A noite toma de seus véus e descalça
sob as sombras que deles germinam, recolhe as horas,
e como em um útero ignoto
nela descansam os homens;
fatigados pela lida do dia se entregam
ao seu silêncio que entorpece,
como o reverso de um bálsamo.
Mas, meu espírito reluta em se vestir
com o olhar de Morfeu que o confronta...
E, eis que aqui me tenho insone/à espera
da aurora]
com temor símile ao de um condenado;
ao ver a se esmaecer como púmblea penumbra/em face
do apolíneo lume, o aroma do corpo do amado,
sobre os lençóis de meu leito, ali retido
como uma libação à presença de Eros.
Bem sabes tu, como a manhã vindo a ter comigo,
adentrando em meu quarto, por vezes me encontrou
a vislumbrá-la, espreitando suas mãos
como se fossem as de um ladrão, e para as quais
devesse semear resistência,
para não ter os últimos rastros/de tua presença por ela arrebatados.]
Tomo de teu corpo como a um cais...
Onde o meu ébrio de caos encontra repouso.
Meus gestos refletem a ânsia da primeira carícia
que fiz na face tua, agora tintos da febre
dos que ao Amor deram suas armas,
para que delas ele fizesse seus despojos.
Sobre os quais se enraizasse como vencedor único,
capaz de dobrar as mãos de Chronos
e de fender o flébil manto de Hades.
(Teresina, 13/05/09)
Este poema é de minha autoria, o dedico para aquele que tem sido ao meu lado uma grande força.
''...eu escondi seu nome por amor..."[Cazuza]
(O moderador)
Um comentário:
cara mui legal oq vc fez ta abraços
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