Fonte:
Terça-feira, 26 Maio 2009
Depois de uma notícia onde profissionais de saúde afirmavam poder "reajustar" a orientação sexual, vem agora a Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica esclarecer que tal não é aceitável em termos clínicos e éticos.
Tudo começou com um artigo do jornal Público onde se apresentava a situação de clínicos que "ajudavam" pessoas homossexuais e bissexuais a deixarem de o ser. A situação era mais grave pois alguns dos clínicos citados tinham responsabilidades em termos médicos em Portugal.
Entretanto o presidente do Colégio de Psiquiatria da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, afirmou ao mesmo jornal “se há um pedido de alguém que está em sofrimento” por causa da sua orientação sexual “não se pode criticar um psiquiatra que ajude” essa pessoa. Também o presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, Vaz Serra, indica ao mesmo jornal que é “uma realidade clínica” que há pessoas que desejam mudar de orientação sexual e que “nestes casos o que se coloca é o respeito pela liberdade pessoal”. (Uma nota do PortugalGay.pt: já em relação às pessoas transexuais a questão da liberdade pessoal parece ser completamente esquecida ficando as decisões sobre operações na mão exclusiva dos médicos).
Vem agora a Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica esclarecer que a "orientação sexual não heterossexual não é doença" e que tanto a Associação Americana de Psiquiatria como a Organização Mundial de Saúde, condenam "explicitamente qualquer tentativa daquilo a que alguns chamam reorientação ou reconversão".
No comunicado indicam que a forma de evitar o sofrimento que algumas pessoas LGB são sujeitas deve ser feito pela "mobilização de agentes educativos, cidadãos e técnicos para a luta por um sociedade mais justa, não discriminatória e não homofóbica".
O comunicado conclui que um técnico de saúde que "não se sinta capacitado para intervir de acordo com as orientações clínicas e éticas internacionais, por dificuldades pessoais em face da situação ou falta de formação adequada, é seu dever encaminhar quem o procura para os serviços, técnicos ou associações que o podem fazer, sob pena de trair a confiança que em si foi depositada."
O comunicado é subscrito pela Direcção da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica que inclui Pedro Nobre, Júlio Machado Vaz, Ana Carvalheira Santos, Jorge Cardoso, Patrícia Pascoal, Sandra Vilarinho e Tiago Reis Marques.
Depois de uma notícia onde profissionais de saúde afirmavam poder "reajustar" a orientação sexual, vem agora a Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica esclarecer que tal não é aceitável em termos clínicos e éticos.
Tudo começou com um artigo do jornal Público onde se apresentava a situação de clínicos que "ajudavam" pessoas homossexuais e bissexuais a deixarem de o ser. A situação era mais grave pois alguns dos clínicos citados tinham responsabilidades em termos médicos em Portugal.
Entretanto o presidente do Colégio de Psiquiatria da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, afirmou ao mesmo jornal “se há um pedido de alguém que está em sofrimento” por causa da sua orientação sexual “não se pode criticar um psiquiatra que ajude” essa pessoa. Também o presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, Vaz Serra, indica ao mesmo jornal que é “uma realidade clínica” que há pessoas que desejam mudar de orientação sexual e que “nestes casos o que se coloca é o respeito pela liberdade pessoal”. (Uma nota do PortugalGay.pt: já em relação às pessoas transexuais a questão da liberdade pessoal parece ser completamente esquecida ficando as decisões sobre operações na mão exclusiva dos médicos).
Vem agora a Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica esclarecer que a "orientação sexual não heterossexual não é doença" e que tanto a Associação Americana de Psiquiatria como a Organização Mundial de Saúde, condenam "explicitamente qualquer tentativa daquilo a que alguns chamam reorientação ou reconversão".
No comunicado indicam que a forma de evitar o sofrimento que algumas pessoas LGB são sujeitas deve ser feito pela "mobilização de agentes educativos, cidadãos e técnicos para a luta por um sociedade mais justa, não discriminatória e não homofóbica".
O comunicado conclui que um técnico de saúde que "não se sinta capacitado para intervir de acordo com as orientações clínicas e éticas internacionais, por dificuldades pessoais em face da situação ou falta de formação adequada, é seu dever encaminhar quem o procura para os serviços, técnicos ou associações que o podem fazer, sob pena de trair a confiança que em si foi depositada."
O comunicado é subscrito pela Direcção da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica que inclui Pedro Nobre, Júlio Machado Vaz, Ana Carvalheira Santos, Jorge Cardoso, Patrícia Pascoal, Sandra Vilarinho e Tiago Reis Marques.
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