"Para a psicologia, a homossexualidade é uma experiência humana e não um desvio patológico como acreditavam profissionais que ofereciam tratamento de cura até a aprovação da determinação pelo conselho. 'A resolução proíbe o psicólogo de tratar a escolha homoafetiva como um problema de saúde e muito menos oferecer tratamento e cura para isso. Foi com essa compreensão que editamos essa resolução [criada no dia 22 de março de 1999 pelo Conselho Federal de Psicologia - CFP] que hoje nos dá muito orgulho de estarmos comemorando', disse Verona'[o presidente da CFP - Humberto Cota Verona]."
Fonte: Agência Brasil - http://www.agenciabrasil.gov.br/
Caros Leitores, observem o fragmento acima que faz parte de uma matéria publicada no dia 24 de março desse ano, e que trata sobre a questão da Resolução do CFP( Conselho Nacional de Psicologia) que completou agora dez anos. Infelizmente ainda há pessoas que usam de sua profissão para servir de uma expansão de seu preconceito, usando-a como um braço do mesmo. Tomando uma postura desprovida de qualquer ética. Como exemplo disso temos o caso da psicóloga Rozângela Alves Justino que novamente volta à cena...o material que segue possui por fonte o site da Revista A Capa, foi publicado pela redação do mesmo na tarde de ontem, dia 14 de julho de 2009. Para lerem o texto na íntegra, de onde foi extraído o fragmento com o qual abri esta postagem siga o link da Agência Brasil que está no final da mesma( O moderador).
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, a psicóloga Rozângela Alves Justino, que corre o risco de perder o registro profissional por defender a "cura" de gays, classificou a homossexualidade como "doença" e afirmou que o movimento LGBT tenta implantar uma "ditadura gay".
"[A homossexualidade] é uma doença que estão querendo implantar em toda sociedade. Há um grupo com finalidades políticas e econômicas que quer estabelecer a liberação sexual, inclusive o abuso sexual contra criança", disse Justino. "Esse é o movimento que me persegue e que tem feito alianças com conselhos de psicologia para implantar a ditadura gay", continuou.
Para a psicóloga, os projetos de lei como o PLC 122, que criminaliza a homofobia no Brasil, tentam "cercear o direito de expressão, de pensamento e científico". Justino se diz perseguida e afirma ser vítima de censura. "Eles [os homossexuais] foram queimados na Santa Inquisição e agora querem criar a Santa Inquisição para heterossexuais", declarou.
Na entrevista, Justino disse ainda que "a maioria dos gays foi abusado sexualmente na infância e sentiu prazer nisso". "Normalmente o autor do abuso o comente com carinho. Então a criança pode experimentar prazer e acabar se fixando", justificou.
No próximo dia 31, o Conselho Federal de Psicologia julga a cassação do registro profissional da terapeuta. Resolução do próprio conselho proíbe há dez anos os psicólogos de lidarem a homossexualidade como doença e recrimina a indicação de qualquer tipo de "tratamento" ou "cura".
O repórter da Folha, Vinícius Queiroz Galvão, passou-se por paciente e pagou R$ 100 (Justino havia cobrado anteriormente R$ 200) pela sessão. Durante a conversa com a psicóloga, ela recomendou orientação religiosa na Igreja Evangélica, da qual se diz adepta. "Tenho minha experiência religiosa que eu não nego. Tudo que faço fora do consultório é permeado pelo religioso. Sinto-me direcionada por Deus para ajudar as pessoas que estão homossexuais", disse.
Líderes do movimento LGBT, como Toni Reis, presidente da ABGLT e Cláudio Nascimento, superintendente da Secretaria de Direitos Humanos do Rio, falaram à reportagem e criticaram a psicóloga. "Se absolvê-la, o Conselho Federal de Psicologia vai referendar a tese de que é possível 'curar' gays", disse Toni Reis.
Para a Sociedade Americana de Psiquiatria, a homossexualidade deixou de ser considerada uma "doença" em 1974, decisão seguida pela Organização Mundial da Saúde uma década depois.
Fonte(s):
A Capa
Agência Brasil
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