Quantas coisas podem gravitar ao redor de um pequeno pedaço de látex... Uma simples camisinha, que é uma arma com a qual nos apartamos de contrair doenças sexualmente transmissíveis como as Dst’s e o HIV, que serve tanto para a segurança de nossa própria saúde quanto a de nossos parceiros, pode ser para alguns a porta de muitos dilemas. Alguns até sem fundamento. Há os que digam que transar com camisinha não ajuda a manter o “tesão” do momento, que não é tão excitante uma transa com camisinha pois com ela não dá para sentir o outro intimamente, seu calor...já ouvi tanta coisa semelhante a essas expressões, mas quem realmente quer ter uma relação prazerosa e acima de tudo segura para ambos deve sempre tê-la à mão.
Acaso você seja dos que sentem que determinada camisinha irrita seu pênis, tira um pouco da sensibilidade, não busque nisso um motivo para dispensar seu uso.
Confira algumas dicas que podem ser verificadas na REVISTA DOM (Ed. 5, Julho de 2008.“Sexo,dor e prazer”, págs.:34 a 37):
“A camisinha irrita seu pênis, esquenta demais ou tira a sensibilidade? Eis algumas recomendações: troque o preservativo, evite aqueles que sejam coloridos e perfumados, diminua a freqüência das relações, faça banhos de assento antes e depois da relação, e use pomadas anestésicas, como xilocaína.”
Um dilema que não raro ocorre entre dois parceiros, quando já possuem uma relação estável, é o que se dá quando um deles passa a insistir no uso da camisinha. E o que era para ser um momento de intimidade e de prazer entre os dois se transfigura num momento de tensão e desconfiança:
"-Por que isso agora? A Gente só está transando um com o outro... ou não está?", "-Você não confia em mim?", "-Mas a gente já está junto há tanto tempo... não é preciso, dá para dispensar...”.
Não; não dá para dispensar.
O HIV e as DST’S não foram “apresentados” a questão da confiança, tampouco a situação de uma relação estável de longa data... Eles nada sabem de confiança, e até mesmo a questão de os dois só estarem tendo relações entre si, não é argumento para se fugir do ato de se preservar. Pois se acaso um dos dois tiver tido relações não seguras “por fora”, quem garante que ele será completamente sincero a ponto de citar esse ponto? Quem garante que se ele tiver se contaminado fora da relação seja com uma infecção não tão grave, como a urinária, ou com gonorréia, ou até mesmo com a própria AIDS, ela não a transmitirá para seu parceiro no ato sexual se acaso não se utilizarem do preservativo?
E se para alguém o ato de pôr a camisinha no pênis é um momento de quebra do clímax, converse com seu parceiro, para que ambos encontrem juntos uma forma de erotizar esse momento, de modo que ele possa até ser uma parte de continuidade das preliminares. E como se sabe, ainda mais se você é HSM (Homem que faz Sexo com Homens), não há melhor parceria para o preservativo que um lubrificante, preferencialmente os que são à base de água.
O lubrificante é fundamental porque além de garantir que a transa ocorrerá de um modo mais satisfatório, ainda mais para o parceiro que está sendo passivo ajuda a evitar que o mesmo tenha maiores complicações derivadas da penetração, ainda mais se esta ocorrer de forma agressiva, como fissuras anais e hemorróidas, além disso, a transa tem que se desenrolar de modo que ocorra um satisfatório relaxamento do esfíncter anal (do passivo), para que se possa driblar a possibilidade da transa implicar em dores.
Comumente alguns indivíduos passivos relatam que após a relação há dor e sangramento, que dentro de uma gama de vários fatores como a excitação, e da atuação do parceiro se foi um tanto agressiva no ato da penetração. Tais ocorrências podem ser casuais, sem, no entanto significar problemas, mas se acaso tais eventos passarem a ocorrer com freqüência, consulte um médico, pois podem tais ocorrências desencadear uma doença crônica.
*estudante de História na UFPI, responsável pela organização deste blog.
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