segunda-feira, 25 de maio de 2009

EUA: Lei pretende ampliar direitos a imigrantes gays

Fonte:

http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=8229&target=_self&titulo=EUA%3A+Lei+pretende+ampliar+direitos+a+imigrantes+gays+


Por Redação 25/5/2009 - 19:25


No domingo (24/05), uma reportagem do jornal Folha de São Paulo atentou para o grande problema dos estrangeiros que se casam com um cidadão dos EUA ou portador de "green card" e não podem permanecer no país.

Isso ocorre porque a lei de imigração é federal e não reconhece uniões homossexuais, independentemente da situação de legalidade da união em diferentes pontos do país.

Segundo a reportagem, a situação poderá mudar com a chamada Lei de União das Famílias Americanas (Uafa, na sigla em inglês), introduzida em fevereiro na Câmara dos Representantes e no Senado, que pretende reconhecer "parcerias permanentes" de qualquer sexo - sejam consideradas casamentos ou não - na lei de imigração nacional.

Desde o ano 2000, a lei já foi introduzida várias vezes sem sucesso. Mesmo não mencionando o termo "casamento", a última versão da Uafa só conseguiu até agora assinaturas de 99 deputados e 17 senadores.

Grupos conservadores veem com maus olhos a Lei, por rejeitarem a união entre homossexuais. "Prefiro exportar homossexuais dos EUA a importá-los, pois a homossexualidade é uma força destrutiva", disse o presidente do grupo cristão Conselho de Pesquisa da Família, Peter Sprigg, que se desculpou depois pelos termos usados.

Números

De acordo com o censo de 2000, há 35 mil casais gays binacionais nos EUA, grande número dos quais vive na clandestinidade ou é obrigado a emigrar.

Em 2006, ao iniciar um relacionamento com o alemão Ole, de 31 anos, em São Francisco, na Califórnia, Daniel, 30, não conseguiu viver ao lado de seu parceiro no país. Daniel e Ole se casaram um mês depois da Suprema Corte da Califórnia legalizar o casamento gay - em 2008, um referendo popular derrubou a medida em novembro.

No entanto, Ole não pôde solicitar o visto de permanência, e eles acabaram indo à Europa.

"Ironicamente, eu não pude dar meu visto americano a ele, mas consegui visto da União Europeia por causa do registro de casamento americano", afirmou Daniel à repórter Andrea Murta, que hoje mora com Ole em Londres.

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