terça-feira, 12 de agosto de 2008

Pesquisa defende criminalização da homofobia

Disponível em:

http://www.portalaz.com.br/noticias/cidades/111735_pesquisa_defende_criminalizacao_da_homofobia.html

O Movimento Matizes está divulgando em Teresina uma pesquisa realizada pelo DataSenado em que a maioria dos entrevistados quer a criminalização da homofobia revelando que 70% dos brasileiros concordam com a aprovação do projeto de lei que torna crime a discriminação e o preconceito contra homossexuais (PLC 122/06). O maior índice de concordância com a proposta foi apresentado pelos entrevistados da região Sul (73%), com nível superior (78%) e idade entre 16 e 29 anos (76%).

Segundo o Grupo Matizes, citando notícia da Agência Senado de autoria da jornalista Iara Farias Borges, os menores índices de concordância, apurou a pesquisa, encontram-se entre os pesquisados na região Centro-Oeste (55%), os que cursaram até a quarta série do Ensino Fundamental (55%) e pessoas com mais de 30 anos (67%).

No que se refere à religião, a criminalização de atos de preconceito contra homossexuais é defendida por 55% dos evangélicos, enquanto 39% deles querem a rejeição do projeto de lei. Entre os entrevistados de outras religiões, o que inclui a católica, mais de 70% defendem a aprovação da proposta. Ainda de acordo com a pesquisa, 79% dos brasileiros que se declaram ateus aprovam a criminalização da homofobia.

A proposta é de autoria da deputada Iara Bernardi e tem a senadora Fátima Cleide (PT-RO) como relatora tanto na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde o projeto está tramitando, como na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

O DataSenado realizou a investigação após aumento expressivo de telefonemas registrado pelo serviço de atendimento Alô Senado com comentários sobre o assunto. No último ano, o Alô Senado recebeu 140 mil manifestações, número recorde desde 2003.

A pesquisa foi realizada por meio de telefone entre os dias 6 e 16 deste mês, entrevistou 1.122 pessoas maiores de 16 anos, com acesso a telefone fixo e residentes em capitais brasileiras. A maioria dos entrevistados é do sexo feminino (54%), residentes na região Sudeste (48%), nível médio (51%), faixa etária entre 20 e 29 anos (24%) e renda familiar entre dois e cinco salários mínimos.

01/07/2008 - 11:20

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