Foi publicado no site Mix Brasil, hoje - 07/08/09, que uma pesquisa feita pela Universidade de Bamberg revelou que cerca de 6.600 crianças estão sendo criadas, agora, na Alemanha, pelas "famílias arco-íris". Para surpresa dos sociólogos, 53% dos entrevistados (num universo total de 123 crianças e 100 pais ou mães) não se sentem discriminados pelo fato dos pais serem do mesmo sexo.
Marina Rupp, orientadora chefe da pesquisa, diz que o estudo mostrou que as crianças não sentem falta do segundo sexo no casal e suas próprias nascentes sexualidades não foram afetadas pela dos dois pais ou das duas mães.
2009 é um ano de eventos para a Alemanha: festejam-se os 60 anos da República Federal, os 20 anos da Queda do Muro de Berlim, 90 anos da República de Weimar, 90 anos da Bauhaus e o Ano Internacional das Políticas para Intercâmbio Esportivo-Cultural.
Em meio a tanta festividade, há um assunto fervendo no país que, pela localização, é chamado "o coração da Europa": desde 2005, a nova lei sobre direito de adoção de crianças por casais homossexuais vem causando controvérsias.
Num pronunciamento de 24 de julho de 2009, a Ministra da Justiça Brigitte Zypries reiterou seu pedido de alteração no contexto da lei em favor da adoção por casais do mesmo sexo, no sentido de adaptála aos novos padrões que regem um paía em busca de modernidade com responsabilidade
A posição simpatica à causa da Ministra Zypries foi contestada por Wolfgang Bosbach, líder do partido CDU (o mesmo da primeira ministra Angela Merkel) que declarou: "Crianças são melhor cuidadas por um casal composto de homem e mulher."
O mesmo pensamento de Christine Haderthauer, Ministra do Bem Estar Social na Bavária, ao ser entrevistada pelo diário "Passauer Neue Presse" O objetivo da adocão é a criança encontrar um lar estabelecido e isso inclui um pai e uma mãe. Esta também é a concepção dos advogados que cuidam de Direito de Família?
Klaus Jetz, diretor da Federação de Gays e Lésbicas da Alemanha (LSVD) acha que "os conservadores" precisam deixar de lado a oposicão cultural às famílias homossexuais e "devem conhecer melhor" os estudos científicos que provam a competência e dedicação dos gays e lésbicas como pais/mães?
Quando casais héteros se unem em frente a um juiz, são casais. Quando gays vão a um cartório, são parceiros numa união civil. Assim sendo, gays e lésbicas podem adotar na Alemanha, mas individualmente, não como casal.
As agências que cuidam de adoção muitas vezes, simplesmente, os ignoram.
Mas não esqueçamos do fato emblemático de o prefeito de Berlim ser gay assumido e meditemos sobre os números das pesquisas sobre ele, que são claros: 82% dos alemães não se importam com a orientação sexual de Herr Klaus Wowereit, o que desejam mesmo é uma boa administração.
(Por Thereza Pires)
Fonte:
Mix Brasil
Marina Rupp, orientadora chefe da pesquisa, diz que o estudo mostrou que as crianças não sentem falta do segundo sexo no casal e suas próprias nascentes sexualidades não foram afetadas pela dos dois pais ou das duas mães.
2009 é um ano de eventos para a Alemanha: festejam-se os 60 anos da República Federal, os 20 anos da Queda do Muro de Berlim, 90 anos da República de Weimar, 90 anos da Bauhaus e o Ano Internacional das Políticas para Intercâmbio Esportivo-Cultural.
Em meio a tanta festividade, há um assunto fervendo no país que, pela localização, é chamado "o coração da Europa": desde 2005, a nova lei sobre direito de adoção de crianças por casais homossexuais vem causando controvérsias.
Num pronunciamento de 24 de julho de 2009, a Ministra da Justiça Brigitte Zypries reiterou seu pedido de alteração no contexto da lei em favor da adoção por casais do mesmo sexo, no sentido de adaptála aos novos padrões que regem um paía em busca de modernidade com responsabilidade
A posição simpatica à causa da Ministra Zypries foi contestada por Wolfgang Bosbach, líder do partido CDU (o mesmo da primeira ministra Angela Merkel) que declarou: "Crianças são melhor cuidadas por um casal composto de homem e mulher."
O mesmo pensamento de Christine Haderthauer, Ministra do Bem Estar Social na Bavária, ao ser entrevistada pelo diário "Passauer Neue Presse" O objetivo da adocão é a criança encontrar um lar estabelecido e isso inclui um pai e uma mãe. Esta também é a concepção dos advogados que cuidam de Direito de Família?
Klaus Jetz, diretor da Federação de Gays e Lésbicas da Alemanha (LSVD) acha que "os conservadores" precisam deixar de lado a oposicão cultural às famílias homossexuais e "devem conhecer melhor" os estudos científicos que provam a competência e dedicação dos gays e lésbicas como pais/mães?
Quando casais héteros se unem em frente a um juiz, são casais. Quando gays vão a um cartório, são parceiros numa união civil. Assim sendo, gays e lésbicas podem adotar na Alemanha, mas individualmente, não como casal.
As agências que cuidam de adoção muitas vezes, simplesmente, os ignoram.
Mas não esqueçamos do fato emblemático de o prefeito de Berlim ser gay assumido e meditemos sobre os números das pesquisas sobre ele, que são claros: 82% dos alemães não se importam com a orientação sexual de Herr Klaus Wowereit, o que desejam mesmo é uma boa administração.
(Por Thereza Pires)
Fonte:
Mix Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário