quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Prisão perpétua para assassino de atleta lésbica africana

A vítima foi roubada, estuprada e assassinada por um grupo de homens.

22/09/09 - Segundo informações divulgadas pelo site Do Lado, um homem foi sentenciado à prisão perpétua por matar e estuprar com a ajuda de um grupo uma jogadora lésbica de futebol internacional.


Themba Mvubu, de 24 anos, foi acusado por matar, roubar e estuprar a jogadora Eudy Simelane, de 31 anos.

Militantes dos direitos LGBT consideram a acusação de extrema importância para alertar sobre os casos de assassinatos e “estupros corretivos” realizados contra lésbicas da África do Sul.

A jogadora foi uma das primeiras mulheres de Kwathema a viver abertamente como homossexual. Começou no futebol bem novinha, passando pelo time feminino da África do Sul e trabalhando como técnica e árbitro.

Em abril de 2008, ela foi abordada ao sair de um pub onde roubaram seu celular, seus tênis e o dinheiro. Em seguida ela foi estuprada e esfaqueada doze vezes, ocasionando sua morte. O corpo de Simelane foi encontrado completamente nú próximo a um córrego.

Ao revelar a sentença, o juiz Ratha Mokgoathleng disse ao tribunal: “Eudy Simelane foi vítima de uma morte brutal e indigna. Ela foi despida, esfaqueada, assaltada e estuprada. Há algo mais indigno que uma pessoa possa sofrer? O acusado não demonstrou remorso algum. Continua firme dizendo que não é o culpado pela morte. É o direito dele. É doloroso enviar um jovem para a prisão, mas se ele se comporta como um adulto criminoso, ele não pode esperar que sua juventude o esconda.”

Mvubu é o segundo acusado pelo crime. No começo do ano, Thato Mphithi assumiu a participação no assassinato e estupro da jogadora sendo condenado a 32 anos de prisão. Outros dois jovens suspeitos, de 18 e 22 anos, foram absolvidos da suposta participação no ataque e o juiz falou que “Deus será o seu juiz”.

As suspeitas de um crime homofóbico foram descartadas e bem aceitas pela comunidade LGBT da África do Sul. Acredita-se que a jogadora foi assassinada por ser muito conhecida e pela forte imagem que representava.

A mãe da vítima, de 61 anos, revelou sua satisfação sobre o julgamento: “Estou feliz. Estou tranquila. Minha vida voltou ao normal.”

Fonte:

Do Lado

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