DeLee, acusado e considerado culpado pelo assassinato da transexual Lateisha Green, foi condenado esta semana a 25 anos de prisão, a pena máxima por assassínio sem intenção.

O agressor, de 20 anos, encontrava-se numa festa em Novembro de 2008. Segundo o próprio, o disparo de uma arma de calibre .22 que acertou nos peitos da transexual era dirigido a outra pessoa que se encontraria no lado de fora da festa. Infelizmente Lateisha estava dentro de um carro com o seu irmão quando foi mortalmente atingida.

As declarações de DeLee na tentativa de se livrar da acusação de crime de ódio não foi convincente e foi condenado a 25 anos de prisão, a pena máxima para este tipo de crime.

A família de Lateisha iniciou entretanto um movimento para forçar uma revisão das leis para estes casos por as considerarem demasiado brandas.

Fonte:

Portugal Gay

BRASIL: Leis sobre violação e violência policial

20/08/09 - Conforme material publicado no site Portugal Gay, desde o dia 7 de Agosto que transexuais, travestis e homossexuais podem ser considerados legalmente vítimas de violação.

A lei 12.015 de 7 de Agosto último altera o tratamento dado aos crimes sexuais no Brasil. A nova redacção da lei une num único crime de violação o constrangimento ao sexo vaginal e o constrangimento ao sexo anal. Isto implica que qualquer relação sexual, heterosexual ou não, é violação.

Antes desta alteração, a população trans e masculina (homossexual ou não) não eram passíveis de violação, apenas as mulheres biológicas o eram. O novo artº 234-A prevê um aumento de um sexto à metade da pena se a vítima contrair alguma doença como HIV ou sífilis, por exemplo.

O novo texto ainda mantém a condenação ao que chama de “casas de prostituição” e o artº 234 do Código Penal, que prevê penas de seis meses a dois anos de prisão para quem produzir, comercializar ou simplesmente possuir qualquer “objeto obsceno”.

Noutro registo, um vídeo feito por um amador foi exibido na TV Globo de Maceió e teve como consequência o afastamento de dois polícias da parte operacional, ficando a trabalhar na áre administrativa, que se encontravam a agredir uma transexual (ou travesti).

Segundo as autoridades, a travesti “estava sem roupa e fazendo gesto obscenos”. O vídeo mostra os policias a arrastarem a travesti pelos cabelos e depois jogando-a dentro da viatura. “As imagens demonstram excesso de violência, mas a vítima também agrediu os policias”, disse o coronel José Praxedes, comandante de policiamento do interior.

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, 19 de Agosto, a ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) pede a instauração de um inquérito. “Temos respeito pela instituição da Polícia Militar, mas faz-se necessário punir exemplarmente policias que não respeitem a orientação sexual e a identidade de género das pessoas, agredindo-as fisicamente. Pedimos também que se tomem medidas para garantir a integridade física da vítima”.

Fonte:

Portugal Gay

EUA: Luteranos com visões diversas sobre homossexualidade

20/08/09 - Foi publicado no site Portugal Gay que os delegados da Igreja Evangélica Luterana na América estão numa convenção nacional onde debateram diversos temas, incluindo as relações entre pessoas do mesmo sexo.

O documento aprovado esta quarta feira por dois terços dos 1045 delegados presentes indica uma condenação das relações entre pessoas do mesmo sexo, mas também abre a porta a diferentes pontos de vista sobre esta vertente da sexualidade humana.

A questão divide opiniões com uns a defender a igualdade independentemente da orientação sexual e outros a referir a importância da Bíblia contra a cultura actual. O documento aprovado aborda diversas questões da sexualidade e relacionamentos, incluindo uma breve referência à homossexualidade, e também olha para as relações da igreja com género, amizade, casamento, crianças, coabitação, sexo comercial e o tráfego sexual.

Segundo os delegados presentes a questão da homossexualidade "não é central na fé" não sendo portanto algo que possa dividir a igreja.

Na próxima sexta feira será debatida uma proposta que poderá permitir que cada congregação em particular tome a decisão de ter ou não clérigos que estejam em relações estáveis entre pessoas do mesmo sexo. Sendo uma medida executiva apenas precisa de maioria simples para ser aprovada.

Com quase 5 milhões de membros a "Evangelical Lutheran Church in America" é a maior denominação Luterana nos EUA e uma das maiores denominações cristãs do país.

Fonte:

Portugal Gay

Escritora lésbica pede retratação a autor de blog evangélico

20/08/09 - Por Paco Llistó - "Tomam o papel de vítimas oprimidas por um totalitarismo imaginário quando, na verdade, eles é que são os ditadores da imoralidade". É assim que Matheus Viana define os homossexuais em seu blog Profecia, segundo material publicado no site da revista A Capa.

No mesmo post, Viana comenta o recém-lançado livro "Era uma Vez um Casal Diferente" (296p.; R$ 59,70, Edições GLS), da escritora carioca Lúcia Facco, chamando a iniciativa de "perniciosa" e dizendo que a autora tenta "difundir o comportamento [homossexual] entre o público infanto-juvenil". Escreve o blogueiro: "O intento de Facco, uma mera porta-voz do movimento homossexual no Brasil, não é apenas a disseminação do comportamento às crianças. Mas a manutenção de seus princípios por educadores e pais. Cuja medida será consequência de que tal difusão não poderá sofrer oposição, nem tampouco qualquer interrupção por parte dos pais e educadores por correrem o risco de se tornarem criminosos homofóbicos."

Nesta quarta-feira (19/08), Facco procurou a reportagem do site A Capa e enviou uma carta de desagravo, na qual pede a retratação ou a retirada imediata do texto do ar. No documento, a autora faz questão de ressaltar que o livro é, na verdade, sua tese de doutorado em Literatura Comparada, defendida e aprovada na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), em 2008, e que a obra não pretende fazer "apologia e uma tentativa de conversão", como afirma o blogueiro.

Para Facco, Matheus Viana ofende não apenas os pesquisadores da temática no Brasil, mas também todo o movimento LGBT. "Quando li o texto desse senhor, experimentei várias emoções. Primeiro fiquei revoltada. Depois refleti e percebi que textos assim não devem ser levados a sério, pois demonstram um grau de intolerância incomensurável, achando que seria melhor ignorar a questão. No entanto, agora estou em um novo momento e acho que não quero aceitar meu nome sendo denegrido, mesmo que por uma pessoa com um blog tão pouco visitado", escreve a escritora e pesquisadora na carta.

Em seu post, Viana segue dizendo que "o desejo de que seu filho cresça em um ambiente familiar saudável está solapado por uma experiência traumática que a conduziu a seu atual estado homossexual". Para Facco, ao insinuar que seu filho não cresce em um ambiente saudável, Viana faz uma "agressão moral".

"Embora para esse senhor, os homossexuais devam ser pessoas sem formação moral e religiosa alguma, digo que tive uma formação moral e religiosa baseada em respeito, amor e solidariedade. Portanto, não penso, na verdade, em processar o blog, ou o responsável por ele. Apenas desejo que ele retire o texto do ar e, se possível, faça uma retratação, para que os seus raros (imagino) leitores percebam que o tempo de caça às bruxas já vai longe e que não aceitaremos que eles voltem, lançando às fogueiras da maledicência pessoas sérias e respeitadas, apenas por terem opiniões diferentes das suas", conclui a autora em sua carta.

A reportagem enviou duas mensagens para o endereço eletrônico informado no blog, mas não obteve retorno.

Fonte:

A Capa

Livro "Terapia afirmativa" aponta homofobia social como o grande mal dos gays

20/08/09 - Por Marcelo Hailer - Segundo informaçõs publicadas no site da revista A Capa, em seu novo livro, "Terapia Afirmativa: uma introdução à psicologia e à psicoterapia dirigida a gays, lésbicas e bissexuais", o psicólogo Klecius Borges faz um histórico dessa prática de clínica iniciada nos anos 70/80 nos Estados Unidos e introduzida no Brasil pelo próprio especialista no fim dos anos 90.

Apesar de ser uma obra dirigida a psicólogos e psicanalistas, qualquer um pode ler e fazer uso dela para algumas situações cotidianas, ou até para compreender certos dramas que vivemos. Klecius esmiúça os conflitos existenciais e aponta a homofobia externa e a heteronormatividade como causadoras de boa parte das depressões entre gays e lésbicas.

Além de tratar das depressões e opressões, a obra faz um retrato histórico da psicologia homossexual (nos Estados Unidos é conhecida como Lesbian and gay psychology). Segundo o autor, a teoria surgiu em 1979 com o intuito de apresentar a homossexualidade como algo natural, posto que na época as relações entre pessoas do mesmo sexo eram consideradas uma doença.

Klecius diz que a psicologia voltada para homosexuais ganhou espaço e credibilidade quando em 1985 a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a dotar o termo homossexualidade e não mais homossexualismo. A partir desse momento o estudo "sobre homossexualidade deixou de ser simplesmente a demonstração de sua normalidade e passou a abranger inúmeras outras questões relativas à vida de lésbicas, gays e bissexuais."

A homofobia e a identidade gay
A obra conta que o termo homofobia foi cunhado por Weinberg no final da década de 1960 para caracterizar os sentimentos de medo, aversão, ódio e repulsa que alguns heterossexuais têm por homossexuais. Porém, o termo ganhou outros contornos e hoje não é usado mais apenas para designar um tipo de fobia, mas sim para atitudes preconceituosas. Hoje, segundo o livro, alguns psicólogos, principalmente nos Estados Unidos, usam a palavra homoignorante. E o que a terapia afirmativa faz frente tal sintoma, o da homofobia? E o que esta faz com os homossexuais que sofrem com isso?

Em seu livro anterior, "Desiguais", Klecius Borges já havia apontado a homofobia internalizada (gays que tem preconceito consigo mesmo ou pessoas enrustidas com alto grau de homofobia) e que tal sintoma leva as pessoas gays ou lésbicas a se tornarem anti-sociais, a ter forte compulsão por drogas e objetos e outros problemas sociais. Todos estes problemas apontados têm alto grau de relação com a depressão.

Assim, Borges acredita que do "ponto de vista da terapia afirmativa, a homofobia é o núcleo central do trabalho terapêutico com os pacientes gays". Outro problema que o psicólogo aponta é a negação do paciente em assumir que sofre de homofobia internalizada. Isso se deve porque o "gay vive num ambiente heterocentrado e homofóbico, ele é constantemente bombardeado com mensagens negativas sobre a sua natureza". Dessa maneira, é praticamente impossível os homossexuais não internalizarem tais sentimentos negativos.

Outro dado importante relatado no livro é a importância do assumir-se gay. Esse rito, segundo Klecius Borges, é o "mais importante fator para uma resolução psíquica satisfatória, não é à toa que se costuma dizer entre os gays que determinada pessoas é 'bem resolvida', indicando que ela não tem conflitos com sua identidade sexual".

A psicóloga australiana, Vivienne Cass, propôs um modelo de formação de identidade baseado em seis estágios. Mas o autor explica que nem todas as pessoas seguem a ordem e alguns estagnam em alguma delas.

Os estágios são: 1- Confusão de identidade; 2- Comparação de identidade, onde o indivíduo começa a aceitar ser homossexual; 3- Tolerância da identidade, o sujeito começa a se integrar à comunidade; 4- Aceitação da identidade, o indivíduo aceita e não apenas tolera; 5- Orgulho da identidade, aqui ele começa a afrontar pessoas homofóbicas; 6- Síntese de identidade, ele percebe que nem todo mundo é homofóbico.

De forma delicada Klecius toca no assunto álcool e drogas. Pondera que tal realidade se abate em qualquer pessoa, independente de sua orientação sexual. "Mas alguns estudos indicam que entre gays e lésbicas a droga adquire características particulares", ressalta. Segundo o autor os gays, diferente dos héteros, continuam a se drogar na maturidade e muitas vezes arrastam parra a velhice, principalmente aqueles que são abatidos pela solidão. Entre as drogas mais consumidas está a maconha, barbitúricos e anfetaminas. Adivinha quem é a mola propulsora disso? Sim, a homofobia, pois na "tentativa de aliviar ansiedade e a depressão causada pelo sofrimento imposto aos gays, o álcool e as drogas se tornam poderosos aliados destes", lembra o psicólogo.

Serviço:
Livro: Terapia afirmativa - Uma introdução à psicologia e à psicoterapia dirigida a gays, lésbicas e bissexuais
Autor: Klecius Borges
Editora: Edições GLS
Preço sugerido: R$ 28,90

Fonte:

A Capa

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

RJ: Lésbicas lançam Fórum deliberativo

20/08/09 - Atividade faz parte das comemorações do Mês da Visibilidade Lésbica.

Conforme foi divulgado pelo site Do Lado, em comemoração ao Dia da Visibilidade Lésbica, comemorado no dia 29 de agosto, a cidade do Rio de Janeiro conta com diversas atividades na programação do Mês da Visibilidade Lésbica ao longo de agosto.

Às 18h desta quarta-feira (19), no Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIM) do Rio de Janeiro, foi lançado o Fórum de Lésbicas e Mulheres Bissexuais do Estado, idealizado com o objetivo de fortalecer a participação de lésbicas e mulheres bissexuais na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

“Buscamos o emponderamento das lésbicas e mulheres bissexuais, a fim de que cada uma delas, enquanto sujeito político, sinta-se segura para ocupar espaços, tomar decisões e colocar estas decisões em prática. Neste sentido, defendemos a autonomia, o feminismo e a visibilidade como um princípio de afirmação das lésbicas e mulheres bissexuais do nosso estado”, afirma a presidente do Grupo Sete Cores de Niterói, Caroline Benites.

Confira a programação completa do Mês da Visibilidade Lésbica no Rio de Janeiro e programe-se para as próximas atividades.

14 de agosto, sexta-feira
16h – Ato Solene de Lançamento da Programação Oficial do Mês da Visibilidade Lésbica do Estado do Rio de Janeiro

Atrações Culturais:
Pocket Show das Cantoras Mariana Novaes, Juliana Farina, Elza Ribeiro e Leila Maria
Homenagem de Honra ao Mérito Lés

Coquetel de encerramento
Local: Auditório – SESEG/RJ
Pçª. Cristiano Ottoni, s/nº – Ed. D. Pedro II, 4º andar. Central do Brasil
Informações: (21) 2234 5545 / (21) 2234 5546 / (21) 2222 7286 / (21) 2215 0844
E-mail: superdir@social.rj.gov.br

Realização: Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos (SUPERDir/SEASDH- RJ)
Composição da mesa sujeita à confirmação.


Programação completa do Mês da Visibilidade Lésbica
15 de agosto, sábado
13h – Feijoada “Maria leva as outras”
Local: Rua Margem Esquerda, 52 – casa 1 – Heliópolis
Informações: (21) 2779 6972
E-mail: costa.nika@gmail.com
Realização: Grupo Triângulo Rosa

19 de agosto, quarta-feira
18h – Lançamento do Fórum de Lésbicas e de Mulheres Bissexuais do Rio de Janeiro e jantar de confraternização.
Local: CEDIM – Rua Camerino, 51.
Informações: (21) 2299 2010 / (21) 2334 5545 / (21) 2334 5546
Realização: Fórum de Lésbicas e Mulheres Bissexuais -RJ

22 de agosto, sábado
15h – Carreata Lésbica em Jacarepaguá
Concentração: Pçª. Barão da Taquara – Estrada do Tindiba, em frente ao nº 2204.
Informações: (21) 2517 3290 / (21) 2517 3292
E-mail: colerj@coisademulher.org.br / felipadesousarj@yahoo.com.br
Realização: Coletivo de Lésbicas Elizabeth Calvet (COLERJ/RJ), CEDOICOM, Grupo de Mulheres Felipa de Sousa

17h – Afine o Canto
Local: Bar Tribus – Praça de São Domingos – Cantareira – Niterói
Informações: (21) 9743 4852 / (21) 7843 2376
E-mail: gruposetecores@yahoo.com.br / amazonasnit@yahoo.com.br
Realização: Amazonas – Associação de Lésbicas Feministas de Niterói e Núcleo de Lésbicas e Mulheres Bissexuais do Grupo Sete Cores.

23 de agosto, domingo
8h – Torneio de futebol feminino entre organizações de lésbicas do Rio de Janeiro
Local: Aterro do Flamengo
Informações: (21) 2517 3290 / (21) 2517 3292
E-mail: colerj@coisademulher.org.br
Realização: Coletivo de Lésbicas Elizabeth Calvet (COLERJ/RJ)

24 de agosto, segunda-feira
18h – Abertura da Exposição “O que trazemos nos peito”
Local: CEDIM – Rua Camerino, 51.
Informações: (21) 2299 2010
Realização: Fórum de Lésbicas e Mulheres Bissexuais

18h – Abertura da Exposição “Olhar de Mulher”
Local: Castelinho do Flamengo – Praia do Flamengo, 158.
Informações: (21) 2222 7286 / (21) 2215 0844 / (21) 2334 5545 / (21) 2334 5546
E-mails: arco-iris@arco-iris.org
Realização: Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT

26 de agosto, quarta-feira
19h – Café com Bolacha Especial – Confecção de Máscaras
Local: Sede do Grupo Arco-Íris (rua do Senado, 230 – cobertura, Centro, próximo à praça da Cruz Vermelha).
Informações: (21) 2293 6428 / (21) 2222 7286 / (21) 2215 0844
E-mail: arco-iris@arco-iris.org
Realização: Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT

27 de agosto, quinta-feira
De 14h às 18h – Oficina de Capacitação: Lesbianidade, Gênero e Cidadania
População-alvo: Gestores Públicos, Ativistas e interessados
Local: Castelinho do Flamengo – Praia do Flamengo, 158.
Informações: 2334-5545 / 2334-5546 / 2222-7286 / 2215-0844
E-mail: superdir@social.rj.gov.br
Realização: SUPERDir/SEASDH- RJ
Será concedido Certificado de Participação

19h – Show com a Banda Brigite
Local: Centro Cultural Mal do Século – Rua do Resende, 26.
Informações: (21) 2222 7286 e (21) 2215 0844 / (21) 2334 5545 / (21) 2334 5546
E-mails: arco-iris@arco-iris.org
Entrada franca
Realização: Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT

28 de agosto, sexta-feira
18h – Celebração pelo Dia Nacional de Visibilidade Lésbica
Roda de Conversas, Debates, Show, Exibição de Curtas e Coquetel
Local: CEDIM – Rua Camerino, 51.
Informações: (21) 2299 2010
E-mail: sudim@social.rj.gov.br

29 de agosto, sábado
10h às 21h – Pré LesboFest – Cultura e Diversidade
10h às 12h – Oficina do Corpo do Projeto laços e Acasos
12h às 13h: Brunch
14h às 17h: Sessão de curtas e debates
17h às 19h: Roda de Leitura – Poesias e Contos Eróticos
19h às 21h: Sarau e Esquetes Teatrais
Local: Castelinho do Flamengo – Praia do Flamengo 154
Informações: (21) 2222 7286 / (21) 2215 0844 / (21) 2234 5545 / (21) 2234 5546
E-mail: arco-iris@arco-iris.org
Realização: Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT

9h às 17h – 1º Seminário “Direitos das Mulheres Homoafetivas” : Violências e a Lei Maria da Penha; Diversidade Parental.
Local: CEDIM – Rua Camerino, 51.-Centro -RJ
Informações: (21) 3077-9119
Inscrições: Até 15/08
E-mail: seminário@orgulho.org
Realização: Movimento D’ELLAS

14h – LGAMES – Torneio de Futebol contra a Lesbofobia
Local: Clube Marajoara
Alameda São Boaventura, 136. Fonseca – Niterói
Informações: (21) 3021 5344
E-mail: amazonasnit@yahoo.com.br
Realização: Amazonas – Associação Lésbica Feminista de Niterói

22h- Baile de Máscaras
Local: “Miscelânea”, no Essencial da Lapa – Rua do Resende, 22.
Informações: (21) 2222 7286 / (21) 2215 0844
Entrada: R$10,00
E-mails: arco-iris@arco-iris.org
Realização: Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT

30 de agosto, domingo
1ª Caminhada de Lésbicas e Mulheres Bissexuais do Estado do Rio de Janeiro na Praia de Copacabana
Concentração: 13h, em frente ao Hotel Copacabana Palace e ao Quiosque Rainbow.
Informações: (21) 2234 5545 / (21) 2234 5546 / (21) 2222 7286 / (21) 2215 0844

O Mês da Visibilidade Lésbica é realizado pelo Fórum de Lésbicas do Rio de Janeiro, Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, Grupo de Mulheres Felipa de Sousa, Coletivo de Lésbicas Elizabeth Calvet (COLERJ/RJ), Movimento D’ELLAS, Grupo Triângulo Rosa de Belford Roxo, Grupo Sete Cores de Niterói, Movimento de Lésbicas de São Gonçalo, Grupo Liberdade de São Gonçalo, Amazonas – Associação de Lésbicas Feministas de Niterói, Grupo de Mulheres Felipa de Souza, Articulação Brasileira de Lésbicas, Liga Brasileira de Lésbicas, Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, e o Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos e da Superintendência de Direitos da Mulher da Secretaria de Estado Assistência Social e Direitos Humanos.

Fonte:

Inglaterra: brasileiros são julgados por queimar travesti

19/09/08 - Brasileiros são acusados de tentativa de homicídio de um travesti também brasileiro.

Conforme informações divulgadas pelo site Do Lado, começou em Birmingham, Inglaterra, o julgamento de Gabryela Passos (29) e Raphael Modesto (22), dois brasileiros acusados de atear fogo em um travesti, também brasileiro.

De acordo com a BBC, o travesti Ricardo Silva era amigo dos acusados e decidiu hospedá-los em sua casa, onde acabaram deixando alguns pertences – como um laptop e uma bolsa Louis Vuitton.

No último mês de dezembro, os amigos voltaram à casa de Ricardo para buscar os bens deixados, mas foram informados pelo travesti que tinham sido roubados.

Segundo a promotoria, Gabryela teria se revoltado e por vingança jogou gasolina e ateou fogo em Ricardo. Raphael ficou esperando Gabryela comprar gasolina, para que o travesti não fugisse. A vítima tentou apagar as chamas no chuveiro mas sem sucesso foi buscar ajuda com vizinhos, sofrendo queimaduras em 70% do corpo.

Ricardo Silva passou três meses internado em um hospital e foi submetido a 16 cirurgias em cinco semanas.

Ambos negam a tentativa de assassinato mas assumem a acusação alternativa de dano com a intenção de colocar uma vida em risco. Gabryela foi presa no aeroporto de Cardiff, no País de Gales, e Raphael foi preso 10 dias após o ataque.

Eles são acusados de tentativa de homícidio e o julgamento deve durar três semanas.

Fonte:

Do Lado

Cine Diversidade acontece no final de agosto

19/08/09 - Exibição de filmes e debate fazem parte da programação no dia 24.
Segundo informações publicadas no site Do Lado, na segunda-feira de 24 de agosto, acontecerá o Cine Diversidade, promovido pela Gerência de Prevenção e a Unidade de Pesquisa de Vacinas Anti-HIV do CRT-DST/Aids.

A sessão é gratuita, com início às 18h, onde serão exibidos os filmes “Uma Questão de Gênero”, de Rodrigo Najar, e “Um Lugar para Beijar”, de Neide Duarte, seguidos por um debate com a presença de Alexandre Peixe, Alessandra Saraiva e Fátima Bugolin.

O Cine Diversidade faz parte do Plano de Enfrentamento da Epidemia de Aids entre Gays, Homens que Fazem Sexo com Homens e Travestis.

Cine Diversidade
24 de Agosto, a partir das 18h
Museu Lasar Segall – Rua Berta, 111, Vila Mariana (próximo ao metrô Santa Cruz)
Entrada Gratuita

Fonte:

Movimento gay dos Estados Unidos ameaça romper com governo Obama

(O material deste post me foi indicado pelo meu namorado, obrigado cara. O moderador)
Por Marcelo Hailer - 198/08] Foi publicado no site da Reviita A Capa que Insatisfeitos com os rumos do governo Barack Obama no que diz respeito às políticas públicas LGBTs, o movimento gay norte-americano prepara para o dia 11 de outubro, Dia Nacional da Saída do Armário, uma manifestação em Washington. O recado é simples: querem ser respeitados e terem os seus direitos aprovados no âmbito federal. Líderes do movimento gay avisam: se não houver a aprovação da união civil e de outros direitos nos Estados Unidos como um todo, eles irão se divorciar do governo democrata representado hoje por Obama.

Está na capa da revista gay Advocate de setembro: "Nada? Ele era a nossa grande esperança, mas ainda falta cumprir as promessas". Atrás dessa chamada nada positiva está a foto do presidente, que foi eleito com forte apoio da comunidade e de ativistas gays dos Estados Unidos. Além da respeitada revista, reportagem assinada por Dan Dimaggio, repórter do jornal Alternativa Socialista, traz luz à situação de apoio e repúdio da comunidade homossexual frente ao governo Obama, que já é chamado de "traidor" por alguns setores da militância gay. Em ambas as reportagens o fator da discórdia é o mesmo: a Lei de Defesa do Casamento (DOMA), o "Don't Ask, Don't Tell" (que proíbe pessoas LGBT no Exército de assumir sua sexualidade abertamente), a demora em aprovar a legislação federal de crimes de ódio e a Lei de Não-Discriminação dos Empregados.

Tais restrições estavam entre as propostas do governo Obama a serem combatidas. Mas até agora essas propostas seguem o caminho inverso ao que a comunidade LGBT esperava: confiança, ou como dizia a campanha, "esperança". Em junho último o atual governo emitiu nota apoiando o DOMA, com isso, os estados podem legalmente negar casamentos onde a união gay é permitida.

Alguns ativistas já começam a se manifestar publicamente contra o governo Obama. É o exemplo de Jor Mirabella, líder do grupo LGBT "Join The Impact". "Eu não deveria ter ficado tão encantado com seus belos discursos e cartazes de campanha coloridos. Sr. presidente, você não é diferente do resto. Você usou nossa comunidade para chegar à Casa Branca e agora você nos deixou de lado. Desta vez é diferente, pois não vamos aturar isso mais!."

Na longa reportagem da revista Advocate, o jornalista Michael Joseph Gross relembra as primárias, quando o movimento gay apoiava Hillary Clinton. "Nós sabíamos que ela conhecia como o poder funciona, e queríamos alguém que pudesse ganhar. Olhamos para ela e viu-se a sua maneira de entreter, sem medo de sacrificar a integridade quando o jogo exigisse", alude o jornalista.

Em seguida ele diz: "As primárias escolheram Obama e ele fez mais do que qualquer candidato já havia feito até o momento. Ele nos nomeou." O jornalista vai direto ao ponto: "Após os seus primeiros 100 dias começamos a enxergar Obama diferente". Depois cita o questionamento de um colega de profissão, Robert Gibbs, da NBC, em relação às questões gays. "O que o Obama está fazendo? Por que não faz mais e mais rápido?".

Por conta de todo esse clima pessimista e de traição está marcado para outubro a Marcha Nacional pela Igualdade em Washington. O mote da manifestação é um só: plena igualdade perante a lei para todos/as lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Além das críticas à morosidade do governo Obama, os organizadores da marcha também apontam os ativistas LGBTs ligados à liderança do Partido Democrata como parte da culpa por estarem em silêncio.

Cleve Jones, um dos líderes da manifestação do dia 11 de outubro, é enfático quanto à futura relação do movimento gay com a Casa Branca. "Precisamos de uma nova estratégia. Estamos cansados dessa luta estado a estado, condado a condado, cidade a cidade por frações de igualdade. Não existe fração de igualdade. Ou você é igual, ou não é", disse o ativista.

Jones diz também que os ativistas não devem "se preocupar com as supostas necessidades dos amigáveis políticos democratas, mas começar do ponto de vista das necessidades dos LGBTs". Como disse Dustin Lance Black, roteirista do filme "Milk", "nunca há um tempo conveniente para dar plenos e iguais direitos civis neste país."

À revista Advocate a ativista lésbica Kate Kendell, do Centro Nacional de Direitos Humanos para Lésbicas, faz uma análise crítica que muito lembra a realidade gay brasileira. Para ela é preciso mostrar a vida real dos gays à população norte-americana. "A maioria dos estadounidenses pensa que nós somos ricos, brancos e vivemos nas metrópoles. Mas a maioria dos homossexuais são da classe média e trabalhadores pobres. Um grande número de LGBT são de outras cores que não a branca e nós vivemos em regiões rurais e periféricas", disse.

O ativista Robin Tyler declarou ao jornalista Dan Dimaggio que com essa lerdeza o movimento gay irá se divorciar dos democratas. "Se o Partido Democrata Nacional, depois de 35 anos de promessas à nossa comunidade, não assegurar plenos direitos iguais neste país, o divórcio gay que vocês verão é o divórcio da comunidade gay do Partido Democrata. Somos um movimento pelos direitos civis. É hora de agir como um", alertou Tyler.

Em entrevista exclusiva ao A Capa, a prefeita travesti Stu Rasmussen declarou o mesmo descontentamento que assola boa parte da comunidade gay dos EUA. "Percebo que elegemos um governo que ignora o bem-estar da maioria em benefício da minoria. Eu votei em Obama como a melhor opção entre os dois candidatos, mas estou de fato desconfiada com a sua administração, que está tomando passos muito largos, sem se preocupar com as consequências", disse.

No final de seu artigo, o jornalista Dan Dimaggio pontua alguns problemas que deveriam ser o foco do governo Obama, mas não são. Por exemplo, entre os jovens que se assumem para a família, 1 em cada 4 gays é obrigado a sair de casa. Estes jovens representam 1,6 milhão de adolescentes sem teto; nas escola a cada 10 estudantes, nove já foram alvo de homofobia e as taxas de suicídio entre os jovens LGBTs são estimadas em 4 vezes superiores aos dos jovens heterossexuais.

Já o jornalista da revista Advocate, Michael Joseph Gross, finaliza a sua reportagem de forma conciliatória. Pondera e diz que é preciso paciência com Obama. "Temos de agradecer a ele por ter quebrado o ódio (às minorias), para mostrar-nos que, sem o saber, estávamos prontos para fazer a coisa certa (votar em Obama). Agora é a nossa vez de retribuir o favor."

Austrália: Homens transexuais ganham o direito de mudar identidade sem cirurgia

19/08/09 - Segundo foi publicado pela Redação do site da revista A Capa, dois homens transexuais na Austrália ganharam na Justiça o direito de mudar a identidade sem ter feito cirurgia de adequação genital. Ambos já haviam entrado com pedido na Junta de Redesignação de Gênero do Oeste Australiano, que negou o pedido. Posteriormente entraram com ação no Tribunal Administrativo que deu parecer positivo. O órgão entendeu que, apesar de ainda terem vaginas, ovários e úteros funcionais, os dois já são reconhecidos como homens.

Em sua decisão o tribunal disse que os dois solicitantes passaram por mastectomia bilateral e tratamentos com testosterona, sofrendo uma série de mudanças físicas que são consistentes com a masculinidade. Também aceitou a afirmação dos solicitantes de que irão continuar com o tratamento hormonal para o resto da vida. Ainda no parecer, o tribunal afirmou que o aparelho reprodutivo é uma característica "física e fundamental da feminilidade, mas não é essencial".

Um dos homens comemorou em entrevista ao jornal ABC News: "Isso abre várias oportunidades para outras pessoas, que não tinham tentado até hoje ter seu gênero legalmente modificado por acharem que não teriam chance".

Fonte:

A Capa