sexta-feira, 14 de agosto de 2009

EUA: Estudo americano analisará a saúde de lésbicas

12/08/09 - Foi divulgado no site DO LADO que o estudo investigará os danos psicológicos e o consumo de álcool em excesso entre lésbicas.

O Instituto Nacional do Abuso de Álcool e Alcoolismo dos Estados Unidos aceitou financiar um estudo da Universidade de Illinois – Chigado – sobre a saúde lésbica, estimado em 3 milhões de dólares.

A pesquisa, liderada pela professora Tonda Hughes, será a análise mais atualizada e abrangente sobre o assunto, com base em um pesquisas realizadas por ela mesmo há 10 anos.

“É uma novidade. É um dos primeiros estudos mais amplos sobre a saúde de lésbicas, que analisará as mudanças ao longo do tempo e os diversos riscos relacionados não apenas ao consumo excessivo de álcool, mas outras questões de saúde também”, revelou Hughes. O estudo também abordará o efeito de acontecimentos estressantes – como abuso sexual e discriminação – que incentivam o comportamento alcoólatra e causam danos psicológicos.

Hughes, que estuda a saúde de lésbicas há mais de duas décadas, acredita que o estereótipo de lésbicas como sendo alcoólatras e grande consumidoras de bebida alcoólica são baseados em estudos desatualizados dos anos 70.

“Acreditam que é um assunto bastante presente na comunidade”, disse Hughes. “Historicamente, houve um grande foco de atenção para o excesso de consumo alcoólico entre a comunidade LGBT, com estimativas de que nos anos 70 cerca de um terço de gays e lésbicas era alcoólatra. Essas estimativas foram aumentadas e baseadas em uma pesquisa da época.”

Durante os cinco anos de estudo serão coletados dados suficientes de 384 lésbicas em Chicago, que já participaram de estudos anteriores de Hughes realizados em 2000 e 2004. Após serem entrevistadas, elas se revelaram vítimas de vários fatores, como a depressão, que estimulam o consumo de álcool em excesso.

Com o financiamento obtido, Hughes poderá incrementar a pesquisa ao acrescentar 250 mulheres de 18 a 25 anos, que sejam afrodescentes ou de origem hispânica.

“A comunidade LGBT só podia contar com bares gays como espaço para se socializar”, disse Hughes. “Não existiam lugares seguros nos anos 50, 60 e 70. Entretanto, acredito que agora há uma certa segurança em bares gays onde a comunidade pode fazer amigos e namorar”.

O estudo também oferecerá métodos de prevenção e como tratar o problema de álcool.

Fonte:

Do Lado

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