quinta-feira, 30 de abril de 2009

Estados Unidos criminalizam a homofobia

Fonte:

Por Redação 30/4/2009 - 17:56

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Foi aprovado na quarta-feira (29/03) a lei federal de Prevenção aos Crimes de Ódio, também conhecida como lei Matthew Shepart (jovem vítima de crime brutal e homofóbico) pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. A partir de agora todo o território norte-americano passa a punir crimes motivados pela identidade de gênero, orientação sexual e deficiência.

O projeto será apresentado ao Senado pelo democrata Edward Kennedy, que é senador pelo Estado de Massachusetts. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apoia o projeto. Pouco tempo antes da votação da lei na Câmara dos Representantes, o presidente Obama soltou nota oficial, onde pedia aos "membros de ambos os lados (Democratas e Republicanos) a pensarem bem e votarem pela proteção dos cidadãos de quaisquer atos violentos e de intolerância".

Uma congressista republicana da Carolina do Norte, Virginia Foxx, que se opunha à lei, foi obrigada a pedir desculpas públicas, pois disse que o assassinato do jovem foi trote para justificar a criação da lei. Ela também defendia que o menino havia sido assassinado em um assalto. Posteriormente, a Republicana disse ter feito uma "má escolha de palavras" e defendeu prisão perpétua aos assassinos de Mathew Shepard.

Além dela, há outros opositores à lei, em sua maioria líderes religiosos. Eles dizem que a lei vai dividir a América. Em um argumento muito semelhante ao usado pelos fundamentalistas brasileiros, a bancada religiosa norte-americana se diz contra a lei, pois entende que agora líderes religiosos não mais poderão criticar o estilo de vida gay e para eles isso é censura. O líder da bancada fundamentalista, o republicano e texano Lamar Smith, disse que a "lei é inconstitucional e não será aprovada".

Símbolo da intolerância

Em 1998, no mês de outubro, Matthew Shepard foi encontrado por ciclistas em estado de coma num poste de madeira. As pessoas que o encontraram disseram na época que o menino estava desfigurado. O crime brutal ganhou destaque nacional, com direito a uma fala pública do presidente à época, Bill Clinton.

Matthew foi abordado na saída do bar Fireside Lounge por Aaron McKinney e Russel Henderson, 22 e 21 anos respectivamente, dizendo para ele que também eram gays, porém, o encurralaram e o espancaram até a morte. Os assassinos foram condenados a prisão perpétua.

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"Ditador homofóbico não é benvindo ao Brasil", diz ABGLT em nota oficial

Fonte:
Por Redação 30/4/2009 - 13:57


Em nota oficial a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) repudia visita do presidente/ditador do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que chega no Brasil na próxima quarta-feira, dia 06/05. A entidade ressalta que o "Brasil é um país democrático" e que o atual governo tem reconhecido a luta pelos Direitos Humanos e também a livre orientação sexual e identidade de gênero.

Porém, faz um contraponto à presença do pressença iraniano e às leis de seu país. "O Irã é um Estado que persegue e pune seus cidadãos em virtude de sua orientação sexual e que não reconhece a igualdade de gênero (perseguindo as mulheres) - e não assegura direitos fundamentais de seus habitantes - como o direito à liberdade de expressão ou de organização social, política ou partidária", diz a nota.

A entidade considera triste a presença de um presidente "que tem ganhado notoriedade mundial por suas declarações homofóbicas, sexistas e racistas". E pontua que o "Irã é um dos poucos países no mundo que ainda consideram a homossexualidade um crime, que é punido com a pena de morte. No Irã, mulheres julgadas como 'adúlteras' (entre outros "crimes") são apedrejadas até a morte, assim como jovens gays são enforcados pelo simples fato de amarem outros homens".

Dessa maneira, a ABGLT, que se propõe a defender os "direitos humanos, a pluralidade, a laicidade do Estado, a democracia, o princípio da igualdade e o respeito à diversidade, repudia a presença do presidente do Irã em território brasileiro". E segue dizendo que protesta contra a "presença deste senhor homofóbico e assassino de mulheres em nosso país. Convocamos o movimento LGBT a promover ações de protesto, em todo o país, nos manifestando contra Ahmadinejad".

Confira a seguir a nota de repúdio de íntegra:

Ditador homofóbico não é benvindo ao Brasil
Ditador homofóbico não é benvindo ao Brasil !
ditador homofóbico não é bem vinhdo ao bras

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad estará em nosso país, em visita oficial, no próximo dia 6 de maio, quando será recebido pelo presidente Lula.

Neste momento, é importante ressaltar que o Brasil é um país democrático, que tem levado aos fóruns internacionais firmes propostas de reconhecimento dos direitos humanos, como, por exemplo, a posição de reconhecer que a livre orientação sexual e identidade de gênero são elementos constitutivos na construção de uma ordem mundial justa, baseada na dignidade e na pluralidade.

Ao contrário, o Irã é um Estado que persegue e pune seus cidadãos em virtude de sua orientação sexual e que não reconhece a igualdade de gênero (perseguindo as mulheres) - e não assegura direitos fundamentais de seus habitantes - como o direito à liberdade de expressão ou de organização social, política ou partidária.

Pior ainda, o presidente Ahmadinejad tem ganhado notoriedade mundial por suas declarações homofóbicas, sexistas e racistas. O Irã é um dos poucos países no mundo que ainda consideram a homossexualidade um crime, que é punido com a pena de morte! No Irã, mulheres julgadas como "adúlteras" (entre outros "crimes") são apedrejadas até a morte, assim como jovens gays são enforcados pelo simples fato de amarem outros homens.

Ahmadinejad consegue ser ainda mais cruel e desprezível. O presidente do Irã insiste em propagar barbaridades. Declara, por exemplo, que não existem homossexuais em seu país. E frequenta fóruns internacionais onde se notabiliza por afirmações que negam o Holocausto - um desatino histórico, que ofende a memória e a dignidade de milhões de pessoas.

Por defender os direitos humanos, a pluralidade, a laicidade do Estado, a democracia, o princípio da igualdade e o respeito à diversidade, é que a ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, cuja meta é promover a cidadania e defender os direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, contribuindo para a construção de uma democracia sem quaisquer formas de discriminação, afirmando a livre orientação sexual e identidades de gênero) repudia a presença do presidente do Irã em território brasileiro.

Somos um país democrático, plural, multi-étnico, que reconhece e promove a diversidade cultural, racial e os direitos humanos. Compreendemos e apoiamos a política externa independente e soberana do governo federal, que promove uma interação sul-sul.

Mas, repudiamos veementemente a presença do ditador do Irã no Brasil.

Protestamos contra a presença deste senhor homofóbico e assassino de mulheres em nosso país. Convocamos o movimento LGBT a promover ações de protesto, em todo o país, nos manifestando contra Ahmadinejad. Cada gesto, cada protesto, cada manifestação vai se somar em uma grande corrente nacional.

Que fique claro: o Brasil é um país democrático, que promove os direitos humanos e a cidadania LGBT. Ditadores fundamentalistas não são bem-vindos aqui!

Liberdade para o povo do Irã!

Homossexualidade não é crime!

Pelo reconhecimento dos direitos humanos no Irã!

Fora Ahmadinejad!

Toni Reis
Presidente da ABGLT

terça-feira, 28 de abril de 2009

Revista Época traz matéria sobre preconceito sofrido por alunos LGBT em escolas brasileiras

Fonte:


http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/6_77_72372.shtml

Por Redação

Na edição desta semana, a revista Época publicou uma matéria sobre a maneira como alunos homossexuais são tratados em escolas brasileiras. Citando casos como o de um transexual paulista que só conseguiu se matricular em uma escola para alunos com deficiência, a revista aponta que a rede educacional brasileira de maneira geral vê a homossexualidade, e não o preconceito, como um problema.

A reportagem conta ainda o caso de um estudante do interior paulista que move uma ação contra a Secretaria de Educação depois que um professor recusou-se a entregar-lhe uma apostila alegando que "bichinhas não precisariam desse material".

A Época repercute uma série de entrevistas feitas por militantes gays em seis capitais revelando que a escola é o primeiro ou segundo lugar onde homossexuais sofrem preconceito. "Há um muro de preconceitos que impede as pessoas de aceitar os homossexuais: eles são promíscuos, não têm família, morrem de aids. Quando se veem diante de um aluno gay, os professores e diretores simplesmente não sabem como agir", disse à revista o ativista Beto de Jesus.

Para Anselmo Figueiredo, diretor do Centro de Apoio e Solidariedade a Vida e que ministrou uma oficina sobre homossexualidade para alunos da mesma escola piracicabana em que um aluno gay foi agredido por 10 colegas, o preconceito contra LGBT no ambiente escolar só vai diminuir com trabalhos constantes e interferência da equipe docente no caso de abusos
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IRAQUE: Super-cola e laxantes para homossexuais - Segunda-feira, 27 Abril 2009

Fonte:
http://portugalgay.pt/news/270409H/IRAQUE:_Super-cola_e_laxantes_para_homossexuais

Depois dos vários relatos de execuções por milícias, familiares, tribos e até entidades governamentais a última macabra novidade no país é a utilização de super-cola no ânus por parte de esquadrões da morte.

A Human Rights Watch confirmou em 20 de Abril o novo método utilizado para oprimir a população gay.

Homens homossexuais são capturados, o ânus fechado utilizando um tipo de super-cola, depois são obrigados a ingerir uma substância que promove a diarreia e alguns morrem no processo.

Há relatos que vídeos de telemóveis da macabra prática estão em circulação no Iraque.

De acordo com os relatórios no terreno a cola utilizada apenas pode ser removida cirurgicamente e existem diversos médicos que tiveram conhecimento da situação.

Scott Long, director da Divisão de Direitos LGBT da HRW indicou que "as histórias da super-cola parecem ser fundamentadas - recolhemos diversos testemunhos das mesmas", enquanto falava do Iraque.

Desde o início do ano, mais de 25 homens homossexuais foram assassinados em Bagdad por milícias ou membros de tribos que se consideram desonradas. De acordo com a associação LGBT local (Iraqui LGBT) pelo menos 63 dos seus membros foram torturados. Adicionalemnte a associação afirma que cinco ou seis membros do grupo foram sentenciados à pena capital pelo governo pelo alegado crime de pertencerem a uma organização banida. De acordo com o Senador do EUA, Jared Polis, pelo menos um dos homens foi executado e outro conseguiu fugir da prisão.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Gay entra na Justiça para reaver bens de companheiro falecido

Fonte:
Por Marcelo Hailer 24/4/2009 - 17:07

Parece roteiro de cinema, mas não é. G. (o entrevistado optou por não revelar o nome) manteve uma relação homossexual por mais de 18 anos. "Esse é o tempo de casamento, sem contar a época de namoro", lembra G. ao falar sobre seu companheiro que faleceu no ano passado. "Uma semana depois minha cunhada disse que eu teria que deixar a casa, na verdade eu fui posto na rua feito um cachorro", continua.

Juntos, G e seu companheiro constituíram um lar e adquiriram bens, porém, como a maioria dos casais gays, não tinham documentos em conjunto e apenas os amigos para comprovar que foram um casal. Por esse motivo, a família do companheiro de G. tomou todos os bens de ambos e o expulsou de casa. "A irmã dele nunca nos deu um centavo, muito pelo contrário, agora está lá na nossa casa", conta. No dia em que G. foi parar na rua, os familiares de seu companheiro chegaram até a pegar suas roupas. "Jogaram tudo na calçada. Os meus sapatos eles não devolveram, apenas parte das roupas", relembra.

Hoje, G não tem mais casa, emprego e vive do favor "de alguns amigos". Da família só tem contato com o irmão "Mas ele não tem como me ajudar", conta. Desempregado há meses, nosso entrevistado diz que não consegue trabalho "nem como faxineiro". G. sofreu forte abalo psicológico na época. "Eu achava que ia morrer, tinha medo de pegar ônibus", afirma ele ele, acrescentando que só conseguiu superar o trauma ao participar de terapia em grupo e passar por um acompanhamento psicológico.

No momento, G. tem o apoio jurídico do Grupo Matizes do Piauí, onde mora. Com ajuda da entidade, entrou com recurso no Instituto de Previdência do Município de Teresina (IPMT), requerendo pensão por morte de seu companheiro. Marinalva Santana, do Matizes, diz que a pensão é possível e mais fácil de conseguir, porém, reaver a casa "é mais difícil", pois será necessário um processo de colhimento de provas e depoentes que possam comprovar a relação.

Vitoriosa
Telma Oliveira, 37, passou por experiência parecida mas, felizmente, com desfecho mais feliz. A agente de saúde foi casada por nove anos com a sua companheira, que também era funcionária pública e faleceu vítima de câncer em 2007. "Após um mês da morte dela, apareceu aqui a irmã dela com um caminhão, elas entraram e começaram a levar tudo", conta. Desesperada, Telma lembra que implorou para não levarem todas as suas coisas e que a deixassem dormir naquela noite em casa.

Com a ajuda dos vizinhos, ela fez Boletim de Ocorrência na Delegacia das Minorias. Assim como G., Telma conta que ficou surpresa com a reação dos familiares, pois eles mantinham boa relação com o casal. A servidora pública também tem o apoio do Grupo Matizes e já obteve a primeira vitória. "Conseguimos provar que éramos um casal e o IPMT me garantiu o direito à pensão", revela. Em relação a casa, uma audiência será marcada e Telma está otimista, pois já conseguiu provar que ela e a companheira constituíam família.

Marinalva Santana diz que tais situações são muito comuns e atingem todas as classes sociais de casais homossexuais. A respeito disso, ela conta uma história parecida com a de Telma. "Uma professora de História de universidade ligou aqui pedindo orientação, pois também é casada", lembra. A ativista ressalta que há "falta de informação" e por causa disso os casais ficam sujeitos a esse tipo de situação. Para suprir esta lacuna, a diretora do Grupo Matizes adianta que o grupo lançará em maio uma campanha para orientar os casais gays, cujo lema será "Viva o amor sem medo".


sexta-feira, 24 de abril de 2009

Por um lugar ao sol. Livro-Reportagem de Neto Lucon



Em breve neste ano, será lançado um trabalho de uma singularidade ímpar, trata-se do trabalho do jornalista Neto Lucon, que aborda em seu livro uma realidade pouco difundida pela mídia: a de que as travestis podem sim atuar com dignidade dentro da sociedade, fora do contexto masi difundido como sendo o seu lugar mais cabível, ou seja, o da prostituição. Ele nos apresenta de maneira instigante a realidade das travestis que estão inseridas no mercado formal de trabalho, nos mais variados cargos, mostrando que elas não fivcam nada a dever em relação se põem como mais capazes de serem produtivos dentro do mercado, pelo fato de estarem "fora" de sua vivência de gênero, como se ser travesti fosse uma negação da humanidade da pessoa que assume tal identidade. É um trabalho inovador, ainda mais pelo fato de ser um jornalista - que dentro do cerne da mídia que muitas das vezes cimenta preconceitos - o escreve para romper com os mesmos. Vale a pena lê-lo...salve salve Neto Lucon, salve Por um lugar ao sol! (o moderador).

"Temos que andar juntos com os partidos", diz vereador gay Sander Smaglio.

Fonte:
Por Marcelo Hailer 21/4/2009 - 20:16

Sander Smaglio (PV) foi eleito vereador pela cidade de Alfenas no ano passado. Convidado pela organização do III Congresso da ABGLT a palestrar, o político concedeu uma entrevista exclusiva ao site A Capa.

No bate-papo com a reportagem ele defende que a militância gay se politize e se aproxime mais dos partidos políticos para, dessa maneira, ocupar os espaço de decisões de políticas públicas e assim avançar a questão gay no que tange o legislativo.

O mineiro tambem se mostrou contrário à proposta de Luiz Mott, antropólogo e fundador do Grupo Gay da Bahia, que defendeu que LGBTs "matem em legítima defesa". Para o vereador "não é assim que vamos conquistar a paz". "Daqui a pouco vão querer propor um projeto para financiar armas e eu sou totalmente contra", declarou. Na entrevista ele também revela que almeja chegar a prefeitura de sua cidade e que sairá candidato a deputado pelo Estado de Minas Gerais. Confira a seguir entrevista na íintegra.

Como os vereadores de sua cidade receberam o seu mandato?

Nós temos uma grande vantagem pelo trabalho anterior feito, não só na militância gay mas, sempre militei na questão dos Direitos Humanos. Por isso cheguei na Câmara com muito respeito. Inclusive fui eleito o primeiro secretário da mesa. Então, chegamos com certo respeito devido ao trabalho anterior. Isso, independente de ser gay ou hétero.

Como é a questão da homofobia em Alfenas?

Alfenas é uma cidade interiorana de 70 mil habitantes do Estado conservador que é Minas Gerais. Tem uma vantagem por ser uma cidade universitária e por isso tem uma cabeça mais aberta. Mas o movimento gay organizado de lá, que já tem nove anos, fez com que a cidade repensasse essa questão. Hoje Alfenas tem muita informação sobre o movimento gay e direitos humanos. Nós temos uma revista (Diversidade) que mantém o pessoal atualizado, temos a semana da diversidade que, além da parada, fazemos uma série de debates e estamos juntos com o movimento negro, de mulheres, conselhos municipais. Então a homofobia em Alfenas não é tão gritante como em outras cidades e acho que prova de que a cidade não é tão homofobica é que elegeu um vereador gay. E eu acabei de entrar com projeto, no dia 6 de abril, que cria o dia municipal de luta contra a homofobia.

Acredita que será aprovado?

Acredito que passa porque parte de um vereador sério, porque tenho uma história de luta. Não cheguei do nada. Então, por conta disso, acredito que passa tranquilo.

O que você achou da campanha do Luiz Mott, "Mate em legitima defesa"?

Sou contra. Se a gente quer paz não é assim que vamos conquistar. Daqui a pouco vão querer propor um projeto para financiar armas e eu sou totalmente contra. Nós só vamos vencer a homofobia com políticas públicas e o principal para mim é que nós precisamos nos organizar mais, nos politizar mais, demarcar território, se aliar a partidos. Pois, quem define política pública são os parlamentares e se você não está dentro das Câmaras e Assembleias não acontece nada. Começa um congresso e termina e nada acontece. Precisamos participar da vida política do pais e para isso você tem que estar inserido na política. O que não podemos deixar acontecer é o discurso de governo tomar conta da gente. Por exemplo, se na Câmara de Alfenas não tivesse um vereador gay, será que teríamos um projeto para criar um dia contra a homofobia?

Gay deve votar em gay?

Não devemos votar em gay por ser gay. Antes de eu ser eleito nos tínhamos um gay candidato em Alfenas que era uma figura folclórica, uma figura caricata e nós do movimento gay não apoiamos e não votamos. Ele foi eleito e nunca falou a palavra gay na Câmara. Foi eleito com 3 mil votos e quando tentou a reeleição teve 200. Por isso eu não voto em gay por ser gay. Temos que votar em gay ou em hétero compromissado verdadeiramente com a nossa bandeira. Mas é difícil eleger candidatos do movimento gay, de todos que foram eleitos o único do movimento sou eu. Você pode observar que a Moa e a Léo Kret são figuras caricatas.

Você almeja ser prefeito?

Com certeza. Em 2010 sou candidato a deputado Estadual pelo Partido Verde (PV).

Como é a questão gay no PV?

É muito nova e inclusive eu estou fundando em Alfenas o setorial LGBT do Partido Verde. O PV fora do Brasil é mais moderno. Agora no Brasil é muito novo porque os militantes não estão dentro dos partidos e quando estão, estão dentro dos partidos de esquerda: PT, PSTU, PSOL e PCdoB. E, no PV, nunca sofri nenhum preconceito e sou sempre convidado a participar de ações. Enquanto eu ser candidato a figura do Sander gay será uma lembrança de que o movimento está vivo.

Há uma parcela do movimento gay que prega o apartidarismo. O que você acha disso?

O nosso movimento tem uma parcela muito radical de que nós não devemos estar próximos de partidos. É claro que nenhuma Ong deve ser partidária, mas os militantes dessas organizações têm que tomar as suas posições e seria ótimo se dentro uma Oong tivesse um do PV, do PT e do PSTU. Nós temos que tomar as nossas posições e nossos lados. Inclusive para ocuparmos nossos espaços. Para isso você precisa do partido. Temos que andar juntos com os partidos. Veja os evangélicos, eles são maioria nas assembleias. E se eles estão crescendo, nós também temos que crescer e nos organizar em frentes.

Miss perde concurso após declarar ser contra o casamento homossexual


Fonte:

http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=7912

Por Redação 22/4/2009 - 13:06


"Isso me custou a coroa". Foi esta a declaração da candidata a miss Estados Unidos, Carrie Prejean, após ter afirmado ser contra o casamento entre homossexuais, durante o concurso de beleza.

Realizando no último domingo (19/04), o concurso elegeu a miss Carolina do Norte, Kristen Dalton. Sobre a derrota, Carrie afirmou que só perdeu por ter admitido ser favorável apenas ao matrimônio entre homens e mulheres. "Eu não aceitaria dizer qualquer outra coisa. Eu disse o que eu sinto. Eu dei uma opinião que é verdadeira comigo mesma e isso é tudo o que eu posso fazer", disse Carrie.

"Ela perdeu por causa desta resposta. Ela era definitivamente a favorita até então", disse o blogueiro Perez Hilton, um dos jurados da competição.

A gafe da candidata foi justamente na hora de responder à pergunta de Perez que, por sorteio, questionou a miss se ela era a favor do casamento gay.

"Nós vivemos em uma terra onde você pode escolher casamento do mesmo sexo ou entre opostos", afirmou ela. "Mas você sabe, em meu país, em minha família, acredito que o casamento deveria ser entre um homem e uma mulher. Isso não é nenhuma ofensa às outras pessoas, mas é como eu fui criada", concluiu.

Perez Hilton ficou "arrasado" com a resposta de Carrie. Segundo ele, a opinião da miss "alienou milhões de americanos gays e lésbicas, suas famílias e seus apoiadores".

Professora conta como derrubou preconceitos ao assumir transexualidade

Fonte:

http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=7936&target=_self&titulo=Professora+conta+como+derrubou+preconceitos+ao+assumir+transexualidade



Por Paco Llistó 24/4/2009 - 11:38


Professora nos ensinos primário, fundamental e médio em Embu das Artes, Geanne Greggio, 32 anos, se transformou em um dos principais nomes na defesa dos direitos de travestis e transexuais nessa pequena cidade da Grande São Paulo.

Nascida em Jaboticabal, interior do Estado, Geanne é uma figura singular. Articulada e extrovertida, ela usa sua inteligência para conquistar admiração. O fato de ter assumido sua mudança de sexo apenas aos 23 anos não chega a incomodá-la. Ela defende que sua decisão teve um motivo: queria ser antes respeitada por sua história de vida do que por sua simples condição de travesti.

Em entrevista exclusiva ao site A Capa, Geanne fala um pouco sobre sua trajetória, explica por que acredita que o estigma contra as travestis pode ser derrubado e conta como enfrentou o preconceito ao assumir sobre transexualidade. Leia a seguir.

Me conte um pouco sobre você. Soube que sua história é um pouco diferente da outras travestis...
Eu nasci no interior de São Paulo, em Jaboticabal. Fui uma criança que brincava muito, era bem moleque para ser sincera. Sou caçula de uma família de quatro irmãos e sempre fui muito independente. Toda a minha família me apóia.

Você é professora da rede pública em Embu das Artes. Como surgiu o interesse em se dedicar à educação, mesmo sabendo que esse meio ainda é muito preconceituoso?

Eu fiz faculdade muito cedo. Estudei Letras por opção e também para realizar o sonho de minha mãe, que sempre quis ter uma filha professora. Foi aí que me encontrei. Aos 19 anos já estava dando aulas no interior e, mais tarde, me mudei para Embu das Artes. Era para eu ficar apenas um ano e estou aqui há 10. Vim para cá como homem, foi só quando completei 23 que eu decidi pela mudança. Deixei os cabelos crescerem, fiz laser para tirar alguns pelos e fui mudando gradativamente. Esse processo durou mais ou menos três anos. A maioria das travestis começa bem cedo e depois não consegue encarar a sociedade. Elas trabalham em empregos comuns, o que nunca foi meu objetivo: resolvi estudar primeiro, me estabilizar. Aqui em Embu sou professora do Estado, dou aulas de português e inglês, e na Prefeitura sou coordenadora de uma escola.

Como seus colegas de trabalho e alunos lidam com o fato de você ser transexual? Já foi vítima de preconceito?

O preconceito existe sim, em todo o lugar, mas quando você tem um objetivo e mostra para as pessoas que tem um lado profissional, elas acabam te respeitando. Estou na educação há 11 anos e aprendi a lidar com isso. Os alunos, pais e direção me respeitam, embora eu ainda tenha dificuldade com os outros professores e diretores. Pais e alunos sempre me olharam como eu os trato e, se você age dessa maneira, você recebe isso de volta. Essa é a base da minha vida profissional.

De que forma você luta contra esse preconceito? Como acredita que ele pode ser abrandado em todas as esferas da sociedade?

Eu acredito que o preconceito pode ser combatido, pois a partir do momento que as pessoas conhecem melhor uma travesti ou transexual que trabalha, que é profissional, elas acabam olhando com outros olhos. Trabalhar na formação de cidadãos conscientes e críticos faz parte da minha profissão. Que tipo de ser humano quero formar? Um ser humano crítico, um ser pensante e sem preconceitos.

Recentemente, a imprensa noticiou o caso do professor no DF que foi demitido de uma escola por tocar uma música sobre beijo lésbico. Você acompanhou o caso? Qual foi a sua reação?

Acompanhei o caso desse professor e achei um grande absurdo. Tanto a música ("I Kissed a Girl") quanto a cantora (Katy Perry) fazem parte do cotidiano dos adolescentes. Não vejo mal nenhum trabalhar a diversidade. Realmente, foi um ato de discriminação. Como professora, não posso aceitar o fato e ficar calada.

Como governo e a sociedade civil podem contribuir para a total inserção de travestis e transexuais no mercado de trabalho?

O Governo poderia abrir mais espaço nas escolas, trabalhar melhor o corpo docente e prepará-lo para essa realidade. As ONGs poderiam oferecer mais cursos profissionalizantes para que as travestis possam ter mais emprego e outras opções além da prostituição.

Li que você nunca se prostituiu e acredita que a prostituição de certa forma contribui para a estigmatização das travestis. Ao seu ver, como é possível derrubar esse estigma?

Não tenho nada contra quem faz, mas tudo depende da visibilidade que você quer ter. Se quiser ser tratada como uma pessoa comum, então faça coisas como uma pessoa comum. Invista num trabalho, estude, constitua uma família. Infelizmente, a sociedade sempre associa as travestis à prostituição. Eu quebrei muitos pré-conceitos e derrubei esse estigma provando que você pode ser diferente, que existe um outro lado também, mais sério.

Você já conseguiu mudar seu nome no R.G.? Em qual passo você se encontra nessa batalha?

Estou no processo de mudança do meu nome. Dei entrada há pouco tempo, mas meu advogado está confiante e tenho certeza que sairei vitoriosa.

Você já pensou em se submeter à cirurgia de mudança de sexo? Por quê?
Ainda não me vejo preparada para isso e, mesmo sem a operação, nunca deixei de me sentir mulher. O fato de ser mulher não recai apenas na genitália, está na alma, no coração.

Entrando um pouco na sua vida pessoal, você namora? Assume seu relacionamento para colegas e amigos?

Sou casada há três anos, tenho um marido que me respeita como mulher e me vê como mulher. Ele me assume para a família, amigos, em todos os lugares. Nunca me tratou de forma diferente, muito pelo contrário.

Você acha que tornar pública sua vida pessoal te prejudica de alguma maneira?

Ser uma pessoa pública ajuda a desmistificar que toda travesti só faz programa, que usa drogas e se marginaliza. Eu faço tudo isso exatamente para mostrar para as pessoas que existe um lado sério, profissional, emocional, enfim, um ser humano como qualquer outro e que merece respeito.

O que diria para as outras travestis, que, diferentemente de você, têm medo de lutar por seus direitos?

Só conseguiremos alcançar nossos objetivos lutando, combatendo a discriminação com políticas corretas para nossa classe, exigindo e dando respeito. Acho que devemos aparecer mais, ter mais espaço na mídia e mostrar para as pessoas que ninguém é obrigado a aceitar nada, mas respeitar. Todos queremos lutar e conquistar espaço!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Vídeo autoral: Voz de Ganimedes, pelo combate ao preconceito e a homofobia.

Este é o trabalho que comecei a desenvolver ontem...disponibilizo aqui ele já em sua edição final. (o moderador).

"Mate em legítima defesa", diz Luiz Mott em debate sobre segurança pública

Por Marcelo Hailer 20/4/2009 - 11:05

Fonte:

http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=7901

Em debate sobre segurança pública realizado na tarde de domingo (19/04) durante o III Congresso da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), o antropólogo e fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), Luiz Mott, polemizou ao defender que homossexuais matem em legítima defesa. Mott discorria sobre como os homossexuais podem evitar "dormir com o inimigo" e dava dicas de segurança.

Ao falar sobre o seu levantamento anual de quantos homossexuais foram vitimas fatais de homofobia, ele foi enfático ao dizer que o Brasil Sem Homofobia "não funciona" e que as 500 propostas tiradas da Conferência Nacional LGBT "não têm diminuído a morte de homossexuais e travestis". Por conta disso, o professor afirmou ser necessário uma mudança de postura. "Se na próxima pesquisa esse numero aumentar, nós temos que radicalizar. E para isso vamos fazer uma campanha onde diremos 'Mate em legitima defesa, se proteja'", declarou o ativista. Vale lembrar que o relatório do antropólogo divulgado na semana passada, registrou em 2008 um aumento de 55% no número de mortes de gays em relação a 2007.

A declaração de Mott causou mal estar e dividiu opiniões. Algumas pessoas da plateia o chamaram de "terrorista". Outros disseram que ele "arrasou" com a ideia. Claudio Nascimento, do grupo Arco Íris, disse que o levantamento de Mott é "fundamental" e o único feito no pais, mas ameaçou "solicitar ao congresso que intervenha" se o antropólogo realmente levar a ideia adiante, ou apresentar algum tipo projeto. "Não é esse o caminho", afirmou Nascimento.

Caio Varela, assessor parlamentar da senadora Fátima Cleide (PT-RO) também discordou da ideia do professor Mott. "Ele não entende que amanhã uma bicha lá do fim do mundo pode ler isso em algum site ou jornal e cometer um crime", declarou. Também disse que tal colocação é "capitalista e individualista". "O que eles querem? Uma polícia específica para LGBT? Segurança pública tem que contemplar a todos. Acredito que o Mott está querendo chamar a atenção", analisou. Para concluir Caio disse que se existisse pena de morte em nosso país "os LGBTs seriam os primeiros a serem executados". "Imagina, você chegar em uma travesti e dizer, 'se sentiu ameaçada? Vai la e mata'", finalizou o assessor.

Eduardo Barbosa, do programa nacional de DST/Aids disse que a proposta é "totalmente descabida" e "contraria qualquer tipo de política publica voltada para os direitos humanos". Toni Reis, presidente da ABGLT, acredita que "isso é um factoide baratíssimo". "A ABGLT é contra esse tipo de proposta, somos pró-vida e pró Direitos Humanos", afirmou. Nascimento voltou a criticar a campanha de Mott, ao afirmar que a sugestão é "panfletaria e sem valor".

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Polícia do Piauí desvenda assassinato de gay que mobilizou até a Embaixada nos EUA

No ano passado ocorreu um caso bárbaro de assassinato motivado por homofobia,aqui no Piauí poucos dias depois da Parada da Diversidade, o material que divulgo aqui neste post data de 6/2/2009. (o moderador)




Fonte:

http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/6_77_71146.shtml


Por Redação

A Polícia Civil do Piauí conseguiu desvendar um dos crimes considerados mais perversos no Estado: o assassinato do homossexual Raimundo de Sousa Santos, 29, também conhecido por Cínara. Os policiais conseguiram prender o acusado de ser o assassino de Cínara, Tiago Pereira da Silva (foto), o Tiago Vigarista, depois de ouvir um colega dele. Dependente químico e já com outras passagens pela polícia por roubo, Tiago está agora detido na Casa de Custódia da cidade, à disposição da Justiça, depois de ter sido presou por roubo.

A polícia investigava o crime desde agosto do ano passado. Os fatos começaram a ser esclarecidos quando os policiais ouviram o também dependente químico Jorge Luiz Gomes de Andrade, vizinho de Tiago Vigarista. Preso por roubo, ele negou participação no crime, mas disse que quem poderia saber mais sobre o assassinato seria seu colega Jean Alves do Nascimento, também amigo de Tiago.

No último dia 20, Jean foi ouvido e apontou Tiago como sendo o assassino de Raimundo. Segundo ele, Tiago e Cínara tinham uma rixa de drogas não-resolvida: Cínara teria pegado o dinheiro da venda de um celular de Tiago e trocado por crack sem lhe dar o dinheiro do aparelho. A polícia não descarta que os três estejam envolvidos na morte.

O caso
Na manhã de 31 de agosto de 2008, Raimundo foi encontrado morto nas Hortas Comunitárias do Dirceu Arcoverde II, na Avenida Noé Mendes, na Zona Sudeste de Teresina. Ele tinha levado pelo menos 20 facadas, foi amordaçado, teve os pés e as mãos amarradas, estava completamente despido e com um pedaço de madeira fino enfiado no ânus.

O crime obteve repercussão internacional pela forma cruel como foi praticado. Até a Embaixada Brasileira nos Estados Unidos encaminhou um documento ao juiz da 2ª Vara do Júri de Teresina, Carlos Augusto Nogueira, pedindo empenho no caso, no sentido de que fosse feito um trabalho minucioso para identificar a autoria do crime.


Pai-de-santo gay assumido é morto a golpes de facão na Bahia

Fonte:

http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/6_77_72226.shtml


15/4/2009

Por Redação


O corpo do pai-de-santo e cabeleireiro homossexual assumido Jairo Bispo dos Santos, 35, foi encontrado morto com golpes de facão na madrugada da última terça-feira, 14, na Estrada da Base Naval de Aratu, no bairro de Paripe, Subúrbio Ferroviário de Salvador. A Polícia Militar acredita que ele foi vítima de uma emboscada e suspeita principalmente que o assassino seja algum homem com quem Jairo tinha relações mais íntimas.

Segundo a 5ª Delegacia, que investiga o caso, Jairo tinha ido a uma festa e decidiu voltar para casa por volta das 2h30, sendo que logo depois, às 3h, ele teria sofrido uma emboscada e morto a golpes de facão. Os ferimentos foram bem graves e ele morreu na rua, sem tempo de ser levado ao hospital para ser socorrido.

Mesmo sem indícios que comprovem a motivação do crime, a polícia trabalha com a suspeita de que o assassinato foi passional. "Tudo indica que ele foi morto por um parceiro dele, mas ainda não temos o nome nem endereço do suspeito”, explicou o delegado do caso, Deraldo Damasceno, ao portal iBahia.

Ele disse ainda que foram os moradores da região que encontraram o corpo e chamaram a polícia, mas nenhum deles quer falar sobre o caso.

Deputado paulista quer cancelar auxílio-funeral de companheiro homossexual

Fonte:

http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/6_78_72092.shtml


7/4/2009
Por Hélio Filho

Em mais uma de suas investidas contra a cidadania LGBT, o deputado evangélico Waldir Agnello (PTB), de São Paulo, pretende agora cancelar a decisão da Assembleia Legislativa que concede o benefício de auxílio-funeral para o companheiro de servidor público homossexual. Para ele, a lei garante o benefício a conjugue, companheiro ou companheira, não contemplando as relações homoafetivas.

Publicado no Diário Oficial do Poder Legislativo no último dia 26, o recurso sem nome de autoria de Agnello (PTB) questiona a legalidade e pretende anular o Ato da Mesa 4/2009, que concede o auxílio. O deputado considera um equívoco amparar o Ato no artigo 168 da Lei 10.261, de 1968, que instituiu o regime do funcionalismo público, alterado pela Lei Complementar 1.012, de 5/7/2007.

O artigo 168 garante o auxílio-funeral ao cônjuge, companheiro ou companheira ou, na sua falta, aos filhos de qualquer condição ou aos pais do servidor ativo ou inativo falecido. A Assembleia interpretou que estariam incluídas aí as relações estáveis entre pessoas do mesmo sexo e ampliou a abrangência da ajuda.

Agnello argumenta ainda que o Ato estaria cheio de vícios, principalmente de iniciativa, pois o artigo 24 da Constituição estadual dispõe que compete, exclusivamente, ao governador do Estado a iniciativa das leis que disponham sobre servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria. Ou seja, a Assembleia não poderia ter tomado essa decisão. O recurso ainda não foi apreciado.

EUA: Colorado aprova lei que beneficia casais gays

Fonte:

http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/11_101_72246.shtml

Por Redação

Bill Ritter, governador do estado americano do Colorado, aprovou na semana passada uma lei que beneficia casais homossexuais. O texto permite que qualquer cidadão designe seu companheiro como beneficiário para fins de pensão e herança, por exemplo. No caso de uma das partes estar incapacitada de tomar decisões por motivos de saúde, a outra poderá liberar ou nao a realização de procedimentos médicos, dispensando a opinião de parentes consanguíneos.

A lei entra em vigor em 1º de julho.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Estudo da Funai aponta crescente preconceito contra índios assumidos da Amazônia

Fonte:
14/4/2009

Por Redação



Uma recém-publicada pesquisa da Fundação Nacional dos Índios (Funai) revelou o dado óbvio de que existem homossexuais nas tribos indígenas do Amazonas (em um número cada vez mais crescente), mas a surpresa maior do estudo para a entidade é com relação ao recente maior preconceito que os indígenas assumidos estão sofrendo. Segundo especialistas, a aproximação das tribos com a ideologia judaico-cristã está fazendo com que a homofobia cresça no mesmo compasso do número de indígenas assumidos.

O levantamento focado enumerou que existem cerca de 30 mil índios da etnia Tikuna na região de Alto Solimões, no Tabatinga, na Amazônia. Para se ter uma ideia, somente na aldeia de Umariaçu 2 são aproximadamente 3.500, sendo que 40% tem menos de 25 anos e, dentre eles, 20 são homossexuais assumidos, o que é uma surpresa para a Funai. “Esse número cresceu em todas as comunidades. São meninos de 10, 15 anos”, conta em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo o administrador da Funai na região, Darcy Bibiano Murati.

Desde os estudos antropológicos de Darcy Ribeiro realizados no século passado é sabido que existem índios gays assumidos – inclusive travestis. Quando eles saem do armário, ou oca, no caso, passam a realizar tarefas como cuidar das crianças e realizar serviços domésticos. Além disso, muitos passam a pintar as unhas e a cuidar melhor do cabelo. Essa mudança nem sempre é bem vista pelos outros membros da tribo e pode gerar críticas e até violência – justamente o que está preocupando a Funai e estudiosos da região.

O órgão federal acredita que o número de assumidos – os “tibiras” - cresceu e fez aumentar também essa violência. Para os estudiosos da tribo Tikuna, isso é um reflexo da maior aproximação dos índios da sociedade ocidental cristã – uma verdadeira faca de dois gumes que os liberta para se assumirem ao mesmo tempo em que infla a violência contra eles
.

Na mira

Fonte:
15/4/2009

Relatório sobre mortes de LGBT aponta que crimes cresceram 55%

Por Hélio Filho



O número de assassinatos de homossexuais aumentou 55% em 2008 em relação a 2007, segundo revela a já tradicional pesquisa anual sobre crimes homofóbicos do Grupo Gay da Bahia (GGB). O Mix já tinha adiantado com exclusividade os números parciais da pesquisa. O balanço final dos crimes foi divulgado na última terça-feira, 14, em Salvador, e apresentou um número de 190 mortes de homossexuais em todo o Brasil. 13% tinham menos de 21 anos. E pelo jeito 2009 não trará boas notícias também: o estudo apontou que somente neste ano 48 homossexuais já foram mortos.

Das 190 vítimas, 64% eram gays, 32% travestis e 4% lésbicas. O Estado que lidera a estatística é Pernambuco com 27 assassinatos em 2008, seguido da Bahia com 25, São Paulo com 18 e Rio de Janeiro com 12. Com uma média de um assassinato a cada dois dias, o Brasil se torna o campeão mundial de crimes homofóbicos, seguido do México com 35 assassinatos em 2008 e Estados Unidos, que registraram 25 mortes.

Na divisão por regiões geográficas, o Nordeste continua aparecendo em primeiro lugar na lista. Com 30% da população brasileira, é responsável por quase metade (48%) do total de mortes, enquanto Sudeste/Sul aparece com 28%, seguida do Centro-Oeste com 14% e, em último lugar, o Norte é responsável por 10% dos crimes. Isso significa que o risco de um LGBT nordestino ser a próxima vítima é 84% mais elevado do que no Sul/Sudeste.

Segundo o relatório, o Estado de Sergipe é o que ofereceu "maior risco de morte para travestis e gays em termos relativos, pois contando com aproximadamente 2 milhões de habitantes, registrou 11 homicídios, enquanto Minas Gerais, 10 vezes mais populoso (20 milhões), teve 8 gays assassinados". Metade das vítimas morreu por latrocínio (roubo seguido de morte).

Documento
O GGB realiza esse levantamento desde 1980 e já documentou desde então a morte de 2.998 LGBT. O relatório investiga ainda forma com a qual as mortes ocorrem e assinala que os gays são mais freqüentemente assassinados dentro da própria casa, geralmente a facadas ou estrangulados. Já as travestis são mais executadas a tiros na rua, onde a maioria dessa população trabalha como profissional do sexo. Sobre o perfil dos assassinos, "80% são desconhecidos, predominando garotos de programa e vigilantes noturnos, 65% menores de 21 anos".

De posse desses resultados, os militantes pretendem pressionar a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República para implementar imediatamente as deliberações do Programa Brasil Sem Homofobia e da 1ª Conferencia Nacional Gays Lésbicas Bissexuais e Transexuais. Se fizerem a egípcia com eles, uma denúncia contra o Governo Brasileiro deve ser enviada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas (ONU) "pelo crime de prevaricação e lesa humanidade contra os homossexuais", diz nota distribuída pela ONG.

O levantamento é feito por meio de notícias publicadas em sites e revistas do Brasil. Como a imprensa muitas vezes não consegue cobrir todos os assassinatos, o GGB acredita que esse número de 190 mortes pode ser bem maior, isso sem levar em conta que muitos LGBT morrem todos os dias no Brasil por homofobia, mas têm suas mortes silenciadas por causa do preconceito. O Relatório de Assassinatos de Homossexuais no Brasil – 2008 é o único estudo deste tipo no Brasil, sendo usado, inclusive, por outros países para analisar como anda a questão dos direitos humanos por aqui.

Pelo jeito, esses países não terão boas notícias, já que somente 20% dos crimes tem seus autores identificados, sendo que menos de 10% são detidos e julgados. Muitas vezes eles alegam “defesa da honra” e conseguem se beneficiar com penas leves ou até mesmo a absolvição.

EUA: Bulling homofóbico leva a morte de criança de 11 anos

Quarta-feira, 15 Abril 2009 09:38 (08:38Z)

Fonte:

Carl tinha apenas 11 anos. Segundo a mãe de Carl, ele frequentava a igreja local, participava em peças infantis, ajudava os necessitados e o programa de história negra. "Era alguém em que se podia confiar e contar", explica.

No entanto os colegas agrediam-no verbalmente sistematicamente com insultos homofóbicos na escola pública que frequentava. No dia 6 de Abril, Carl desistiu e suicidou-se, enforcado com o cabo de uma extensão eléctrica, precisamente quando a mãe se preparava para, novamente, confrontar as autoridades locais sobre a situação.

A mãe indicou que conseguiram sobreviver ao cancro da mama há uns anos atrás mas não conseguiram sobreviver à escola pública.

Carl faria 12 anos no próximo dia 17 de Abril, precisamente o dia em que milhares de estudantes em mais de 7500 escolas espalhadas pelos EUA fazem um dia de silêncio para recordar o problema do bulling homofóbico nas escolas.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Mesmo sem amparo legal, grupo de trans se matricula em escola alagoana usando nomes sociais

Fonte:
Por Redação

Ainda não é oficial, mas o estado de Alagoas é mais um dos que aceitaram o uso do nome social de travestis e transexuais nos documentos escolares de sua rede de ensino. No começo do ano letivo, quatro trans (foto) lideradas pela diretora de Cidadania e Direitos Humanos da ONG Pró-Vida LGBT, a travesti Bianca de Lima, se matricularam em uma escola pública da periferia de Maceió com seus nomes femininos, sem problemas ou questionamentos impróprios.

No Dia da Visibilidade Trans, 29 de janeiro, a Pró-Vida LGBT já havia protocolado um documento na Secretaria de Educação do Estado de Alagoas solicitando a publicação de uma portaria que garantisse o uso do nome social das travestis e transexuais alagoanas nos registros escolares. A publicação e oficialização dessa portaria ainda não ocorreram, mas parecem estar bem próximas depois dessa boa notícia.

Parte de uma campanha nacional encabeçada pela Antra (Articulação Nacional de Travestis e Transexuais) e ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), a aceitação do nome social de trans nas escolas tem como principal objetivo derrubar o alto índice de evasão escolar observado nessa população. A ideia é não constranger mais as fofas chamando-as pelos nomes masculinos, o que as deixa mais à vontade para freqüentar as aulas.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Travesti de 15 anos é baleada em rodovia de Feira de Santana

Fonte:

http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=7443

Por Redação 27/2/2009 - 17:19

Uma travesti de 15 anos foi baleada na madrugada da última terça-feira (24/02) na rodovia BR - 116/Sul próximo a Feira de Santana, na Bahia. Após levar tiros nas nádegas, costas e barriga, a adolescente foi encaminhada para o Hospital Geral Cleriston Andrade e não corre risco de morte.

A jovem, acostumada a pegar carona na estrada, entrou num carro vermelho com três homens dentro. Depois de se negar a praticar sexo com eles foi alvejada a tiros. A travesti saiu de Aracaju com destino a Minas Gerais, com o sonho de implantar silicone.

Após tomar conhecimento do caso através do jornal Tribuna Feirense, o Grupo Liberdade Igualdade e Cidadania Homossexual (GLICH) foi até o hospital visitar a adolescente.

Em comunicado oficial, o presidente do GLICH, Rafael Carvalho, lamentou o ocorrido e relatou as providências que serão tomadas para dar todo apoio à vítima. "Estaremos buscando junto à delegacia e ao delegado titular do caso esclarecimentos e solicitação de que o caso seja investigado minuciosamente e que os culpados sejam apresentados, interragodos e punidos", diz a carta.

O grupo também oferecerá transporte para que a adolescente volte à sua cidade natal e ao convívio com sua família.

Decisão judicial obriga Estado de SP a indenizar gay agredido por skinheads

Por Redação 13/4/2009 - 13:00

http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=7838

O juiz Marcos de Lima Porta, da 5ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo condenou o Estado de São Paulo a indenizar o cabeleireiro Sérgio Carlos Pessoa, 32 anos e gay assumido, agredido em 2006 por um grupo de skinheads na Praça da República.

Sérgio irá receber pensão vitalícia do Estado no valor de R$511,10 mais 50 salários mínimos (R$23.250) por danos morais e todos os gastos hospitalares que teve na ocasião. Em sua sentença o juiz disse que o Estado foi omisso em sua tarefa de oferecer segurança à população em uma localidade sabidamente violenta. A Procuradoria Geral do Estado irá recorrer da decisão.

Sérgio Carlos Pessoa foi agredido em 29 de dezembro de 2006 na Praça da República. Ele caminhava pelo local quando foi atingido pelas costas por uma voadora. Ao cair no chão o rapaz continuou a ser agredido por cerca de oito homens. Por conta da agressão, o seu rim direito foi retirado e o cabeleireiro alega que teve a sua resistência diminuída. Por ver sua renda diminuída resolveu entrar com essa ação contra o Estado.

Coordenador do Programa Brasil Sem Homofobia morre em acidente de carro

Por Redação 13/4/2009 - 13:00

http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=7836

Faleceu na madrugada de sábado para domingo (12/04) o coordenador do Programa Brasil Sem Homofobia, Paulo César Biagi, 44, em um acidente de carro. Biagi seguia no sentido Fercal/ Plano Piloto (Brasília - DF), quando foi surpreendido por um Peugeot na contramão. A colisão foi frontal e Biagi faleceu na hora.

O carro da marca Peugeot era guiado por Felipe Leitão, 20 e Caio Alves Rocha, 22. Os garotos foram conduzidos para o Hostipal Regional de Sobradinho. Segundo testemunhas os meninos dirigiam em alta velocidade. O acidente aconteceu por volta das 3h30. No momento, a Polícia Militar aguarda a liberação dos dois rapazes para colher os depoimentos. O laudo deve ficar pronto em 30 dias.

Paulo Biagi era funcionário público da Caixa Econômica Federal e atualmente era o responsável pelo Programa Brasil Sem Homofobia e teve papel fundamental na realização da I Conferência Nacional GLBT. No mês passado representou o Brasil em um evento de Direitos Humanos nos Estados Unidos.

Em nota de condolência, a ABGLT, Associação Brasileira de Gays, Lésbicas,Travestis e Transexuais disse que o seu III Congresso, que será realizado entre os dias 17 e 21 de abril, será dedicado a Paulo Biagi e que, com essa tragédia a população perde um "grande ativista pelos direitos humanos LGBT".

Rede Voz de Ganimedes

Olá pessoal, é com grande felicidade que contemplo o crescimento de meu trabalho, a atenção e o reconhecimento de todos os que de um modo ou outro contribuem com meu trabalho no blog Voz de Ganimedes, seja repassando para mim materiais para serem publicados, sugestões, ou ajudando a divulgá-lo. Com muito carinho é que eu tornei concreta uma rede( lembra o modelo do orkut, dá para para postar vídeos e tals), para poder possibiltar a todos uma oportunidade maior de interação comigo, que sou o moderador do mesmo, como também entre os outros leitores do blog. Abração a todos!

Eis o link:

http://vozdeganimedes.ning.com

( o moderador)

Amor 'gay'



Homoafetivo...afetividade entre dois homens...para muitos é difícil conceber um relacionamento entre dois homens, entre 'gays', ou entre duas mulheres 'lésbicas' como uma relação que possa ser por si uma casa para um verdadeiro afeto. O amor não conhece para sua essência barreiras entre definições humanamente construídas, e por isso estáticas em seu cerne. Dele foi dito que a tudo suporta e espera, único soberano, está assentado acima dos deuses, sendo por si só força imutável que move todo o cosmo com seu sopro. Sim, pode haver afeto num relacionamento 'homo', por que o amor é um sentimento que contempla a humanidade, não o que sobre ela se lança enquanto rótulo, constituições de credo, ou ideologias. As barreiras do homem fenecem com o tempo e se desbotam as forças de seus intentos por vezes, mas a do real amor não...como uma chama que pode se põr às beiras de se vestir de cinzas, ele reergue sempre sobre os séculos que correm. Nós passamos, ele permanece, por ter carne e ânimo de divindade, não indaga se deve ou não nascer entre duas faces barbadas, ou apenas entre diferentes. quem dentre nós o conhece? Ele é como o raio, fulmina aqui e ali nosso cotidiano num átimo de tempo...adormece...queima renascido em nossos atos...nos surpreende....sem que nunca saibamos ao certo de onde surgiu e qual seu curso futuro em nossa lida. Persiste além do furor de um vício, floresce com ira sobre a ira gerando a paz no peito que lhe rende morada e reverência...tudo passa...e na memória sempre ele permanece, como chaga, amálgama, chama, ele nos chama, como bálsamo, como casa, nele descansamos, ora nos ferimos, ora nos encontramos...homoafetividade...homoafetivo...entre dois iguais também pode nascer a felicidade.

( o moderador)

domingo, 12 de abril de 2009

Substantivo Feminino

Duas curiosas criaturas encontram-se para um primeiro e esquisito contato.


POR DENTRO DELA (Inside Of Her)

*Em crise de identidade, Luiz (Luiz Gustavo Jahjah) inspira-se na imagem de sua amada Rosa (Cibele Bissoli). Cumplices, os dois experimentam uma relacao que supera os estereotipos dos antigos padrões do amor.

*Suffering from an identity crisis, Luiz gets inspired by his beloved Rosas image. As accomplices, both of them experience a relationship that goes beyond stereotyped old love patterns.

um filme de
ALAN MEDINA e VICTOR HUGO SIMÕES

TRANSEXUAL PROIBIDO DE PARIR

fonte: Lista GLS.

"COLEGAS

Interessante discussão em Portugal. Neste mundo com ideologias ultra liberais em que vivemos relativamente a identidade sexual e de genero, parece de fato problemático exigir a extirpação dos órgãos reprodutores das nascidas mulheres biológicas mas que se tornaram transexuais MULHER PARA HOMEM. 5 portuguesas tiveram operação paga pelo governo para redesignar seus corpos para o masculino.

E no Brasil há tais operações? FAVOR REPASSAR AO XANDÃO da Parada SP esta noticia, perdi seu email.

Mott"

Portugal obriga qualquer mulher que se queira tornar num homem a apresentar documentos a provar que retirou os ovários e o útero


No ano passado, a imagem de um homem de barba com uma imensa barriga de grávida correu mundo. Thomas Beatie, o norte-americano que ficou conhecido como "o homem grávido", teve um filha de parto natural em Junho de 2008. Em Portugal, há cinco mulheres que mudaram de sexo através de uma operação nos hospitais nacionais, mas nenhuma delas poderá alguma vez engravidar. A lei portuguesa obriga quem faz esta operação a retirar o útero e os ovários,.

Segundo a opinião da maioria da comunidade médica que acompanha os processos de mudança de sexo, não é possível admitir que alguém seja transexual se deseja "continuar com os órgãos sexuais de origem", como defende o sexólogo e endocrinologista Santinho Martins, que, no Hospital Júlio de Matos, em Lisboa, avalia o desenvolvimento de quem sente que não pertence ao corpo em que nasceu.

Assim, os médicos só aceitam dar o tratamento hormonal - que, por exemplo, assegura o crescimento de pelos faciais e torna a voz feminina mais grossa- ou fazer remoção do peito às mulheres que estejam dispostas a retirar os ovários e o útero.

A própria legislação portuguesa não permite a mudança oficial do nome e do sexo sem a alteração cirúrgica dos órgãos genitais e da prova de esterilidade irreversível, a ser aferida no Instituto de Medicina Legal. A maioria dos especialistas consultados pelo DN afirma que "homens grávidos" como Thomas Beatie nunca passaram de mulheres "disfarçadas". Mas outros admitem que a vontade de manter os órgãos reprodutores femininos para ter um filho não exclui a possibilidade de se possuir uma identidade masculina bem definida.

O psiquiatra Mário Gonçalves, defende que "da perspectiva biomédica para o diagnóstico [de transexualidade] os critérios são relativamente rígidos, mas, para além da questão de género, pode sobrepor-se o desejo de ter um filho biológico". Para algumas associações que dão apoio a transexuais, a exigência de esterilidade que se põe ao transexuais "vai contra os direitos humanos", como defende Paulo Corte-Real, director da ILGA Portugal. Até porque, de acordo com o activista, não se deve rotular de transexuais apenas aqueles que desejam uma mudança radical dos genitais. "Há cirurgias que podem até ser mais importantes ; a preocupação [de um transexual] é que a sua identidade de género seja reconhecida socialmente", ser visto como membro do género de que se reclama.

Porém, a realidade nacional parece confirmar a percepção dos médicos: todos os técnicos responsáveis pelos processos de mudança de sexo questionados pelo DN, não se lembram de um transexual masculino que não desejasse perder todas as características femininas que sentem não lhe pertencer. De acordo com Rute Bianca, que há vários anos recorreu à cirurgia para ganhar um corpo de mulher, "um transexual quando se opera quer esquecer o passado: se estas pessoas continuam com os órgãos genitais femininos e engravidam não se pode dizer que são homens".

Assim, alguém que expresse o desejo de engravidar ao mesmo tempo que consulta o médico para mudar as suas características físicas de forma a assemelhar-se a um homem "nunca chegará a cirurgia", explica João Décio Ferreira, cirurgião plástico responsável pelas operações de mudança de sexo no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, único local do País onde elas se realizam.

Gay art collection

Tribunal de Marrocos condena sacerdote a prisão por relação gay

Fonte:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u548899.shtml

10/04/2009 - 21:36

Folha de S.Paulo

Um tribunal de Marrocos condenou a três meses de prisão um imã, sacerdote muçulmano, e seu companheiro por manterem relações homossexuais, informou a imprensa marroquina.

A homossexualidade é considerada crime pelo código penal do país, que especifica que qualquer pessoa que cometa "atos lascivos ou antinaturais" com outra de mesmo seco será castigada com pena de até três anos de prisão.

O tribunal de primeira instância da cidade de Marrakech condenou os dois homens, de 26 e 28 anos, a pagar uma multa de mil dirham (cerca de R$ 258) depois que foram "descobertos em flagrante delito de homossexualidade" no hotel em que se hospedavam.

Segundo o jornal do governo, "Aujourd'hui le Maroc", o casal estava viajando para conhecer o mausoléu Mulay Brahim e o gerente do hotel, depois de presenciar "comportamentos suspeitos", alertou as autoridades, que arrombaram a porta do quarto.

"Os dois reconheceram suas tendências", diz o jornal, que explica ainda que há mais de um ano e meio o casal mantêm relacionamento, mesmo período no qual o imã está a frente da mesquita de Targa.

sábado, 11 de abril de 2009

Grupo homofóbico norte-americano exagera no tom ao criticar direitos gays

Fonte:

http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/6_77_72138.shtml

Por Redação


O grupo Nation for Marriage _algo como Nação pelo Casamento_ uma associação obviamente homofóbica norte-americana, exagerou bem no tom de um discurso que circula na rede ao criticar os direitos gays recém conquistados nos estados de Iowa e Vermont. O tal grupo tinha gravado um vídeo comercial contra o casamento gay que deveria ser exibido em maio. Mas as recentes conquistas de direitos gays em Iowa e Vermont _que aprovaram o casamento entre homossexuais recentemente_ fizeram com que a Nation for Marriage divulgasse antes o tal vídeo. O discurso é um atentado ao bom senso, tão exagerado que chega a desacreditá-lo. O intuito é fazer com que gays sejam vistos como algozes. E eles, os homofóbicos, são vítimas indefesas.

Veja o vídeo e uma tradução livre logo abaixo.



- Uma tempestade está se formando.
- As nuvens estão carregadas.
- E os ventos são fortes.
- E eu estou com medo.
- Alguns dos militantes pelo casamento gay estão levando o assunto muito além dos casais gays.
- Eles querem se meter na minha vida.
- Minha liberdade será tirada de mim.
- Eu sou uma médica na Califórnia que deve escolher entre minha fé e minha profissão.
- Eu faço parte de uma igreja que Nova Jersey punida pelo governo, porque nós não podemos criticar o casamento gay.
- Eu sou uma mãe de Massachussets que não pode fazer nada contra as escolas públicas ensinarem ao meu filho que o casamento gay é OK.
- Mas alguns dos que militam pelo casamento gay não estão contentes com os casais gays vivendo como quiserem.
- Esses militantes querem mudar a maneira como eu vivo.
- E eu não terei escolha.
- A tempestade está chegando.
- Mas nós temos esperança.
- Uma coalizão arco-íris de pessoas de todas os credos e cores está se juntando no amor para proteger o casamento.
Visite Nation for Marriage.org. Junte-se a nós.

Que medo!

EUA: A longa espera de 12 anos

Fonte:

http://portugalgay.pt/news/?uid=Y110409
A&title=EUA%3A+A+longa+espera+de+12+anos


Sábado, 11 Abril 2009

Depois de estar 12 anos encravada no senado norte-americano, uma lei sobre crimes de ódio espera agora uma rápida promulgação graças a um forte suporte no senado e a um presidente simpatizante na casa branca.

Esta lei estenderá protecção à orientação sexual e à identidade de género e espera-se a sua promulgação pelo presidente dos estados unidos num prazo de seis meses.

Já fazia falta, 12 anos é muito tempo.

SANTA SÉ: Blair arrasa com homofobia do Vaticano

Fonte:

http://portugalgay.pt/news/?uid=090409A&title=SANTA+S%C9%3A
+Blair+arrasa+com+homofobia+do+Vaticano



Quinta-feira, 9 Abril 2009 08:40 (07:40Z)


Em entrevista à revista LGBT britânica "Attitude", Tony Blair, o ex-primeiro ministro do reino unido, arrasou com a homofobia do Vaticano.

A situação é ainda mais marcante pois Tony Blair sempre foi um defensor das religiões em geral e do catolicismo em particular, tendo mesmo criado a Fundação Tony Blair pela Fé para o diálogo interreligioso.

Na entrevista Blair indica que "existem diferenças geracionais enormes. Os responsáveis religiosos preocupam-se, sem dúvida, em saber se cedemos [sobre a homossexualidade], porque os comportamentos e as opiniões evoluem com o tempo. É preciso começar a repensar muitas, muitas coisas". Concluindo que, "se fossemos perguntar às congregações [católicas], creio que descobriríamos que a sua fé não se reflecte neste tipo de atitudes inflexíveis".

Em Dezembro de 2007 (no mesmo ano em que saiu do governo) Blair anunciou oficialmente a sua conversão ao catolicismo, deixando assim a Igreja Anglicana. Em Abril do ano seguinte afirmou que "para a religião ser uma força para o bem, tem de ser libertada não só do extremismo - a fé como meio de exclusão - mas também do marasmo de tornar-se uma parte interessante da nossa história mas não do nosso futuro."

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Ser lésbica...

Poesia publicada no site 'Portugal gay' em abril de 2003, a autoria foi fornecida como sendo de ' laraneses'





O teu perfume,
ainda me prende no desejo de te amar!
O vazio do tempo
sem tempo...
sem mar,
sem o sabor de outrora.

Os fios dos teus cabelos prendem-se
entre os meus dedos
tecendo a minha alma
de saudade esculpida pela dor
rasgada pelos gumes, golpeiam trajectos
de revolta inalada pelos impulsos
dos caminhos que se cruzam
pela presença dos mais indignados
seres que me alimentam
com o gelo da mármore
que reveste outro ser em mim...

Nada dizem,
nada ditam,
contudo cravejam-me os sentidos
a razão presenteada sobre o justo
o se...
Inebriam-me com os seu amargos cálices
de fel,
Apelo a todos os meus eus, a todas as minhas almas
Ergam-se da mais remota
montanha e façam-me justiça!

Grito aos Deuses mais longínquos
deixem-me amar
por mais infame que pareça
por mais proibido que seja este sentimento
que tanto me atormenta,
perante a injustiça daqueles
que nada sabem...
mas que julgam!

FRANÇA: Senado aprova uniões realizadas no estrangeiro


Fonte:

http://portugalgay.pt/news/?uid=080409A&title
=FRAN%C7A%3A+Senado+aprova+uni%F5es+realizadas+no+estrangeiro

Quarta-feira, 8 Abril 2009

O Senado francês aprovou o reconhecimento de uniões entre pessoas do mesmo sexo realizadas no estrangeiro. A medida passa agora para a Assembleia Nacional.

Michael Cashman, presidente do Intergrupo em Direitos LGBT do Parlamento Europeu indicou que tal medida "é um passo em frente para resolver uma situação injusta que é discriminatória com base na nacionalidade e que é um obstáculo à liberdade de movimento" na União Europeia. Dando exemplos concretos de "fomos contactados por muitos cidadãos europeus, especialmente Britânicos, que sofreram discrimnação porque a sua união civil registada entre pessoas do mesmo sexo não era reconhecida em França". Concluindo que "Um homem foi forçado a vender a sua casa após a morte do seu companheiro porque não podia suportar o custo de 60% de impostos sucessórios. Esta taxa não é aplica a casais do mesmo sexo num PACS ou a casais do sexo oposto casados no civil."

PORTUGAL: Acordo universitário luso-brasileiro sobre educação sexual

Fonte:

http://portugalgay.pt/news/?uid=Y080409A&title=PORTUGAL%3A+Acordo+
universit%E1rio+luso%2Dbrasileiro+sobre+educa%E7%E3o+sexua



Quarta-feira, 8 Abril 2009

A Esec (Escola Superior de Educação de Coimbra) e a brasileira Unesp (Universidade Estadual Paulista) firmaram um acordo para levarem educação sexual às escolas dos dois países.

A divulgação deste acordo foi noticiada na última segunda-feira dia 06.

Espera-se que a matéria leccionada respeite a orientação sexual e a identidade de género, embora já se saiba que a vertente explorada em Portugal será a prevenção de doenças e promoção da saúde.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Importante conquista LGBT faz uma década

Fonte:


Avanço. Há 10 anos era criada a resolução que proibia tratar homossexualidade como doença.
O último dia 22 de março foi de festa para a comunidade LGBT. Nesta data celebrou-se o 10° aniversário da resolução que proíbe tratar a homossexualidade como doença no Brasil. Criada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), a medida se transformou em arma contra a discriminação.

Foi nos anos 80 que a suposta relação entre homossexualidade e patologia começou a perder força. Hoje a psicologia enxerga o interesse por uma pessoa do mesmo sexo somente como um dos tantos fenômenos que envolvem a sexualidade humana.

O Brasil é o primeiro país onde um conselho de classe foi responsável por criar uma legislação interna que proíbe classificar a homossexualidade como doença e, segundo o presidente do CFP, Humberto Verona, este é apenas um dos motivos para celebrar a data. "Podemos nos orgulhar porque o Brasil foi pioneiro. Além disso, a iniciativa abriu espaço para debates sobre o tema, contribuindo assim para toda sociedade", comenta. O profissional que insistir em "curar" o homossexual pode até mesmo ter o registro cassado pelo Conselho.

Mais do que uma conquista, para a militante Valquíria La Roche a resolução representa uma maneira de lutar contra a discriminação. "Tenho um subsídio que legitima minha ‘sanidade’. Quem insiste em dizer que tenho alguma patologia não possui nenhum tipo de fundamento para se basear, a não ser o preconceito", alega.

Segundo Verona, o próximo passo do CFP é "abrir os olhos" da sociedade sobre a possibilidade de crianças serem criadas por casais gays. "Já foi comprovado psicologicamente que não há relação entre a orientação sexual dos pais e a saúde mental da criança", defende.

Desinformação
Ideia de patologia ainda é presente

Ao se sentir atraído por homens, o hoje militante Sérgio Viula, 39, relacionou o desejo a pecado e doença. Foi então na igreja e na psicologia que ele procurou “ajuda”. “Até mesmo minha família me julgou como louco”, conta.

Em 1997, ele consultou um psicólogo que garantiu “curá-lo”, mas o suposto tratamento fracassou. Quatro anos depois, foi a vez de procurar um psiquiatra. “Ele disse que eu tinha duas alternativas. Ou saia do armário ou passava a vida fingindo que não sou gay. Optei pela primeira”, lembra.

Diferente de Sérgio, o também militante Fabrício Viana, 31, nunca sentiu que precisava de “cura”, mas diz ter sofrido ao escutar de outra pessoa que precisava de tratamento. “Aos 17 anos me apaixonei por um amigo que, apesar de sentir o mesmo por mim, disse que era melhor eu procurar um psicólogo”, conta. “Por anos a sociedade ouviu que a homossexualidade era uma anomalia. A resolução do CFP ainda é recente e, infelizmente, essa ideia ainda está no consciente de muitos”, completa. (RM)

Publicado em: 04/04/2009
Fonte: Jornal O Tempo

Jornalista: Renata Medeiros