quinta-feira, 16 de abril de 2009

Polícia do Piauí desvenda assassinato de gay que mobilizou até a Embaixada nos EUA

No ano passado ocorreu um caso bárbaro de assassinato motivado por homofobia,aqui no Piauí poucos dias depois da Parada da Diversidade, o material que divulgo aqui neste post data de 6/2/2009. (o moderador)




Fonte:

http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/6_77_71146.shtml


Por Redação

A Polícia Civil do Piauí conseguiu desvendar um dos crimes considerados mais perversos no Estado: o assassinato do homossexual Raimundo de Sousa Santos, 29, também conhecido por Cínara. Os policiais conseguiram prender o acusado de ser o assassino de Cínara, Tiago Pereira da Silva (foto), o Tiago Vigarista, depois de ouvir um colega dele. Dependente químico e já com outras passagens pela polícia por roubo, Tiago está agora detido na Casa de Custódia da cidade, à disposição da Justiça, depois de ter sido presou por roubo.

A polícia investigava o crime desde agosto do ano passado. Os fatos começaram a ser esclarecidos quando os policiais ouviram o também dependente químico Jorge Luiz Gomes de Andrade, vizinho de Tiago Vigarista. Preso por roubo, ele negou participação no crime, mas disse que quem poderia saber mais sobre o assassinato seria seu colega Jean Alves do Nascimento, também amigo de Tiago.

No último dia 20, Jean foi ouvido e apontou Tiago como sendo o assassino de Raimundo. Segundo ele, Tiago e Cínara tinham uma rixa de drogas não-resolvida: Cínara teria pegado o dinheiro da venda de um celular de Tiago e trocado por crack sem lhe dar o dinheiro do aparelho. A polícia não descarta que os três estejam envolvidos na morte.

O caso
Na manhã de 31 de agosto de 2008, Raimundo foi encontrado morto nas Hortas Comunitárias do Dirceu Arcoverde II, na Avenida Noé Mendes, na Zona Sudeste de Teresina. Ele tinha levado pelo menos 20 facadas, foi amordaçado, teve os pés e as mãos amarradas, estava completamente despido e com um pedaço de madeira fino enfiado no ânus.

O crime obteve repercussão internacional pela forma cruel como foi praticado. Até a Embaixada Brasileira nos Estados Unidos encaminhou um documento ao juiz da 2ª Vara do Júri de Teresina, Carlos Augusto Nogueira, pedindo empenho no caso, no sentido de que fosse feito um trabalho minucioso para identificar a autoria do crime.


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