segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Matizes: Candidatos excluem gays por serem homofóbicos

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por: Carlos Lustosa Filho redacao@cidadeverde.com

A organização pedirá que os candidatos assinem um termo de compromisso em defesa dos homossexuais.

O Grupo Matizes, um dos principais militantes da causa homossexual no Piauí, pretende fazer com que os candidatos a cargos eletivos se engajem na defesa do direito dos GLBTs. Os militantes pretendem que os políticos assinem termos de compromisso e acrescentem às suas propostas de apoio ao movimento. “Estamos convidando eles para abraçarem as nossas causas”, descreve Marinalva Santana, coordenadora do Grupo Matizes. O convite será feito na tarde deste sábado (9), durante o lançamento da IV Semana do Orgulho de Ser, onde diversos políticos e autoridades já confirmaram presença, mas será estendido aos candidatos a prefeito e às suas respectivas coligações. De acordo com Marinalva, muitos candidatos não defendem às causas homossexuais por homofobia. “Ou é puro preconceito ou eles temem perder votos”, descreve.
A coordenadora diz ainda que existem os políticos oportunistas que se aproveitam e apenas alguns que realmente contribuem com o movimento. “Eles sabem que hoje em Teresina somos entre dez e quinze por cento dos eleitores que precisam de projetos e leis. Felizmente, temos parceiros que realmente lutam pela causa”, descreve Marinalva. O grupo Matizes pretende entregar uma lista com suas reivindicações a diversos candidatos. “A Plataforma GLBT é um documento composto por propostas de ações e de políticas públicas pró-diversidade. Devemos lembrar que os governos estadual e municipal sempre deixam essas políticas em segundo plano”, acusa. Entre as reivindicações do grupo está o aprimoramento do sistema de assistência, do disque denúncia e do Centro de Referência Homossexual. Outro ponto reivindicado pelos militantes é a capacitação de profissionais públicos no respeito à diversidade. “A discriminação institucionalizada é uma das mais fortes. O professor que não respeita o aluno; o médico, a enfermeira que se recusa ou não sabe atender uma travesti, por exemplo, é algo que está muito enraizado na estrutura da pública”, afirma Marinalva. A IV Semana do Orgulho de Ser tem início no dia 24 deste mês e tem como tema “Diversidade: juventude, maturidade e envelhecimento”. A organização espera reunir cerca de 25 mil pessoas de todo o estado no dia 29, quando a tradicional parada encerra o encontro.

Matéria Publicada em 09/08/08, 11:23

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