domingo, 3 de maio de 2009

ONGs protestam contra visita do homofóbico presidente iraniano ao Brasil neste domingo

Fonte:

http://gonline.uol.com.br/site/arquivos/estatico/gnews/gnews_noticia_22193.htm



Por Redação
30.04.09

Neste próximo domingo, 3 de maio, acontece na cidade de São Paulo, às 11h, uma manifestação contra a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, 52, ao Brasil. O protesto é promovido pela Juventude Judaica Organizada e, segundo seus organizadores, visa mostrar para o governo brasileiro a insatisfação com a recepção ao presidente iraniano, declaradamente contrário a vários grupos sociais, incluindo os judeus e homossexuais, e acusado de práticas genocidas.

"Queremos mostrar para os brasileiros e para o governo que, independente das diferenças, nós não aceitamos que um fascista, homofóbico seja recebido com todas as honras de estado", afirmou ao G Online Pérsio Bider, da, responsável pelo protesto.

A visita ao país está confirmada para o dia 6 de maio, quando Ahmadinejad desembarcará em Brasília e será recebido pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva.

Durante o protesto – que contará com a presença de outras organizações, incluindo o movimento LGBT - serão distribuídos 10 mil panfletos com informações sobre Ahmadinejad e sobre os crimes pelos quais é acusado. Além disso, os manifestantes pretendem distribuir apitos para fazer, segundo Bider, “um minuto de barulho contra Ahmadinejad e contra a iniciativa do governo de convidá-lo para vir ao Brasil.”

Homofobia e anti-semitismo

Mahmoud Ahmadinejad assumiu a presidência do Irã em 2005. Desde então virou alvo de diversas organizações internacionais de defesa dos direitos humanos devido suas polêmicas declarações e atitudes. Entre outras coisas, Ahmadinejad já negou a existência do Holocausto, assim como estimulou o genocídio aos judeus, o que levou a Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém a pedir a ONU que o presidente iraniano fosse processado por estimular o genocídio.

Ahmadinejad também é inimigo da comunidade LGBT, já que as leis iranianas permitem que homossexuais sejam punidos com a morte. Estima-se que mais de quatro mil homossexuais já tenham sido assassinados no Irã desde 1979.

No final de 2007, em visita aos Estados Unidos, Ahmadinejad fez um discurso na Universidade de Columbia onde afirmou que no Irã não existiam homossexuais. "Nós não temos esse fenômeno. Nossa nação é livre", afirmou ele na ocasião. Um ano depois o presidente iraniano admitiu que talvez “existam” alguns homossexuais no seu país.

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