segunda-feira, 20 de julho de 2009

Paulista até 2020: ABGLT reforça pedido a Kassab

Segundo informações divulgadas pelo site Do Lado, hoje(20/07/09), o presidente da ABGLT reforçou pedido para manter a Parada do Orgulho na Avenida Paulista.

Na última quinta-feira (17) a ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) enviou uma carta ao prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, solicitando a permanência da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo na Avenida Paulista até 2020.

Quem assina a carta é o presidente da ABGLT, Toni Reis, reforçando o pedido feito pela APOGLBT (Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo) no começo de Julho. Confira abaixo as duas cartas.
Parada do Orgulho LGBT de São Paulo

Parada do Orgulho LGBT de São Paulo

Ofício PR 396/2009 (TR/dh) Curitiba,
17 de julho de 2009

Ao: Exmo. Sr. Gilberto Kassab
Prefeito de São Paulo

Assunto: Manutenção dos locais de realização dos eventos do Orgulho LGBT na cidade de São Paulo

Senhor Prefeito,

A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), fundada em 1995, é uma entidade nacional que congrega 226 organizações que defendem a cidadania dos milhões de pessoas LGBT do Brasil.

A atuação da ABGLT integra os esforços de organizações de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) que há 30 anos vêm trabalhando em todo o Brasil para promover a cidadania e a igualdade de direitos dessa população, tradicionalmente marginalizada.

Nos últimos dez a quinze anos, a força desse movimento pela cidadania vem se manifestando para toda a sociedade por meio das Paradas do Orgulho LGBT, sendo que São Paulo foi entre as primeiras cidades a embarcar nessa iniciativa. Hoje, seguindo esse exemplo, são realizadas mais de 150 paradas em todo o país.

As Paradas são fundamentais para tornar visível para a sociedade como um todo e para os governantes nas três esferas as reivindicações desse movimento social no que diz respeito à igualdade de direitos e políticas públicas inclusivas, bem com desmistificar a vivência LGBT e desconstruir preconceitos a seu respeito.

A essência das Paradas é a sua visibilidade. Por isso são realizadas em locais estratégicos que simbolizam para as pessoas LGBT, para a população em geral - e até para a nação no caso de São Paulo - o epítome da vida cultural, política e econômica.

É contrária e contraproducente ao propósito de visibilidade das Paradas a sua realização em locais afastados desses centros, afetando inclusive a escala da participação do público e o reflexo disso nas economias dos municípios.

Assim sendo, vimos reforçar a solicitação da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, de que o percurso da Parada de São Paulo permaneça sendo – minimamente para os próximos dez anos – a Avenida Paulista e a Rua da Consolação, e que seja mantido o Vale do Anhangabaú como local que sedia a Feira Cultural LGBT, por serem locais que simbolizam tudo o que foi exposto no parágrafo anterior, servindo inclusive para promover a autoestima da própria população LGBT, ao se ver publicamente afirmada nesses logradouros simbólicos da cidade e da nação brasileira.

Na expectativa de sermos atendidos, estamos à disposição.

Respeitosamente

Toni Reis
Presidente

Ofício nº. 0061 /2009
São Paulo, 06 de Julho de 2009.

Sr. Gilberto Kassab,
Excelentíssimo Prefeito do Município de São Paulo,

A marcha pela afirmação de direitos humanos da população LGBT na cidade de São Paulo, por meio da realização de Paradas do Orgulho, é bastante expressiva. Por 13 anos consecutivos, realiza-se na Avenida Paulista a maior manifestação política de promoção da cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais do planeta, tendo reunindo nos últimos dois anos mais de 3 milhões de pessoas.

A defesa dos direitos da população LGBT ganha destaque por destinar-se a primar pelo respeito e tolerância à diversidade humana, sendo capaz de afirmar a existência de todos os indivíduos, sem que isso implique a negação de sua cidadania e direitos dela decorrente. Como expressão desses direitos surgiram as Paradas do Orgulho LGBT, manifestações políticas cujo objetivo fundamental centrava-se em tornar visíveis lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Diante de tais fatos expostos, a Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, inscrita no CNPJ nº 03.308.506/0001-50, situada a Praça da República nº 386 – sala 22 – Vila Buarque, solicita autorização para a realização.

Da FEIRA CULTURAL, no Vale do Anhangabaú:

X Feira Cultural, em 03 de junho de 2010;
XI Feira Cultural, em 23 de junho de 2011;
XII Feira Cultural, em 07 de junho de 2012;
XIII Feira Cultural, em 30 de maio de 2013;
XIV Feira Cultural, em 19 de junho de 2014;
XV Feira Cultural, em 04 de junho de 2015;
XVI Feira Cultural, em 26 de maio de 2016;
XVII Feira Cultural, em 15 de junho de 2017;
XVIII Feira Cultural, em 31 de maio de 2018;
XIX Feira Cultural, em 20 de junho de 2019;
XX Feira Cultural, em 11 de junho de 2020;

Da PARADA DO ORGULHO LGBT DE SÃO PAULO, Paulista e Rua da Consolação, das:

XIV Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, em 06 de junho de 2010;
XV Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, em 26 de junho de 2011;
XVI Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, em 10 de junho de 2012;
XVII Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, em 02 de junho de 2013;
XVII Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, em 22 de junho de 2014;
XIX Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, em 07 de junho de 2015;
XX Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, em 29 de maio de 2016;
XXI Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, em 18 de junho de 2017;
XXII Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, em 03 de junho de 2018;
XXIII Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, em 23 de junho de 2019;
e XXIV Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, em 14 de junho de 2020.

Solicitamos, ainda, que, como Manifestações constantes do calendário oficial da Cidade e sua importante arrecadação, seja observado que os espaços estejam livres de qualquer entraves a suas realizações.

Certos da importância de tais realizações, por diversas vezes manifestadas por VSa.,

Com todo o nosso apreço,

Alexandre Santos
Presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo

Fonte:
Do Lado

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